quarta-feira, 29 de maio de 2013

Lendas urbanas

E diz a lenda que em Esperantina foi criado um Conselho Municipal de Combate às Drogas, ao som de vivas e felicitações pela brilhante idéia de criação de mais um conselho que fez... o quê mesmo? O natimorto conselho não deu o ar da graça e suas ações, festejadas e vistas como a luz do fim do túnel não foram visíveis.
Imagem: www.jornalclassifique.com

Enquanto o conselho não define linha de atuação após dois anos de criação, os zumbis do crack podem ser vistos pelas ruas da cidade, mais claramente no período noturno, quando se deslocam de suas residências para locais ignorados onde conseguem drogas.

não é muito difícil identificá-los, muitos andam pedindo dinheiro "pra comprar um lanche" e outros ainda podem ser vistos já de posse de um salgado e uma latinha de refrigerante, possivelmente para amenizar a fome. Rostos esquálidos, passos rápidos ou trôpegos, todas as noite continuam com o nefasto ritual.

Enquanto isso, o governo estuda formas de atuação. E ainda ficam chateados quando são cobrados.

E a cidade avança...

...na modorra de sempre. Recorrentes problemas se acumulam há bastante tempo e seguem sendo empurrados com a barriga para as calendas gregas, como a municipalização do trânsito em Esperantina.

De acordo com o Código Nacional de Trânsito, em vigor desde 1977, a responsabilidade do trânsito nas cidades é do município, em tese. O fato é que desde então sucessivas gestões postergam para o futuro distante – bem distante – o processo de municipalização, pois o município tem outras prioridades, quais seriam elas não se sabe, porque em todos os setores que se vislumbre os avanços só acontecem aos sopetões e ainda assim quando há cobranças de alguma parte mais interessada.

Percorrer as ruas de Esperantina durante a semana é tarefa por demais árdua, principalmente se não for a bordo de possantes pick-ups. É lama, urubus, mercadorias e uma miríade de outros empecilhos a fustigar a paciência dos transeuntes. Tudo isso acontecendo às vistas de quem poderia fazer algo e não o faz.

Indago se seria possível que as autoridades não consigam ver, sentir o problema pelas ruas, claro que não espero que elas sejam respingadas pelas inumeras poças de lama, pois trafegam com os possantes de portas e vidros fechados. Mas um pouco de noção de realidade seria bem vinda, afinal isso não é apenas mais uma animada tarde de brincadeiras no SimCity.

Muitos falam que seria necessário grande volume de verbas para que a situação do trânsito local melhorasse, como se a dita obrigatoriamente devesse acontecer como em toque de mágica, de uma hora para outra. Já esperamos tempo demais por isso. Paulatinamente as melhoras podem ser feitas, sem atropelos e sem traumas. Falta mais vontade que verba, para ser mais claro.
Imagem: Arquivo do Blog.

Mas que não venham com ''obras'' para inglês ver, como alguns trechos de algo semelhante a asfalto e que foi posto em algumas ruas da cidade em período recente e que na verdade só amenizaram os problemas para os condutores de automóveis. À época da tal obra, bem que esperei pelo menos uma das autoridades circular de bicicleta pelos trechos “recuperados” para que sentisse os solavancos proporcionados pela obra porcamente feita.

Mas ainda há tempo. O Brasil é o país do futuro.



quarta-feira, 15 de maio de 2013

À espera de um milagre

Imagem: Arquivo do Blog.


O trânsito em Esperantina tem a incrível capacidade de piorar a cada dia, seja pelo aumento de veículos nas ruas, seja pela imprudência dos motoristas.

A experiência de andar pelas ruas estreitas e enlameadas da cidade merece um filme, tipo trash, para ser mostrado nas eternas campanhas de educação no trânsito, em voga sempre que se aperta a fiscalização.

Os condutores e seus bólidos desafiam todas as leis possíveis, até mesmo as da física, desde que cheguem aos seus destinos no menor espaço de tempo possível para fazer absolutamente nada. Não há dia em que não se forme congestionamento em frente a um grande supermercado da cidade e se repita a zorra: um veículo manobra para estacionar e os enfurecidos e atrasados condutores que não podem esperar um minuto sequer, apertam as buzinas como se esta fosse a unica esperança de vida, o fio que os prende à vida e assim atormentam o restante das pessoas que nada tem a ver com o ocorrido.

E basta que um congestionamento de forme, em qualquer lugar da cidade para que os educados condutores resolvam tomar posse de calçadas sem o menor pudor. Fazem delas suas pistas, não importando quem transite por elas ou o que mais tenha como obstáculo. É preciso chegar rápido em casa para não fazer nada.

Para piorar a cena dantesca, os comerciantes locais – aqueles que alegam não ter como pagar as taxas veiculares – resolvem também dar sua parcela de contribuição ao cenário, tornando as calçadas uma extensão das gôndolas de seus comércios, sem que nada nem ninguem aja para impedir isso. Voto é bicho complicado, diz o entendido!

E o que fazer para melhorar o trânsito sem as blitzes é o que muitos perguntam, uma vez que as ditas foram abolidas a pedido que, diga-se de passagem, foi fielmente cumprido. Esperar que somente campanhas educativas resolvam o caso é uma parvoice das grandes.

Enquanto seu lobo não vem, ficamos – pedestres, ciclistas e mesmo outros condutores – à mercê dos maus condutores de que dispomos. Cena normal é ver cidadão que “faz linha” para zona rural ou mesmo outro município parar onde bem entender; usar a buzina do bólido como se fosse o último presente ganho no dia das crianças; atrapalhar o trânsito ao dirigir lentamente enquanto procura passageiros; Outros condutores simplesmente resolvem conversar com quem quer que seja no meio da rua e ainda temos os carros de propaganda voltante, que merecem postagem à parte.

Até quando isso continuará na rotina do município não se pode saber, afinal, a maioria quer que tudo continue da mesmíssima forma, sem leis constrangedoras para regular, sem taxas absurdas para pagar. Até quando?

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Feriado, dia de descanso, sombra e água fresca. A menos que...

Imagem: agresteviolento.blogspot.com


Exatamente às 6:30h um infeliz tem a infeliz ideia de acordar e encher a paciência de quem ainda tinha alguns minutos de descanso com uma propaganda infame, em que a prefeitura convidava os trabalhadores para comemorações relativas ao 1º de maio. Beless. Mas todo ano o 1º de maio não acontece? Não entendo a necessidade de incomodar os munícipes às 6:30 da matina com tal convite.

Ao ouvir – incomodado ao extremo – a propaganda volante imediatamente penso se tratar de algum aviso de máxima utilidade, tipo o abastecimento d'água será suspenso hoje no horário xx a xx, calamidade pública ou algo que o valha, mas incomodar com convite para uma festividade que acontece todos os anos exatamente no mesmo dia 1º de maio é um despautério! Não bastava o incômodo ser realizado durante outros dias em horários menos inoportunos? O que se poderia dizer às 6:30 que não pudesse ser dito às 7:00, 7:30?

Além de tudo creio que as demais ruas da cidade estavam interditadas por algum motivo qualquer, pois o volante só dava a volta em dois quarteirões e retornava pela mesma rua. E tome propaganda!

Se ao menos tivéssemos um Código de Posturas no município a conduta poderia ser outra.