quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Auuuummmm...



Se os Maias estiverem errados e o mundo não acabar em 2012, as previsões previsíveis para o ano são as seguintes:

- O festejo de janeiro será marcado pelo som abusivo dos carros de som;
- Alguém dirá que "este ano não tem inverno!";
- O carnaval dos cocais será modorrento como sempre;
- Os professores da rede estadual farão greve;
- Os motoristas de ônibus da capital também farão greve;
- A semana santa dos cocais continuará em franca queda livre;
- A relação erário/imprensa continuará de vento em popa;
- O trânsito continuará a zorra de sempre;
- Chuvas tomarão a avenida-rio e novamente a retórica ufanista fará reformas  virtuais por lá;
- Eles continuarão a não fazer nada por nós;
- Seguirá a saga de encontros e fóruns na cidade, projetos como nunca, resultados como sempre;
- Os blackouts continuarão a nos atormentar, com a inovação nas áreas de internet e telefonias móveis;
- Aquela banda de forró que tem lugar cativo nas festividades no município continuará inédita por aqui;
- As eleições municipais serão marcadas pelo denuncismo;

Mas se eles estiverem certos, não veremos:

- O estádio municipal reunindo multidões;
- A estupenda decoração natalina pelas ruas e praças;
- O (agora) tradicional desfile de natal;
- A banda passar, cantando coisas de amor;
- O I festival junino da cidade (sempre será o primeiro);
- A reforma das praças da cidade;
- O resultado da injeção de recursos nas entidades cocais, digo, locais;
- O baile da Ilha Fiscal, versão cocais.

Prêmio de consolação: pelo menos não teremos que aturar o próximo BBB.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Ano que vem, quem sabe?


Pois é. Não participei do concurso de decoração natalina entre outros motivos porque não captei bem a ideia de sustentabilidade como critério para avaliação. Também fiquei com medinho e quase pedi para sair antes do 01 quando li que a comissão organizadora não se responsabilizava pelas informações pessoais repassadas no cadastro (!!) e que também - surpreendentemente - li que o tema da decoração deveria ser diretamente ligado ao natal. Ah bom! Pensei que a decoração natalina deveria se referir ao campeonato brasileiro de futebol. Nada como uma boa explicação para dirimir dúvidas.


No site www.atitudessustentaveis.com.br, sustentabilidade representa promover a exploração de áreas ou o uso de recursos planetários (naturais ou não) de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir. Pausa para respirar.

Preciso rever conceitos. Decoração sustentável... reciclável... huuummm... será que ficaria legal rolinhos de papel higiênico na decoração da árvore? Decora e ao final do concurso, por ocasião da desmontagem da árvore ainda teria serventia. E o que dizer da iluminação? Pisca-pisca agora é coisa de pessoas descompromissadas com o meio ambiente. Então... será que alguém se arriscaria a prender vagalumes em frascos transparentes em substituição ao ultrapassado consumo de energia? Sustentabilíssimo.

Ah, quantas idéias sustentáveis clamando por um lugar ao sol. Que venha o próximo concurso!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Enquanto isso, na sala de justiça...


Com tantas questões para ser discutidas nas mais diversas áreas a Câmara Federal resolve aprovar a tal lei da palmada. E ainda dizem que o Brasil tá no rumo certo.

Enquanto os digníssimos senhores deputados federais se digladiavam para aprovar a inquestionável lei da palmada outros assuntos menos importantes ficaram de lado, para o ano que vem, como a partilha dos royalties do pré-sal, a reforma política, reforma do código penal caduco entre outras superfluidades. E ainda temos que levar a sério os discursos que ouvimos mesmo sem querer.

E nesta marcha, com o estado cada vez mais presente na vida do cidadão, ensinando como educar os filhos seguimos altaneiros rumo ao espetáculo do crescimento, esperando qual o próximo passo rumo à estatização da vida privada. Ficarei atento, vai que eles resolvem adotar novas técnicas para a limpeza das orelhas e eu por fora dessa? Yes, we can too.

Do outro lado da linha a tal frente parlamentar de combate ao crack e outras drogas ainda ensaia seus passinhos tímidos por meio de reuniões, debates e busca de modelos de tratamento, enquanto o filhinho que não pode levar palmada se prepara para aventurar em mares nunca antes navegados, agora sob a égide do estado, caso a presepada passe pelo senado.

Queria ver agora a multidão de mãos dadas cantando a uma só voz:

Eeeeeeuuu
Sou brasileeirooôô
Com muito orguulhooôô
E muito amooôô ...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Tipos que encontramos por aí


E tem aquele cidadão que compra o carro popular 1.0 em trocentas prestações que os netos herdarão para terminar de pagar, coloca adesivo tipo Vida Loka, instala um alarme e sai para pleiar.  No primeiro local com aglomeração de algumas pessoas (leia-se bares e assemelhados) o dito play desce do carro, arruma o cabelo, atravessa a rua (é importantíssimo que o carro fique do lado oposto ao que se encontra a ror) e como quem não quer nada passa o braço pela frente do corpo, levanta o braço do lado oposto e por lá passa a mão com o controle remoto do alarme, que responde com o manjadíssimo duplo piscar de luzes. Glória! Acabou de ser notado! É nóis!


Não satisfeito com a súbita fama, o sujeito pede uma bebida e fica perscrutando ao redor, para se certificar que está abafando. Se não se der por satisfeito ainda tem um ás na manga: ligar o som do carro e deixar rolar a música grudenta sucesso do momento que, dependendo do estilo pode variar, do brega ao digamos assim, forró, passando pela famigerada swingueira.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Singularidades




Desde 23 de novembro ando com a pulga atrás da orelha, figurativamente falando, claro. Desde então ainda não consegui entender qual o excepcional interesse público para contratar em caráter temporário (11/11/2011 a 11/11/2012) 13 músicos para a charanga do município. E o Concurso?

Que a banda tem uma tradição na participação em diversos eventos públicos é fato. Mas daí ao caráter de excepcionalidade alegado é outra História. A contratação temporária existe porque as etapas de seleção de um concurso público são demoradas e a situação que demanda a contratação temporária já teria passado ao final da peleja, ou seja, o interesse público seria prejudicado pelo excesso de tempo. Acho que achei o fio da meada: não resistiríamos passar um natal para todos sem ouvir a banda, deve ser isso.

Estava à tona na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor [...]

Ainda não temos lixeiras públicas na maioria das ruas da cidade, mas isso não desperta excepcional interesse diante da possibilidade de me deliciar, ouvindo a banda tocar.

No centro da cidade caminho procurando espaço entre as mercadorias nas calçadas das lojas e os veículos tresloucados, mas em compensação posso me deliciar, ouvindo a banda tocar.

Já me irritei muito com a barulheira dos carros de propaganda volante que não têm mais hora para funcionar, mas isso não desperta excepcional interesse diante da possibilidade de me deliciar, ouvindo a banda tocar.

Quando estiver sem internet e não quiser ler jornais com palavras tortas e nem pensar no meio ambiente ou mesmo ler um livro* não ficarei mais estressado, pois posso me deliciar, ouvindo a banda tocar.

Escreveria horrores sobre ausências e intermitências em Cocal City. Mas para que, se posso me deliciar, ouvindo a banda tocar.

* Salvo engano, já se foi o tempo em que os livros eram a única forma de passatempo informativo. Aquele tempo em que os exibidos ostentavam livros que supostamente liam para passar ar de intelectualidade que, via de regra, caia por terra quando instados a expelir opinião sobre as leituras ou o dia-a-dia. Mas isso é passado. Ou não.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

A magia está no ar


O melhor do brasil é o brasileiro. Isso já foi dito à exaustão. E o melhor do ano?

O melhor do ano é justamente o final do ano. E não fica somente por conta do 13º e recesso. O melhor só fica mesmo é para o final, quando a assombração personificada pelo festejado espírito natalino percorre lares e demais edificações a contagiar as pessoas.

Em dezembro, já nos estertores do ano a plebe lembra ou é lembrada a partilhar com os seus, dividir alegria e presentes com aqueles que lhes são próximos ou ainda, dominadas pelo espírito temporão se entregam à árdua tarefa de ajudar os que mais necessitam, como se no restante do ano a ajuda não fosse bem vinda, mas deixa prá lá. É natal e fim de ano, uhuuu...

É sempre assim. Iniciam o ano entregues à esperança de se dar bem e participar do maior número possível de festividades, passam a semana dedicada à gastronomia de esfalfando de comida, planejam férias no meio do ano e ficam aguardando os festejos de setembro. Passados estes ficam na expectativa das festas do final do ano. É tome bondade então. Armam-se com a melhor cara de bobo que conseguem e passam a planejar boas ações. Vêem à lembrança as pessoas carentes, aquelas... desprovidas de condições mínimas para a sobrevivência mas que só ganham visibilidade agora ou durante as campanhas eleitorais. Ho, ho, ho, hoooo... presentes para enganar a fome e as vicissitudes da vida, porque não?

Tem também o espetáculo das luzes. Ah, as luzinhas dos pisca-piscas. Natal sem pisca-pisca não é natal, diz o samaritano de fim de ano. Como não lembrar das luzes? Um verdadeiro espetáculo em nossa cidade. Ruas, avenidas, árvores, varandas... não importa o lugar, o importante é mostrar aos outros que o natal é um período lindo, mágico, onde se respira felicidade e encanto. Aahhh... Nababescas estruturas montadas para incomodar encantar os olhos nos remetem aos cenários montados em outras cidades do restante do país, as mais desenvolvidas, claro. É mesmo que não estar vendo. A quem já se deu ao trabalho de andar pela cidade conferindo a decoração: não parece que estamos em outro mundo? Horrores gastos em estupendas decorações emocionam ao mais rude dos seres.

Sim, o final do ano é lindo!

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Grande Esperantina


Imagem: Arquivo/01

Ah! Grande Esperantina. Cantada em verso e divulgada em prosa como a terra em que se plantando tudo dá, continua sendo uma promessa utópica. Em um período em que tanto de alardeia a melhoria na qualidade de vida das pessoas, da importância do verde em contraponto ao cinza do cimento que ameaça dominar e enfear tudo ainda nos deparamos com situações incoerentes.
Imagem: Arquivo/02

Enquanto se envidam esforços para caçar talentos a peso de ouro, outras áreas mais, digamos assim, essenciais ao dia-a-dia como a conservação de praças de que é exemplo a Diógenes Rebelo continuam desassistidas. Os bancos que ainda restam estão aos pedaços, lixo acumulado, mato (é vegetação, neste caso), entulhos de obras, sujeiras diversas que atraem urubus, ausência de lixeiras são alguns dos males de que padece a maltrapilha praça. Não deve ser esquecido que a única biblioteca pública que não por acaso se localiza na dita praça encontra-se fechada há meses.
Imagem: Arquivo/03

As praças, espaços urbanos projetados e pensados como pontos de encontro, descanso e lazer para os habitantes das zonas urbanas visam também suprir a falta de árvores nas cidades e em especial a nossa, onde o crescimento se dá em detrimento das áreas verdes.
Imagem: Arquivo/04

As demais cidades do estado, por minúsculas e carentes que pareçam mantém suas praças em razoável estado, sabedores que são da inegável sensação de bem-estar que uma área arborizada proporciona em comparação com outra desprovida de vegetação. E tratando-se de lugar com clima quente como aqui a importância das praças se torna ainda maior. Mas praça limpa e bem cuidada requer maiores cuidados que varrimento e meio fio espetacularmente branco. E o que temos para cuidar de tão importante área? Apenas uma tímida iniciativa, uma diretoria de meio ambiente com parcos recursos e poderes limitados enquanto entidades de iniciativa coletiva gozam de simpatia e crescente apoio no aporte de verbas.
Imagem: Arquivo/05

"Ora, a praça não deve ser conservada porque é uma paisagem notável. Mas simplesmente – e basta – porque é uma praça." Paulo Affonso Leme Machado.

Cinco dias no vácuo


Caramba. Cinco dias sem internet. No domingo pela manhã quando faltou energia o cenário nos remetia à pré-história, só faltava mesmo as cavernas. O silêncio era interrompido apenas pelos brucutus com seus veículos barulhentos.

E pensar que pagamos internet a preços absurdos e no final somos presenteados com péssima prestação de serviços, baixa velocidade e ainda estamos sujeitos a ficar desatualizados porque um cãozinho fez xixi na base de uma torre.

E ainda temos os sonhadores que falam que a internet 3G está vindo aí. Quem dera tivéssemos a certeza – pelo menos – de que amanhã teremos nossa conexão assegurada.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O que temos e o que queremos



A cidade que temos ainda padece de muitos males. É o esgoto a céu aberto; o lixão que repugna; a falta de arborização; o trânsito caótico; a propaganda enganosa; a estética urbana fossilizada; a imbecilidade dos sons automotivos à guisa de trios elétricos; ausência de fiscalização; os discursos fáceis; agricultura que remonta ao período colonial; a falta de perspectiva de emprego; a ausência de cursos profissionalizantes condizentes com a realidade; os cenários montados; a aceitação de tudo como algum desígnio divino.

A cidade que queremos ainda está bem longe, inalcançável até. Um lugar onde se poderia andar pelas calçadas sem correr o risco de tomar banho de lama; onde a iluminação pública chegue antes da cobrança das taxas correspondentes; onde ninguém precise atravessar a cidade para encontrar uma lixeira; onde as praças sejam locais de lazer e sossego; onde ninguém tenha receios de tecer comentários contrários por medo de ficar desempregado; onde o cidadão sinta-se sempre bem representado; onde não precise enfrentar filas enormes para receber atendimento médico; onde a terceirização de obrigações não signifique acomodações amigas; a cerva gelada tenha preços módicos; onde um diploma escolar tenha mais valor que um título eleitoral; onde a internet não sofra interrupções; e a lista não pára de crescer...

Ah, as utopias. O que seria do homem se elas não existissem?

[...]Deixem-se de visões, queimem-se os versos.
     O mundo não avança por cantigas.
     Creiam do poviléu os trovadores
     Que um poeta não val meia princesa.
     Um poema contudo, bem escrito,
     Bem limado e bem cheio de tetéias,
     Nas horas do café lido fumando,
     Ou no campo, na sombra do arvoredo,
     Quando se quer dormir e não há sono,
     Tem o mesmo valor que a dormideira.[...]
                                                      
                                                          Álvares de Azevedo

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Na escuta, câmbio!


E que fim levou mesmo a Câmara de Combate ao Crack no estado do Piauí? Até o momento tudo não passou das boas intenções, das quais dizem, o inferno está cheio.
Cidadão à espera de ações práticas de combate ao tráfico e uso de drogas.

Enquanto as autoridades brincam de combater o uso de drogas (na verdade só prendem os traficantes), a realidade nas cidades do estado é calamitosa. Não passa dia sem que seja noticiada alguma tragédia provocada por usuários de drogas e mesmo assim, com os jornais encharcados de sangue, nada de medidas efetivas para tirar do papel as tão propaladas ações afirmativas do estado em prol da sociedade.

E Cocal City não se inclui neste panorama de vulnerabilidades? Parece que não, por aqui tudo continua como antes, no zero absoluto. Antes de sair do estado de sonolência envolvente ainda seremos obrigados a assistir atrocidades como em outras cidades? Como sempre as palavras fáceis precedem as ações necessárias e não fazem mais que ecoar pelas nababescas salas de reuniões sem produzir efeitos práticos. Não que isso seja novidade.

Fim do Mundo a poucos passos


Imagem: primeirospasso.blogspot.com
O mundo torna-se a cada dia um lugar mais chato para viver. Não bastassem os discursos política e ecologicamente corretos, ainda temos que aturar o café descafeinado; a cerveja sem álcool (!?) – não agüenta bebe leite; pão sem casca e outros produtos proporcionados pela tecnologia para satisfazer um crescente de pessoas antenadas e de olho na saúde, vítimas inconscientes de modismos e práticas consumistas.

Em nome de não sei o que estamos condenados a viver neste mundo neo-chato, sem poder se divertir como antigamente com os programas de humor, pois as piadas de antes agora são preconceituosas, embora nos deparemos no dia-a-dia com os novos programas de humor se esfalfando ao perseguir celebridades e literalmente tirar onda delas, não importando se para isso proporcionem cenas ridículas e imbecis.

E pensar que até bem pouco tempo atrás era extremamente divertido sentar para ver TV, onde o cotidiano não precisava se travestir de bom samaritanismo para produzir programas insossos e assim preencher a programação, com suas aparentes cotas de representação de classes e pensamentos. Os programas de humor não eram alvos constantes de patrulheiros ideológicos que, munidos de seus exemplares de Index Prohibitorum hoje atormentam o livre exercício do direito de ver e ouvir o que interessa.


O bom mocismo de hoje esconde práticas rasteiras de alienação e atrofia mentes. E para ajudar na proliferação destas idéias imbecilizantes ainda no ano de 2009 a secretaria especial dos direitos humanos criou uma lista denominada Politicamente Correto & Direitos Humanos, para subsidiar a turma de xiitas do social, os caçadores de cabelo em ovo. Só há uma explicação para isto: o fim do mundo está próximo! E tenho dito.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Estado, o grande provedor


Nos dias atuais vemos o estado interferir cada vez mais no cotidiano das pessoas, ensinando a votar, a não se interessar por um trabalho, incentivando a promiscuidade, a criação de nova linguagem popularizada nos livros didáticos e outras tantas moléstias sociais, como o auxílio-reclusão. Ao passo em que se dedica a estas tarefas esquece-se de garantir as liberdades individuais e a não coletivizá-las, deveria ver o cidadão como indivíduo, com interesses e necessidades diferentes e não reuni-lo em grandes rebanhos, massificando-os para melhor manipulação.

Imagem: celeiros.com.br

Ultimamente somos considerados inúteis, incapazes de exercer um direito básico - mais um dever que um direito, diga-se de passagem - escolher a pessoa que deve receber o mísero voto nas eleições. Ao largo do senso de escolha do cidadão, resolve-se criar lei que disciplina quem pode ou não ser candidato e receber votos, a tal lei ficha limpa. Se ao invés disso fossem envidados maiores esforços na educação não haveria a necessidade de tais leis, afinal, o direito de voto pressupõe o direito de escolher quem melhor lhe pareça e o cidadão devidamente afeito aos estudos e consciente dos papéis de cada um na sociedade sabe fazer escolhas e não apenas seguir ondas de populismo vil.


Outra intervenção do estado retira do indivíduo o dever e a responsabilidade de lutar para alcançar objetivos próprios, ao conceder graciosamente recursos a titulo de redistribuição de renda. Aos olhos de quem recebe remuneração adequada pelo trabalho exercido os programas de renda podem não representar grande coisa, mas para quem se acostumou com poucos recursos mesmo trabalhando, receber pequenas quantias uma vez por mês sem ter que fazer maiores esforços do que esperar em uma fila já é o maior achado que poderia existir. Muitos nesse caminho desistem de lutar por melhorias e se satisfazem com a pequena esmola. Desta forma os cidadãos se acomodam e ficam cada vez mais dependentes de favores do governo e ainda agradecem por terem sido libertos da velha prática dos currais eleitorais, negadores de cidadania e que existiram por décadas no passado. Tanto se lutou para livrar os indivíduos dessa manietação e agora a prática volta com outra roupagem, travestida de cidadania.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Aspectos da cidade


Enquanto Esperantina melhora de forma estupenda pelas ondas do rádio, a vida segue como ela é, sem rodeios, sem atropelos.

Muito se falou e ainda falarão mais ainda da problemática envolvendo o trânsito local, tendo em vista que ele apresenta problemas no dia-a-dia da população e demanda medidas drásticas. Para solucionar este problemas foi criado um estacionamento público para desafogar as ruelas do centro comercial e adjacências. Mas esqueceram de avisar aos usuários, como pode ser visto pelas fotos abaixo.
Estacionamento municipal, 7:45 h. Imagem: Arquivo.

Estacionamento nas ruas, 7:49 h. Imagem: Arquivo.

As ruas do centro da... hã... grande Esperantina formam espetáculo dantesco à vista de todos que necessitam transitar por lá. Semáforos, que sempre foram vistos mais como monumento à demonstração de poder e/ou decoração já foram retirados ou abandonados por serem considerados mais inúteis que placa de proibido estacionar.

Com ares e aspirações a grande centro comercial da região, a cidade foi agraciada com equipe de guardas de trânsito, que teriam como missão ordenar a circulação pelas ruelas. Em número insuficiente e mais decorativo que eficaz o pequeno efetivo passou a desempenhar intensivamente a sua incruenta tarefa, no estafante horário que se estende até as 11 horas, visto que não há movimentação de veículos nos demais horários do dia, creio. Poucos recursos para resolver grandes problemas. Por que ninguém havia pensado nisso antes, ainda não sei.

Seguindo os mesmos moldes logo teremos a solução para os demais problemas que acompanham e atravancam o espetáculo do crescimento que transformará Esperantina na terra prometida, onde corre leite e mel.


Obs: Não entrevistei os agentes, uma vez que isso está terminantemente proibido.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Apenas 3 dias


Três dias sem internet e parece que o mundo perdeu a graça.
No Brasil as coisas não dão certo porque tudo é levado no peito, sem maiores complicações ou preocupações. Alguém resolve melhorar a internet e deixa a população por longos e intermináveis 3 dias sem acesso à grande rede. Não há espírito natalino que contenha o desejo de mandar alguém às favas!

Um mundão de informações e oportunidades perdidas. Já que rola de tudo no mundo da informação, porque não avisaram antes para podermos nos preparar? Até parece a agespisa.

A dois passos do paraíso


Imagem: www.mundodathaty.wordpress.com


Enfim, estamos a menos de 2 meses do final do ano. O ano que se aproxima trará grandes revoluções por estas bandas, a começar pelo aumento no número de legisladores e conseqüente aumento no número de postulantes ao cargo. E quem serão estes bravos, sedentos por representar a sociedade que os acolhe? Teremos para todos os gostos, do colega de trabalho ao formulador de opinião, passando por vasta gama de personalidades municipais.

Ano que vem será a hora de tirar a fantasia de cordeiro do armário, lembrar amigos de infância, treinar o melhor sorriso para conquistar seguidores.

Por falar em amigos, dias desses encontrei um deles, de longa data. Ato incontinenti, a conversa se foca em determinados momentos do passado e comparações com os dias de hoje. Papo vai, papo vem e o dito começa inevitavelmente a falar no destino político da cidade. E tome proposta. Sem ser interrompido, segue com um rosário de idéias revolucionárias, prontas para serem postas à prova. Finalmente, como quem não quer nada ele solta a pérola: sou pré-candidato a uma vaga de legislador.

Não sei se ele esperava um caloroso aperto de mão e promessa de apoio incondicional, mas tudo que recebeu foi um: beless. Haverá mais opções de escolha. Espero que não o tenha traumatizado, mas há muito mais em jogo que amizade. Vasto histórico demonstra que péssimas escolhas foram feitas por amizade, pena ou simplesmente falta de opção. Bom seria se os postulantes a cargos eletivos começassem a se preparar, no sentido de conhecer a realidade de verdade e a de papel e tomassem uma boa aula para discernimento entre o público e o privado.

Mas isso ficará para o ano que se aproxima. Enquanto isso nos resta apreciar o que ainda temos de 2011, na tentativa de pensar melhorar nossas escolhas para o ano vindouro.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O improviso na formação esportiva local


Durante um rápido deslocamento pelo centro da cidade vi um grupo de crianças jogando futebol. Nada demais, se o local transformado em quadra não fosse a praça Lages Rebelo, que fica por trás da igreja matriz, no centro do centro do território dos cocos.

Pensei em tirar uma foto para ilustrar esta postagem, mas pensei ainda melhor e não o fiz. Vai que aparece alguém resolvido a atuar em defesa dos meninos? Tô fora. Na mesma linha de pensamento pode ser que apareça, sei lá, uma entidade protetora das árvores mal cuidadas ou das praças abandonadas reivindicando seus direitos sobre a imagem. Melhor passar de fininho e fingir que não vi. Deve ser difícil ver aquilo através dos vidros fumê.

A praça – com a devida licença poética – em que foi incrustada a secretaria da educação também vive seus dias de glória, não como ponto de descanso sob a sombra de frondosas árvores, mas como quadra de vôlei para outro grupo de crianças. Não demora e aparecerá uma liga qualquer para esportes infantis livres, alavancada pelo erário.

Mas é isso mesmo. Se como praças ela não despertam o mínimo de curiosidade, ao menos como quadra encontraram utilidade. Mas se perdurar a idéia de aproveitar espaços largados e sem muita utilidade para a prática de esportes, logo, logo seremos uma potência esportiva.

sábado, 5 de novembro de 2011

Como era no princípio, agora e sempre



Coisas que não recebem a devida atenção em outros períodos do cotidiano de repente viram a sensação do momento.

Estampado em vários sites/blogs locais – novidade? - a mesma notícia dava conta da demissão de um servidor feita por telefone e imediatamente os leitores começaram a reagir. Indignação, surpresa, partidarismos entre outros foram demonstrados em muitos comentários. Fala-se em vergonha dos atos praticados por políticos da cidade, comentários sobre diversos aspectos que permeiam a vida pública local e mais um sem-número de lamentos.

Qual a novidade caras-pálidas? Há muito que a posse de um diploma deixou de ser essencial para o exercício de determinados cargos, sendo substituída pela apresentação do título eleitoral. Essa prática não iniciou agora, tampouco findará com o presente ato. O que mais incomoda é constatar que, apesar da indignação, passado este momento nada mais se falará ou mesmo fará para mudar este tipo de atitude intolerável e desabonadora, herança maldita (esta sim) do período colonial que permanece fortemente arraigada no meio político ainda nos dias de hoje. O toma-lá-dá-cá é regra, não exceção.

O comportamento ficou mais visível agora, mas é permanente e mais antigo que o rascunho da carta de Pero Vaz de Caminha. Não é de hoje que patrulheiros ideológicos se empenham em vasculhar e vigiar supostos beneficiários da bondade política para que não cometam deslizes, sob pena de perder cargos.

O que precisamos é de mudança de mentalidade. Já! Muitos se acostumaram, por comodismo ou desinteresse, à idéia de que aqui tudo pode, por exemplo, quando iniciada a obrigatoriedade do uso de capacete para condutores de motocicletas, grande parte da população reclamou e ainda reclama, preferindo arriscar a própria vida e das demais pessoas. E essas pessoas votam! E elas – podem ter certeza – nunca votarão em quem se comprometa a manter tal proibição. Essa é a mentalidade de muitos. Darão liberdade a alguém para dar um jeitinho de burlar leis e por sua vez esse alguém se sentirá respaldado a também se beneficiar de jeitinhos para se manter. Mas não custa lembrar: a mão que acaricia é a mesma que atira pedras.

Nos demais períodos da vida, quando o fator eleições não está na ordem do dia a sociedade contenta-se em olhar o próprio umbigo, quando a classe que se fez rica se preocupa em acumular mais dinheiro, a classe média persegue o sonho de ascender à classe rica e a classe dita como baixa se contenta em entornar mais uma branquinha, uma cerveja, ver novela e dançar ao som das músicas do momento nas festas populares.

Neste restante de ano e durante a maior parte do próximo veremos entre os que ora reclamam surdamente, muitos aplaudindo e acompanhando outras correntes e ao final do processo eleitoral provavelmente ficarão subservientes a outra qualquer autoridade por força da gratidão por ter recebido um cargo. E começa tudo outra vez.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Toque de Midas



Segundo a mitologia grega, Midas recebeu de Baco – deus do vinho, o poder de transformar em ouro tudo o que tocasse. Satisfeito, o rei Midas começou a transformar todos os objetos ao redor em ouro, mas após a empolgação inicial, verificou que também a comida em que tocava virava ouro. A morte por inanição parecia seu destino, ante a existência de tal poder, que agora passara a detestar. Tomado de arrependimento implorou a Baco que o livrasse de tão grave e certa morte, no que foi atendido, passando desde então a ser seguido de Pã – deus dos bosques e a levar uma vida mais simples, sem ânsias de riquezas.

Como dizem que a vida imita a arte, também temos o Midas dos cocais, aquele que transforma tudo ao redor em ouro, às vezes mesmo sem tocar. Problemas resolvidos pela metade, quando resolvidos, entram para o rol de realizações do ser mitológico, não importando se o dito teve ou não participação. As pessoas deverem correr léguas para segui-lo, beber suas projeções sedentos como náufragos, afinal ele é A alternativa para corrigir o sistema que está aí.

Não importa o que faça, em qual setor atue. Sempre foi, é e será o melhor. Nada é suficientemente bom até que o mitológico entre em ação. Mestre das confabulações, para tudo tem explicação e as melhores idéias para chegar ao poder jorram de sua mente como água na avenida. Se vence é o destino e se perde é tudo coisa do poderosos que não querem o desenvolvimento da cidade.

Felizmente a natureza não dá asas às cobras.

Em tempo

Imagem: Arquivo


Por que cargas d’água os proprietários de veículos aplicam película fumê e acham que temos a obrigação de reconhecê-los pelas ruas?

Por que os cantores gospel executam suas canções olhando para o alto? Tem platéia no teto?

Se os carros de propaganda volante percorrem a maioria das ruas da cidade, por que o som é tão alto?

Se existe um estacionamento construído com recursos públicos na cidade, por que os carros que fazem transporte local e intermunicipal continuam estacionando nas ruas?

Por que o funcionalismo público em geral não recebe a mesma atenção que os professores na concessão de bônus salarial pela passagem de data comemorativa própria? Isonomia é isso?

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Prosperidade e desenvolvimento

Imagem: rmnofoco.blogspot.com



Estas são palavras de ordem de muitos que concorrem a cargos públicos. As palavras apresentam beleza plástica e encantam a muitos. Falar o que os outros querem ouvir, eis o segrego. água a quem tem sede.

Eis que surge no horizonte uma vaga luz, representada pela PEC 10/11, que pode tornar inelegíveis os candidatos que não cumprirem as promessas de campanha. Seria fabuloso vê-la em uso mas...isso ainda é Brasil, terra do jeitinho pra tudo.

Se tal lei fosse efetivamente posta pra valer teríamos muito que comemorar, visto a grandiosidade dos discursos proferidos. Teríamos por exemplo um museu; ruas arborizadas; rua climatizada; mercado público modelo; um estádio e não um grande vazio; fortalecimento da cultura local e não apenas jura de recursos. Quando da elaboração de planos tudo é chuchu-beleza, nem mesmo a escassez de recursos é problema quando se planeja algo grandioso. O que atrapalha mesmo é a realidade e a ambição desmedida de pseudo-líderes, a turma do meu-pirão-primeiro.

Assistiremos de agora em diante a um verdadeiro escarcéu de promessas nas mais diversas áreas que afetam a vida em sociedade. De agora em diante não há problema sem solução, da lama na rua à falta de perspectiva de vida digna, basta acreditar, confirmar no verde e sair caminhando e cantando, seguindo a canção.

A democracia – dizem – é o resultado da vontade da maioria sobre os demais, mas o que fazer quando a maioria não consegue enxergar um palmo diante dos próprios narizes? De nada adiantam campanhas caprichadas para conscientização na hora de escolher os mandatários contra o ronco de barrigas vazias. Não há idealismo que resista a uma solução imediata dos problemas do cotidiano como fome, o pneu novo para a moto, o combustível para participar da carreata e zuar pelas ruas, a passagem para voltar à terrinha, a promessa de emprego... e mais uma infinidade de outras coisas que já conhecemos.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Dia do servidor público



Alvo do anedotário popular como símbolo da ineficiência, o servidor público é o pobre diabo encarregado de mover e fazer funcionar a máquina pública. Com altos ou míseros salários ele está lá, todos os dias, trabalhando em prol da comunidade, fazendo seu serviço para outros colherem os louros por eles. Tá bom, alguns nem tanto assim.

Ainda visto com bons olhos por boa parte da população pela estabilidade e perspectiva de aposentadoria, a carreira ou mais especificamente o servidor sofre com uma praga que corrói e mina seus esforços diários: o servidor indicado, aquele que, ao contrário da maioria que rala e estuda para conquistar uma vaga, apenas apresenta o título de eleitor para conseguir trabalho. Funciona assim como uma inexigibilidade de licitação, quando o serviço ou prestador dele é escolhido por ser imprescindível e sem concorrentes à altura. Não raras vezes os não efetivos têm maiores oportunidades até que o funcionário de carreira, por contar com a simpatia e proteção de quem os indica.

O servidor público é tão irrelevante a certos olhos que no dia dedicado a homenageá-lo ele não receberá um abono, diferentemente do que aconteceu com a classe dos professores no seu dia, quando foi decidido que não haveria gastos com festa, o dinheiro para tal seria revertido sob a forma de abono salarial. Não. Com o funcionário público a cantiga conversa é outra. E N-I-N-G-U-É-M abriu o bico para se pronunciar neste caso. N-I-N-G-U-É-M sugeriu alternativas.

Como se não bastasse o trabalho rotineiro, no dia dedicado a ele as atividades alusivas à data iniciam às 5:30 da manhã com caminhada, se estendem por palestras e somente às 9:00 vem o café da manhã, hora em que possivelmente muitos já estarão mais fracos que choque de lanterna. Não, obrigado. Se caminhar faz bem à saúde, que caminhem os doentes, já disse o sábio. Geladinha que é bom nem pensar, né?

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Hora de despertar

Imagem: daniswords.wordpress.com

Hora de despertar do conformismo que assenhorou-se de Esperantina. Sejamos a revolução que queremos.

Apesar dos pesares ainda consigo ficar pasmo ante o conformismo proclamado por muitos cidadãos, que na primeira oportunidade o expressam como forma de não incomodar ninguém ou mesmo para não ser tomados por rebeldes, preferindo assim a vida de gado, entregando-se à velha prática corriqueira do disse-me-disse nas esquinas e mesas de bar.

O conformismo em sua forma pura pode ser notado em diversos aspectos da vida local, como por exemplo, na falta d’água já histórica na zona rural durante o período seco. Muitos se limitam a dizer que é assim mesmo desde que me entendo por gente e fica por isso mesmo. No máximo reúnem a associação de moradores e mendigam ajuda, que por vezes chega nos quadriênios em que a vida dos cidadãos fica interessante a determinado grupo de pessoas.

A falta de planejamento urbano é outro caso em que o conformismo faz vítimas, ao baixar a cabeça e se conformar com o que a natureza impõe, como se a intervenção do homem no meio não fosse capaz de mudar a paisagem ou pelo menos criar adaptações a ela, como no episódio dos embaraçantes alagamentos que ocorrem periodicamente em determinados bairros da cidade onde basta uma chuva mais forte para relembrar o muito que falta para melhorar. O conformismo reduz o homem à condição de simples passageiro pela vida e não de ser vivente e pensante como deveria.

Aceitar a tudo que há de malfeito apenas pelo fato de não querer se indispor com autoridades ou por servilismo é o maior e pior exemplo de conformismo, que relega ao ostracismo o porvir. Jamais se registrou na história do mundo exemplos de sucesso em locais infectados pelo conformismo. O sonho da grande Esperantina tropeça na falta de combatividade por melhorias e só favorece o toma lá, dá cá, conhecido na cidade fagueira desde sempre.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Escolhendo candidatos seguindo os ditados populares



A sabedoria popular nos brinda com inúmeros ditados que podemos usar no dia-a-dia em diversas situações, neste caso, a escolha de candidatos a cargos eletivos. Abaixo alguns deles com sugestões para análise.

Diga-me com quem andas, dir-te-ei quem és. Antes de escolher seu candidato analise as pessoas em volta dele, quem são, o que fazem ou o que já fizeram. Uma só má influência é capaz de desviar as melhores intenções.

Uma andorinha só não faz verão. Se o seu pretenso candidato se apresenta como a única solução para os problemas do município pode não ser um bom indício, pois ninguém governa sozinho e tal dificuldade em relacionar-se com outros tende a isolá-lo dos demais, ficando sem vez nem voz, morrendo na praia.

Quem não tem cão caça com gato. Se você tentou, procurou com lamparina e não achou alguém digno do seu precioso voto, não caia na armadilha de votar no primeiro que lhe der na telha. Olhe à sua volta e veja o que outros nessa situação fizeram, se informe, pesquise.

Quem tudo quer, tudo perde. Dito sob medida para aqueles que se lançam com muita ambição a uma disputa, querendo a todo custo conquistar seu voto para, segundo eles, tirar a cidade do buraco. Fuja sem olhar pra trás.

Nem tudo que reluz é ouro. Auto-explicativo. Quando a oferta é boa até o santo desconfia. Alguém que pareça muito qualificado para um cargo eletivo pode não ser essa autarquia toda. Já teria experiência anterior que o ajudasse a desempenhar um mandato ou vai se confiar no ineditismo?

Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura. Tem os que de tanto tentar já são lugar-comum nas disputas. Se nunca conseguiram nada é por que tem algo de ruim. Eleição não é loteria.

Em casa de ferreiro, espeto de pau. Se o tal candidato promete coisas mirabolantes, olhe ao redor dele, no seu dia-a-dia e veja se tais promessas condizem com o cotidiano dele e se não passam de abobrinhas. Se não consegue se destacar na vida privada por que o conseguiria na vida pública?

Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe. Não caia na besteira de escolher alguém em que possa se arrepender para depois sair dizendo que: são só quatro anos, um dia acaba.

A união faz a força. Não se garante? Tá com medinho 01? Precisa se apoiar nos outros para galgar cargos? Um temor na hora de tomar decisões.


Nunca digas deste pão não como, desta água não bebo. Seu escolhido já afirmou algo parecido e precisou engolir o dito para não ser esquecido? Não tem idéias próprias, apenas sobrevive ano após ano. Tire as pragatas e corra o mais distante que puder.


Pela boca morre o peixe. Seu escolhido fala demais? Não aceita que outros possam ser tão bons quanto ele? Melhor sair de fininho e procurar outro.

Pense bem. Depois não adianta chorar sobre o leite derramado.

sábado, 15 de outubro de 2011

Ainda sobram opções



Embaladas na onda verde e concessão de cidadania que inunda nossas universidades, por aqui o mote foi aproveitado e alguns cursos elaboraram programas de interação com a comunidade, recolhendo lixo na cachoeira. Nada contra, afinal o símbolo-maior da cidade - porém não único - da cidade está abandonado.

Diversas alternativas poderiam ser exploradas, como o quase desconhecido Controle Social, tão importante quanto o recolhimento de lixo ou mais importante ainda, pois engloba todos os setores públicos, sendo de interesse de todos os cidadãos.

Os acadêmicos, apresentados ao ensino dito superior, são expoentes de novos modos de ver e participar da vida no município. Como forma de exercer o controle social, por exemplo, o cidadão tem o direito assegurado de ter acesso aos processos de compras e ao conteúdo dos contratos celebrados pela Administração Pública, podendo acompanhar, por exemplo, a sessão pública de julgamento de propostas em uma licitação, entre inúmeras outras formas de participar ativamente no desenvolvimento do município, atuando como fiscal do emprego de verbas públicas, suprindo assim lacunas deixadas por quem de fato deveria exercer tais funções.

O cidadão, no exercício do controle social, deve estar atento ao cumprimento dos objetivos das políticas públicas, denunciando possíveis irregularidades encontradas aos diversos órgãos que possuem competência para atuar. Conforme o caso podem ser contatados órgãos como a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal, os Tribunais de Contas do Estado ou da União; as Câmaras de Vereadores (olha só) e Assembléias Legislativas e os Conselhos responsáveis pelo acompanhamento da respectiva política.

A efetividade dos mecanismos de controle social depende essencialmente da capacidade de mobilização da sociedade e do seu desejo de contribuir e não ficar apenas se lamentando que grupo A ou B ascende politicamente apenas visando encher os próprios bolsos. É de fundamental importância que cada cidadão assuma a tarefa de participar da gestão governamental, de exercer o controle social da despesa pública e não apenas batendo palmas. Somente com a participação da sociedade será possível um controle efetivo dos recursos públicos, o que permitirá uma utilização mais adequada dos recursos financeiros disponíveis.

Mas pode ser mais cômodo e conveniente direcionar conhecimentos adquiridos em sala de aula nas mais diversas áreas do conhecimento humano para realizar tarefas mais fáceis, da moda. Convém lembrar que Aquele que caminha sobre as pegadas dos outros, nunca deixará as próprias.