quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Minha Rua S/A

Imagm: milanuncios.com

Há tempos que se fala contra a privatização de órgãos públicos, principalmente entre a galera politicamente correta, que não bebe coca-cola nem cospe no chão e se diz engajada em mudar o mundo. Mas por aqui, seja nas redes sociais, no rádio, na mesa do bar... não vi até hoje um cochicho sequer sobre a privatização das ruas e calçadas de Cocal City.

Por onde se ande nesta cidadela, os exemplos de apropriação de espaços públicos podem ser observados. Tem a ocupação das calçadas pelos comerciantes, pelos condutores de veículos e, em especial, pelos condutores de motocicletas.

Estes merecem atenção à parte, senão, vejamos: estão em maior quantidade pelas vielas enlameadas, causam a maioria dos acidentes e se aproveitando da completa falta de fiscalização, se assenhoram das ruas e calçadas. Param ondem bem entender, trafegam sem perceber o mundo ao redor. Seu objetivo parece ser sempre chegar mais rápido, pra que, nunca se sabe. Em nome da emoção, arriscam vidas nestas ruas estreitas e mal sinalizadas, sobem calçadas para contornar os veículos que atrapalham seus percursos. Acham que aquelas luzinhas nas laterais, frente e trás - que os incautos chamam sinaleiras - servem apenas para decorar a motoca. Não se envergonham de trafegar pelo sentido contrário da via e se acham o máximo ao acelerar e ensurdecer meio mundo de pessoas. Se levantar o pneu então, é o píncaro de suas vidas, o nirvana da delinquência.

E as autoridades do trânsito, o que fazem, além de abocanhar nacos generosos do erário? Como vivem? Onde vivem? Sexta, no globo repórter.