segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Então é natal

Imagem: Arquivo do Blog.


Hora de esquecer as agruras do ano que ora finda. Esquecer as mágoas que porventura tenha acumulado ao longo do ano; esquecer os transtornos causados pela falta de estrutura na cidade, relegados à posteridade em nome de festas tradicionais; hora de esquecer que as eleições legaram à posteridade uma legião de bobocas choramingando; enfim, hora de festejar... o que mesmo?

Da mesma data do anterior, só mudou o clima, o mais continua tudo com antes, no quartel de Abrantes. A cidade ainda agoniza, vitimada por seu trânsito caótico; as ruas pavimentadas e escolhidas a dedo para isso agora sofrem com o trânsito desregrado; a avenida-rio continua a dar show no período chuvoso; o estádio de futebol continua uma eterna promessa...

E não há quem comemore? Sim, tem. O comércio, este sim, comemora o tal “período mágico” do natal e fim de ano, o grande sentimento de fraternidade que a todos envolve. Quem também não tem do que reclamar são os promotores de festas, que dia-a-dia animam a patuleia e movimentam a sofrível economia local.

Em tempo: desconfio que o grande personagem deste período, o velhinho do trenó seja um funcionário comissionado: é ineficiente; só aparece em um período; não responde a ninguém e se acha uma autoridade.

E tenho dito!

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

E o processo de favelização da cidade continua a pleno vapor

Imagem: Arquivo do Blog.


Uma rápida vistoria pelas ruas da cidade se pode constatar que caminhamos a passos largos para a desorganização urbana, aquela mesma vista nas grandes cidades, a diferença somente que aqui ela é generalizada.

A avenida principal da cidade recebeu casebres em seu canteiro central para, supostamente, abrigar pontos de venda de artesanatos e prestação de serviços diversos, mas na verdade todos se renderam ao comércio de bebidas, chegando ao cúmulo de atrapalhar os deslocamentos dos transeuntes, prejudicados pelas mesas e cadeiras dispostas ao bel prazer, ao longo da avenida e, achando pouco o descalabro, muitas ampliaram a área útil utilizando coberturas em metal, em mais uma tentativa bem sucedida de quebrar o restante da estética urbana local. Tudo isso sob as vistas grossas de quem deveria justamente fiscalizar e evitar tais aberrações.

Não bastasse isso, a cidade a cada dia perde mais espaços verdes, visto que entre as primeiras providencias de novos proprietários de imóveis está a retirada das poucas arvores existentes. A própria avenida mais uma vez é exemplo disso. Em toda a extensão se percebe que a ausência de árvores e, por conseguinte, de sombras, prejudica o bem-estar da população, ao privar o cenário das copas de árvores, que poderiam quebrar a feiura de nossas vias e torna-las um pouco menos esturricantes.

Mas a preocupação de plebe é voltada apenas para o imediatismo do asfalto novo, das festas ludibriantes e ao disse-me-disse das esquinas, vez por outra permeada por um relance de senso de bem-estar comum.

sábado, 29 de setembro de 2018

Ideias para comemorar o aniversário de Esperantina

Imagem: portalriolonga.com


Sempre que ouvia o hino municipal, aquele trecho que diz:
...Salve, Esperantina...

Me perguntava: salvar de quê? Só agora entendo que não é salvar de que, mas de quem. Após 98 anos de sucessivas administrações, umas razoáveis, outras à espera do esquecimento, constato que o problema é um completo distanciamento entre o que se espera e o que nos oferecem os governos. Precisamos de escolas, constroem ginásios esportivos. Quando queremos ginásios, vem os asfaltos ligando nada a lugar nenhum.  Se pede a reforma de um mercado, as mentes brilhantes nos brindam com obras faraônicas inacabáveis. Pedem um estádio, fazem um festival que pode ter qualquer outro nome, menos o adotado. E assim se passaram 98 anos...

Mas precisamos comemorar os avanços. Precisamos de ideias. Pânico entre os aspones, cuja única ideia é gastar os proventos duramente conquistados em períodos de campanhas.

Então vejamos...
- Vamos comemorar com um grande campeonato no estádio e... não, pera... O estádio está em obras há décadas.

- Que tal aproveitar os talentos locais em um festival de teatro? Péssima ideia, o teatro está desabando a olhos vistos.

- Vamos incentivar o esporte. Isso. Que tal um passeio de bicicletas pelas ruas? Não dá, com o completo descumprimento das leis de transito e a inoperância da coordenação de transito, seria uma desgraça.

- Que tal um luau no cartão postal da cidade, a cachoeira do urubu? Não dá, os donos de lá vão reclamar.

- Vamos fazer um desfile cívico, com escolas e o pelotão mirim? Não é boa ideia, vai que alguém resolve protestar novamente e será necessário afastar todos os integrantes não cooptados ideologicamente.

Então está decidido: ano que vem será fantástico.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

E na terra de ninguém...

Imagem: http://fernandocabrerafac.blogspot.com/


...o silêncio é raro nestes tempos. A publicidade volante invadiu a cidade que, sem cobrança no cumprimento das leis, se torna área livre para absurdos diários. Determinados setores do comércio local vivem intensa guerra de propagandas em que o único a perder algo é o cidadão, que fica sem opção a não ser ouvir as pérolas da comunicação.

Os carros e motos de propagandas volantes, que já contam com lei específica para funcionamento, permanecem ao deus-dará, sem nada nem ninguém que os impeça de incomodar a todos com suas propagandas em alto e péssimo som. Enquanto uns poucos respeitam os ouvidos alheios, outros se imaginam conduzindo trios elétricos.

Desde as primeiras horas do dia até início da noite somos bombardeados com propagandas das mais diversas, algumas de gosto bem duvidoso. Nas ruas os carros trafegam em baixa velocidade para melhor entendimento do que propagam, mas é bem verdade que eles não precisam exclusivamente circular pelo meio da rua, basta seguirem pela direita, como o restante da humanidade, mas não eles, os donos da rua.

O volume em que trabalham é um disparate, pois se circulam por todas as ruas, porque cargas d’água o volume precisa ser ouvido pelo outro lado da cidade? Áreas que deveriam ser poupadas do barulho, como hospital, delegacia, escolas e outros são solenemente ignorados, chegando mesmo a interromper reuniões e aulas por breves momentos, mas a lei não lhes atinge.

E assim caminha a humanidade. E tenho dito!

quinta-feira, 26 de julho de 2018

A festa que é um kinder ovo!

Imagem: http://conexaoplaneta.com.br/

Criada para livrar os cidadãos do fogo do inferno representado pela festa profana da semana santa e que lembrava a herança política de um ex-gestor, foi relançada bem ao gosto local, uma nova festa-símbolo do município, que cumpre a dupla intenção de não desagradar o tradicional segmento religioso prejudicado pela festa agora extinta, por sua vez a nova festa também agrada outro segmento religioso, tendo um dia dedicado à purificação pelas gritarias músicas religiosas, seja lá o que isso signifique em temos práticos.

Durante 4 dias a população será levada a esquecer das mazelas locais, sendo então brindada com obras, segurança e alegria impares! Hora de esquecer o estádio abandonado, a escuridão em bairros remotos, o salário irregular, a violência que teima em surgir aqui e acolá... enfim, dias de glória! Muitas autoridades presentes, em busca do contato precioso com os populares.

Na contramão de tudo, aquela que seria a finalidade da festa - promover determinado setor da produção local, conhecido por poluir as águas do rio e desviar o uso da água de consumo humano para geração de renda a uns poucos – fica a desejar, pois até a presente data nunca vi resultados práticos derivados de tal festa. As anunciadas rodadas de negócios para geração de renda aos munícipes ficam em segundo plano. Nunca foi publicado – e se o foi, não foi dada a devida publicidade – quais ganhos o município teria em geral com a atividade piscicultora. Se o pão não é satisfatório, o mesmo não se pode dizer do circo das atrações musicais, estas sim, bem ao gosto para distrair.

E tenho dito!

PS: Sim, tal qual a guloseima, também esta festa tem uma surpresa embutida!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

E ele não poderia faltar. Não agora.

Imagem: Arquivo do Blog.


Olha quem está de volta: o prosaico meio-fio pomposamente pincelado de branco. Estrela em obras chamativas e nas ocasiões em que se pretende passar a impressão de limpeza e organização, o artifício é empregado desde sempre nos rincões desta pátria amada Brasil-sil-sil.

A imagem é nova, a prática, tão antiga quanto a posição de ca... todos sabem. Quando não há outro atrativo qualquer a ser mostrado, eis que ressurge das cinzas do esquecimento a velha mão de cal nos meios-fios da cidade. Desculpem a areia próxima, não deu pra esconder. Gostaria que esta fosse, na verdade, a pá de cal nesta prática, mas ela ainda tem vida longa, dada a praticidade na utilização nas mais diversas ocasiões.

Só faltou pintar os troncos das árvores! E assim segue a humanidade, para o deleite de uns poucos.

E tenho dito!

domingo, 22 de julho de 2018

Sombra e água fresca

Imagem: Arquivo do Blog.


Novamente às vésperas de eleições e os problemas de sempre teimam em persistir. Mas o que esperar de uma população que a tudo vê, mas não reage? As coisas mais estúpidas são feitas às escâncaras e o máximo que se consegue de reação são os famigerados comentários em redes sociais.

E o pomposo quarto poder, o que faz? Se amesquinha em troca de migalhas e um cargo obscuro qualquer, foge de escândalos e aguarda nas sombras da lassidão o dia do pagamento.

A todo momento somos atormentados por problemas ocasionados pela falta de empenho em acompanhar os atos políticos locais. De que adianta o tribunal de contas promover seminários com os nativos na intenção de ajudar a população a acompanhar os atos públicos se isso não se reflete em ações? A maioria dos que lá comparecem são universitários, dispostos a pegar o certificado do evento para contar pontos em suas disciplinas. Quantos se debruçam sobre os balancetes mensais postos à disposição da população? A não ser uns poucos que se acham prejudicados em seus salários e buscam saber quanto aqueles Aspones recebem para nada fazer, ninguém mais fiscaliza nada. Nem aqueles que por dever de ofício o deveriam.

Toda vez que um acidente acontece nas ruas da cidade, ali está o resultado da apatia que abate a população ao não se interessar pela correta destinação dos recursos em suas devidas áreas. Deste total desprezo pela vida pública, resta-nos a falta de iluminação pública decente, os péssimos serviços de coleta de lixo, as obras mal executadas nos mais diversos locais e uma miríade de outras ocorrências que seriam amenizadas, caso o interesse fosse mais que fofocar nas mídias sociais.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Ouvido não é pinico!

Imagem: https://falaibotirama.com


Na cidade inerte às leis as coisas permanecem como sempre. Agora sofrendo com a excessiva sonoridade dos veículos de propaganda volante. Aliás, tem vários que nem volante são mais, permanecem estacionados em frente aos comércios, em mais um desserviço à população.

E ficam todos a assistir as cenas dantescas. Qualquer pessoa, a qualquer tempo, se assim o quiser, entope o porta malas do veículo, o reboque do carro ou moto com possantes caixas de som e passa a se fazer de agência de publicidade, assim, sem nada que o incomode, sem licenças, sem permissões, como se diz - ao deus dará.

E isso acontece não é por falta de lei sobre o tema, visto que o município já conta com lei aprovada especificamente com finalidade de disciplinar essa zorra. Mas quem pode fazer algo permanece abobalhado, tentando agradar uns, visando um reconhecimento no sufrágio.

Diariamente e em horários mais absurdamente possíveis, somos bombardeados com propagandas volantes em volumes incompatíveis com o mundo civilizado. Se o veículo passa em todas as ruas, porque o volume tão alto? E se o condutor do veículo encontra um conhecido ou outro cliente, se dá ao direito de parar com o som ligado, sem maiores preocupações, pelo tempo que bem entender. Se vê até mesmo vários deles em fila, cada qual com seu trio elétrico particular a nos atormentar.

E quem será o encarregado de fazer cumprir o que manda a lei? Se a lei municipal é capenga, temos legislação estadual e federal sobre o tema, mas quem se importa? Aulas são paralisadas, reuniões interrompidas e órgãos públicos se veem frequentemente importunados com as propagandas volantes, mas ninguém se dá ao trabalho de denunciar isto, mas... denunciar pra quem? Sempre há um colega tentando na maciota encobrir reclamações dos “chegados”

E assim segue a humanidade. Em tempo: a qualidade das propagandas vai de lixo a esterco na maioria dos casos.


terça-feira, 8 de maio de 2018

Atentai bem!

Imagem: http://bemblogado.com.br/


Mais um acidente com vítima fatal nas vielas da cidade. Mais um pouco de sangue nas mãos de quem deveria agir para emprestar a imagem mínima de civilidade a esta urbe. E tudo que seria o esboço de reação se resume a discursos resignados de apalermados. Chega de conformismo e de embolsar nacos do erário, de olhar para o próprio umbigo!

Até quando brincarão de autoridade? Inadmissível uma cidade que aspira ser importante centro comercial e turístico e o trânsito louco ainda seja conduzido como nos primórdios da colonização. Já chega de brincar de regular o trânsito. Chega de placas; de blitz educativa; de faz-de-conta. A cada dia mais pessoas são atingidas pela negligência alheia. Ruas e cemitérios se enchem de cruzes e a reação esperada não surge. Ninguém quer carregar o fardo de cobrar habilitação e documentação dos condutores de veículos, para não ser taxado de impopular e fazer feio nas eleições. E isso há décadas!

Na cidade que faz concurso e nomeia um único agente de trânsito para figurar pelas ruas, sem apoio e sem meios de agir, a população vive amedrontada pela imbecilidade de alguns condutores de veículos, que se assenhoram das vias públicas e fazem destas suas pistas particulares: param ondem bem desejam; bloqueiam calçadas; trancam ruas; congestionam ainda mais o tráfego somente para bater papo sem abandonar os veículos; desenvolvem velocidades incompatíveis com as vias; matam e morrem como se vivessem na barbárie.

É chegada a hora de alguém tomar as rédeas da situação e agir. Chega de audiências públicas inócuas, de ofícios a esmo. Triste observar que a disputa do momento é para reconhecer quem arrecadou mais cestas básicas: o show inoportuno ou o campeonato oportunista. É hora de agir, mesmo que tardiamente!


E tenho dito!

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Enfim, um monumento!

Imagem: https://duvidas.dicio.com.br

Passados quase uma centena de aniversários, finalmente a cidade recebeu um presente, que aspirava desde sempre: um monumento. Afinal, não seria diferente aqui, do restante do país, permanecendo no rol de cidades que não possuíam atrativos arquitetônicos dignos de sua importância.

Sacado entre outros importantes e desconhecidos projetos, a cidade foi presenteada com um importante monumento, o mercado público. O antigo prédio, deteriorado e deveras inadequado, foi substituído por um elefante branco que desde sua inauguração às pressas não teve outro movimento em suas dependências que não aquele alvoroço no dia da inauguração. Tanta pressa e pompa para presentear a cidade com um local em que até o momento nenhum trabalhador foi alocado, permanecendo desde então como símbolo de atraso e ineficiência na gestão da obra e administração do bem público, local de trabalho de centenas de cidadãos e para onde acorre a população em suas compras de mantimentos.

Triste exemplo de postergação de deveres, o mercado recém-inaugurado, símbolo decadente do antigo centro de compras da cidade, segue sem previsão de ocupação por quem de direito e já apresenta sinais de deterioração nas calçadas, seguindo o mesmo destino dado ao natimorto abatedouro público: palanque preparado com previsão de uso para breve.

E tenho dito!

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Previsões Previsíveis 2018

Imagem: Arquivo do Blog.
  • Salários alternados com desculpas, por culpa do "governo golpista";
  • A imprensa continuará caladinha;
  • A volta dos “amigos” bienais;
  • Pomposas inaugurações;
  • Avenida inundada e promessa de galerias com verbas já designadas em emendas;
  • Campo de futebol terá placa marcando inauguração;
  • A rua Fim do Mundo que liga Nada a Lugar Nenhum será asfaltada;
  • Trânsito continuará a zorra de sempre;
  • A festa do Tambaqui Lameado será disputada a tapa pelas “autoridades” que buscam um lugar ao sol;
  • A igreja do governo segue sem data de término das obras.