quinta-feira, 1 de julho de 2010

No meio do caminho tinha uma pedra


Tinha uma pedra no meio do caminho. Se Drummond ainda vivesse e desse as caras por aqui, certamente andaria pela avenida Petrônio Portela e mudaria seu poema famoso, que ficaria assim:




No meio do caminho tinha uma casa
Tinha uma casa no meio do caminho
[...]


Da utopia à realidade, de que servem mesmo aquelas casinhas construídas no passeio central da avenida Petrônio Portela, enfileiradas como manada de elefantes brancos? Se estivéssemos na orla marítima, faria algum sentido aproveitá-las para venda de artesanatos e anéis de tucum e panos de prato outras quinquilharias para turistas. Mas nesta terra de trânsito caótico a melhor solução seria a remoção das mesmas da avenida.


Motivos não faltam, pois as casas tiram a visão dos motoristas e constituem ótima oportunidade para os já não educados motociclistas estacionarem nas proximidades, esperando atendimento naquelas que funcionam. Por vezes, em alguns locais, os pedestres que se aventuram a concorrer espaço no passeio com bicicletas e motos são obrigados a descer à pista, para poder seguir em frente, visto que em volta das casinholas há mesas, cadeiras, motos... Até quando?


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