quarta-feira, 29 de abril de 2015

Atualidades

Imagem: www.pellegrino.com.br

Chega noticia em primeira mão e com exclusividade que brevemente acontecerá a inauguração de um telefone público (orelhão) na localidade Prá Lá de onde Judas perdeu as Botas. O evento contará com a presença de 15 autoridades, 800 aspones, incontáveis candidatos a que quer que seja se acotovelando para ver quem aparece mais e parte maioria da – cof, cof – imprensa local.

Antecedendo a pomposa inauguração haverá grande partida de futebol, com premiação de um litro de pinga manipulada pura da serra e um capão de granja. Logo mais a noite, acontecerá evento dançante e a organização pede que não levem armas, pois a banda toca “forroresta”*.

Segundo calendário ainda não oficial, mês que vem será igualmente inaugurado o Espaço Cultural Casa da Amargura, destinado às mais diversas manifestações tradicionais de bastidores do mundo real, vulgo fofocas.

* Aberração musical criada por estas terras para aterrorizar os viventes.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Em terra de audiência pública, escrever é supérfluo.

A situação de Cocal City, se não é das piores, também não está assim as mil maravilhas do discurso, basta um passeio pelas vias públicas. E nem precisa ser nos bairros mais afastados.

Excluindo-se os temas de sempre, outro que não recebe a mínima atenção é o meio ambiente. É como se o secretário municipal... ops, a cidade não conta com secretario de meio ambiente. Também pudera! Todos os últimos não lograram êxito em seus mandatos, seja por completa inapetência para o cargo ou pela falta de prestígio e principalmente de recursos que a pasta amarga. É literalmente uma pasta de papel. E olha que nem reciclado é!

Voltando ao tema, as áreas verdes somem da zona urbana com espantosa rapidez. Qualquer um que se preste a reformar um imóvel, primeiramente se dedica a derrubar alguma árvore que exista em frente ao imóvel e que possa atrapalhar a visão. E a secretaria de meio ambiente? Se empirulitou.

 Na zona rural a situação não é menos desoladora. Proprietários de glebas agora acompanham o modismo vigente e se tornam piscicultores, abrindo crateras a bel-prazer em suas terras, sem que para isso tenham ao menos uma mísera vistoria com vistas a licenciar a atividade. Por vezes, simplesmente as matas são derrubadas para “limpar o lote” e, como nas fotos abaixo, alterando para sempre o curso de um córrego temporário. E a secretaria de meio ambiente? Se empirulitou.
Imagem: Arquivo do blog.
Imagem: Arquivo do blog.
Pequenos córregos tem inesperadamente seus cursos interrompidos para que abasteçam os tanques marginais, sem que autoridade alguma dedique sequer uma olhadela no local e veja quais impactos ambientais tal atividade possa causar ao meio ambiente. Enquanto isso... E a secretaria de meio ambiente? Se empirulitou.

E tenho dito! 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

À espera de dias melhores

  
Imagem: economistinha.com
Como nem só de audiências públicas sobrevive Cocal City, mas de toda asneira dita à imprensa, vamos em frente!
                    
Incrível como as coisas se encontram ao léu em Cocal City. Não é preciso andar muito para se ver desmandos. Aqui uma calçada que avança para a rua, ali uma barraca que toma espaço dos pedestres, acolá um veículo que avança na contramão. E assim caminha a humanidade, se não for atropelada antes.

Mais detalhadamente, incentivados pela total ausência de qualquer tipo de fiscalização, muitos proprietários de imóveis agora constroem rampas de acesso do meio-fio para a rua, quando deveria ser no sentido contrário, para não obstruir passagem de água nem atrapalhar o trânsito. De início apenas uns poucos se aventuraram na empreitada, mas agora a tendência é que isso aumente. Quanto às barracas, assiste-se a um lento, porém contínuo, processo de favelização da cidade que já não é um primor estético. Seja na principal praça da cidade, seja na avenida, virou oba-oba. Por último e nem por isso menos importante,  a zorra no trânsito continua a fazer vítimas: alguns ficam cegos para não ver nem agir, outros, menos sortudos, colecionam fraturas pelo corpo à espera de que um dia, quem sabe, em um futuro distante, alguém abandone os papéis e busque agir. Mas até lá...seguem deitados eternamente em rede esplêndida.

Ainda tem espaço por aqui aos borra-botas de plantão, aqueles que se irritam quando falamos ou escrevemos algo que desagrade às chefias.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Figurinhas repetidas

Imagem: balaioxperimental.blogspot.com

Passada a portentosa audiência pública que pautou sobre segurança pública em Cocal City, tudo voltou à doce normalidade: veículos em alta velocidade, ruas escuras, veículos nas calçadas, pedestres nas ruas.... e a sensação de que a culpa é das estrelas. O leque de temas abordados foi bastante amplo, de segurança pública a água, passando pelo trânsito e a final do BBB. Como diria Falcão: do peido à bomba atômica. Pelo menos não vieram com soluções milagrosas e propostas mirabolantes de milhões de reais em projetos de gaveta.

A reunião serviu minimamente para algo: de parte a parte foram ouvidas reclamações, justas e merecidas, algumas contundentes como soco no estômago. O mesmo não se pode dizer dos palavrórios de meia audiência. As palavras jorravam abundantes como a lama das ruas, mas diziam mais do mesmo, parecia que reinventariam a roda e a apresentariam como a inovação tecnológica da década!

Ao final de tudo, fiquei a pensar que a culpa pelo aguaceiro nas ruas é das chuvas e não da falta de iniciativa que caracteriza a cidade, sim, porque aqui água faz parte da segurança pública. Deve ser por isso que falaram tanta água e sobre água. Inclusive até pesquisa dentro do rio chegou a ser cogitada. Quase esquecia que ainda sobrou espaço pra um merchan básico de alguém querendo vender seu peixe. Intrigas palacianas apontam lobby, mas isso é outra novela.

Ao largo das discussões, nas entrelinhas, melhor dizendo, nas entrefalas se podia perceber que o ano que se avizinha eleições já faz emergir rusgas e mini conflitos de superegos. A única certeza pós-reunião é de que tudo ficará com antes no quartel de Abrantes.

E tenho dito!