quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Se quiserem, já é hora!

Imagem: Banco de Imagens Internet.


Para alguns pode até parecer cedo, mas já é hora de pequenas mudanças pela cidade. Sacudir a poeira, estalar as juntas e se por a trabalhar com mais ênfase.

Para começar, o trânsito continua a mesma zorra de sempre, com os veículos que transportam pessoas e mercadorias para a zona rural ou mesmo outros municípios estacionando ondem bem entendem, os comerciantes fazendo das calçadas uma extensão de suas gôndolas, motos pela contramão e... Oh, não! Havia esquecido que não há mais agentes de trânsito na cidade, embora no último concurso constar 3 vagas, sendo que uma delas foi ocupada e... o resto da história já foi relatada em um certo espaço geográfico de minha estima.

Para auxiliar na melhoria das condições mínimas de civilidade, existe um Código de Posturas de gaveta que continua ótimo guardado. Se o mesmo fosse adotado pra valer poderia minimizar as cenas dantescas que acontecem no cotidiano, como hoje, quando em plenas 6:30 da matina um carro de som alardeava com aquela voz de locutor entalado com rapadura que aconteceria um tal evento voltado aos idosos ainda pela manhã. Ótimo. O detalhe é que o evento deve ter sido programado a alguns dias e a propaganda já enchia nos dias anteriores e ainda precisava substituir a música suave do despertador por aquele lixo publicitário?

Por estas e outras é que deveria haver maior mobilização da população junto aos legisladores municipais, que aliás andam por onde mesmo?

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

R$ 70,00

E eis que de repente o tal programa de redistribuição de renda - Bolsa Família - é aumentado para pálidos R$70,00 reais, podendo atingir a escalafobética quantia de R$ 306,00 por família.

Famílias com renda familiar mensal de até R$ 70 por pessoa

Número de gestantes, nutrizes, crianças e adolescentes de até 15 anos

Número de jovens de 16 e 17 anos

Tipo de benefício

Valor do benefício
0
0
Básico
R$ 70,00
1
0
Básico + 1 variável
R$ 102,00
2
0
Básico + 2 variáveis
R$ 134,00
3
0
Básico + 3 variáveis
R$ 166,00
4
0
Básico + 4 variáveis
R$ 198,00
5
0
Básico + 5 variáveis
R$ 230,00
0
1
Básico + 1 BVJ
R$ 108,00
1
1
Básico + 1 variável + 1 BVJ
R$ 140,00
2
1
Básico + 2 variáveis + 1 BVJ
R$ 172,00
3
1
Básico + 3 variáveis + 1 BVJ
R$ 204,00
4
1
Básico + 4 variáveis + 1 BVJ
R$ 236,00
5
1
Básico + 5 variáveis + 1 BVJ
R$ 268,00
0
2
Básico + 2 BVJ
R$ 146,00
1
2
Básico + 1 variável + 2 BVJ
R$ 178,00
2
2
Básico + 2 variáveis + 2 BVJ
R$ 210,00
g
2
Básico + 3 variáveis + 2 BVJ
R$ 242,00
4
2
Básico + 4 variáveis + 2 BVJ
R$ 274,00
5
2
Básico + 5 variáveis + 2 BVJ
R$ 306,00
Fonte: http://www.mds.gov.br

Lembro do início deste programa, ainda bem modesto e o iluminado balbuciando: vou dar o peixe e ensinar a pescar. Pescar eleitores e acomodá-los, ficou nas entrelinhas.

De lá para cá, assiste-se a um quase total marasmo na mão-de-obra. Mais precisamente, na zona rural a pequena "ajuda" do governo, que deveria servir de estímulo para que a família se voltasse para os afazeres diários sem mais preocupações com pequenas despesas na educação dos filhos, tornou-se em muitos casos em principal fonte de renda. Em volta dos beneficiados criou-se uma rede de dependências de tal forma que à simples menção de "corte do benefício" faz com que o desespero bata à porta das pessoas, que por sua vez baterão à porta de quem possa lhes garantir a continuação na lista de beneficiários, mas o "favor" pode custar bem caro, nem precisa desenhar.

A carência de mão-de-obra se faz sentir nas cidades, afinal, trabalhar para que, se basta apresentar um cartão e receber o pão diário? O circo somente a cada dois anos.

E tenho dito!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Se ninguém se interessa, fica por isso mesmo


A turma do mimimi continua a mil por hora, vendo irregularidades em tudo, até mesmo onde não tem, mas o que vale agora é fazer o que negavam em passado recente: o direito de investigar e debater a fundo tudo o que diz respeito à administração do município.

Para os que nasceram em outubro e somente agora resolveram abrir os olhos – e espero que os mantenham assim – é muito fácil seguir o disse-me-disse que corre solto pelas ruelas enlameadas. É só seguir e se sentir enturmado com a nova galera, repetindo os mantras “que escândalo!”, “polêmica!”, “e isso é só o começo” e outras parvoíces do tipo. As fotos abaixo bem demonstram isso, pois são do local onde deveria ser frequentado por todos os que dizem ter interesse sobre os fatos administrativos que influenciam diretamente tudo o que acontece na cidade e no entanto permanece mais vazio que determinadas cabeças.
Imagem I: Aqui deveriam se reunir todos os que se dizem
preocupados com o andamento administrativo do município.

A maioria da população deve crer ser difícil mesmo e nisso incluo a – cof, cof – imprensa local, exercer um óbvio direito em nome daqueles que não o fazem por despreparo: conferir as prestações de contas dos órgãos públicos municipais. Isso mesmo! Não custa nada ou quase nada: somente o tempo dispendido neste ato de, como dizem – cidadania!
Imagem II: o vazio aqui demonstra o interesse pelos fatos.

Os balancetes, que devem encerrar em suas páginas todas as transações levadas a efeito pelos diversos orgãos da administração pública municipal, ficam à disposição de qualquer pessoa que assim o deseje para apreciar, se informar. Ele não morde e nem é totalmente incompreensível.

Melhor que ficar com cara de Amélia, repassando asneiras sobre fatos batidos e que não são novidade agora e nem nunca foram, apenas se repetem a cada nova administração. Triste mesmo é perceber que as prestações de contas municipais tem o mesmo destino do voto nas ultimas eleições: o esquecimento.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

As tradições que a cidade herda


O tempo passa e muitas coisas evoluem, o progresso por vezes nos é favorável. Mas sob determinados aspectos a Cocal City permanece a mesma de décadas passadas.

Recentemente caminhando pelas ruas do centro deparei-me com uma cena pitoresca que pensei não veria mais por estas plagas: os troncos das árvores da praça da matriz espetacularmente pintadas de branco, com cal, para ser mais preciso. Que os meio-fios e postes sejam melados de branco isso é detalhe, mas no mínimo é de mau gosto pintar as árvores com cal.
Imagem I: Praça da matriz, vista central.

Assim como muitas “tradições” que temos por aqui  está é mais uma repassada geração após geração e teria por finalidade primordial dar uma aparência de limpeza à cidade e segundo poucos comentam, também serviria para afastar formigas das árvores. Mito. Cal não combina com água de chuva, então isso é mero paliativo e pressa em mostrar algum serviço.

Imagem II: Praça da matriz, detalhe lateral.

Apesar de vasta literatura a respeito, nunca vi maiores cuidados ou medidas de restrição à aplicação da camada de cal nos troncos das árvores. Se visualmente o efeito tem lá suas vantagens, o mesmo não se pode dizer da saúde da árvore “beneficiada”, uma vez que a cal pode provocar o ressecamento da casca em algumas delas, outras podem morrer pela beleza que emprestariam à cidade. Lembrando que vivemos um período de intenso pensamento ecológico nos meios escolares, mas nada de palavras sobre o fato, nem mesmo na combativa mídia impessoal. Como entender?