segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

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Foto: www.carlosferreirajf.blogspot.com

Enfim, saiu o resultado do processo mais aguardado em Cocal City e o prefeito foi cassado, com a posterior convocação de novas eleições no município, até o momento.

Gregos e troianos agora se debatem, mas a nenhum deles cabem louros de vitória, questionável e imprevisível, do ponto de vista do desenvolvimento da cidade. Ademais, o momento não é propício para foguetório, muito menos chororô ou luto oficial de três dias. A esperança é de que o episódio forneça subsídios para novos modelos de atuação no campo político, afinal, Têmis continua alerta mesmo de olhos vendados, com a balança da igualdade em uma das mãos e a espada na outra.

Quanto ao resultado do processo, não há nada de tão extraordinário e nem mesmo acalentador nisto, visto que a cidade entra agora em uma espécie de vácuo administrativo, pois até a nova eleição, quase nada de relevante pode ser feito. Quando for homologado o resultado da eleição vindoura (se ela realmente ocorrer, tendo em vista que este foi apenas o 2º round da disputa, prevista para no mínimo 3), o novo timoneiro terá pouco mais de um ano para administrar o município, com problemas que remontam à criação deste.

Como dizem que a toda ação corresponde uma reação, infelizmente agora teremos que aturar aproximadamente 30 dias de intensa campanha eleitoral (e tome propaganda nas ruas e tapinhas nas costas) neste ano e em 2012 novamente. É demais para qualquer mortal.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Ainda falta muito

A empolgação em torno das medidas adotadas para melhorar o trânsito em Cocal City não passou do primeiro dia. Apesar de noticiado trocentas vezes nos veículos noticiosos oficiais do município, o trânsito não teve lá essas melhoras. E pensar que já se fala em aplicar a segunda parte do plano. Oooohhhh!!!

Se alguém acreditou “de direito e de fato na real organização do trânsito”, tudo bem, cada um acredita no que quer. Mas nas fotos pode-se observar que um dos pontos de congestionamento que mais atrapalha no fluxo de veículos no centro continua como estacionamento de carros, apesar da placa indicando a proibição, bem ao lado da posição arraigada dos agentes de trânsito. O que falta então?
21 de Fevereiro, 7:59 h

23 de Fevereiro, 7:55 h

24 de Fevereiro, 8:08 h

As medidas a serem adotadas são bastante impopulares e alguns torcem para que não elas não perdurem até o ano de 2012. Não que estes acreditem na profecia de que o mundo acabará ano que vem, mas é que - para os incautos vale lembrar - o ano será de eleições e como sempre não convém desagradar às massas. Caiu a ficha?

Por outro lado não custa lembrar que muitos motociclistas rejeitam o uso de capacete porque “desfaz o penteado”, “é incômodo”, “não vale a pena usar capacete para percorrer dois quarteirões” e mais um rosário de lamentos. Outros condutores de veículos simplesmente ignoram as mais simples regras de conduta ao trânsito, por ignorância ou mesmo despreparo. Por causa de pensamentos assim o número de acidentes com seqüelas graves como traumatismo craniano é alarmante e deveria servir de exemplo. As medidas adotadas ainda são tímidas e centralizadas.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

E o salário ó...

Foto: blogdodudesoares.com

E o novo salário mínimo é de... R$545,00 reais. Um estouro. Nunca antes da hiftória deste país, ops... quer dizer, Sim, nós também podemos, diria a presidente. Neste momento de grande júbilo procurei ver nas imagens da TV grupos de cidadãos exaltados cantando

Eu, sou brasileiro
Com muito orgulho
E muito amoooorr...

Também não vi nenhum grupo de mãos dadas rezando. Se nem isto fizeram, o que diria de vê-los entoando o hino nacional, como em outras ocasiões de votações importantes para o país. Pelo silêncio, todos gostaram.

A agilidade dos senadores já não é a mesma que a demonstrada quando da votação dos próprios salários, registrado no guinness book como a mais rápida do mundo. Desta vez foram proferidos discursos das mais variadas espécies, de argumentos fajutos defendendo o mínimo do mínimo a raríssimas exceções, que argumentaram – inutilmente – por um salário menos chechelento.

E assim caminha a humanidade. E você ai pensando em como torrar os R$ 5,00 do aumento aprovado. Francamente...

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Da série Rotinas


Foto: www.andrenoel.com.br

E a greve dos professores continua. Grevistas de um lado, governo de outro. E os seletistas, contam? A cada dia o movimento parece se fortalecer e o governo sempre na defensiva.

Esta outra novela parece ter um enredo, embora provavelmente não tenha final feliz. Com apoio de colegas, força moral, como queiram, que cerram fileiras e torcem de longe o desenrolar do movimento não parece próximo.

Portanto, caros alunos, esqueçam sábados e férias esticadas, a menos que alguém resolva tudo de uma canetada, ou várias, com os trabalhos em regime de ctrl c + ctrl v. Em tempo: greve não significa férias.

A novela do mínimo salário mínimo e os contos de fadas


Foto: www.cce.ufsc.br

E a novela do salário mínimo? Igual à greve dos professores, também é presença marcante no início do ano, embora o valor já seja previsto no ano anterior.

Melhor que perder tempo com reality shows da vida é ouvir as desculpas daqueles que votaram a favor do mínimo salário mínimo, a exemplo do ex-governador do estado, que quase convence em suas palavras, como quase convenceu quando no mandato. É o homem dos delírios. Durante sua fala na TV não sabia se corria para apanhar os milhões (imaginários) de reais que saiam da tela ou me perfilava para cantar o hino do estado. Orgulho danado de ter um visionário político com visão de estado. Tudo estava lá, explicadinho, tim-tim por tim-tim.

O estado fica atrás dos vizinhos quando comparado em número e valor de investimentos, recebimento de grandes obras de infra-estrutura, mas o bravo visionário responde que temos quilômetros de ferrovias. Dãããaa. Transportar o que pelas ferrovias, cara-pálida? Ao ouvi-lo tenho a sensação de que o estado do Piauí se converterá em uma pequena Suíça, tal o nível de desenvolvimento propagado. Pena que durante o mandato suas ações se dissiparam no estado em trechos de rodovias. Projetos de salvação (segundo o dito) como o da produção de biocombustíveis ficaram largados ao longo de seu governo, como se fossem brinquedos que as crianças abandonam após a euforia do momento.

Esperei ele falar sobre as rodovias, mas como estão inacabadas, o foco passou para ganhos na área social, que na verdade são mérito (?) do governo federal. De acordo com o dito, dentro do período de 5 anos teremos salário mínimo no nível dos paises desenvolvidos. Esquece o Antonio Conselheiro de que com o passar dos anos, a inflação e outros males corroem o valor real do salário e o que é visto e projetado hoje como valor digno será uma merreca quando instaurado. Se planos mirabolantes resolvessem o miserê do estado, já teríamos o estado mais rico do país, com ajudinha do homem do pré-sal, da BR para Eldorado e por ai segue. Façam silêncio, melhor não acordar.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Rotina Anual II

Foto: ivanjornalismo.blogspot.com

Hoje pela manhã um carro de som anunciava a paralisação dos professores da rede estadual de ensino. Menos mal. Antes tarde que mais tarde. Enquanto a turma da sombra e água fresca aguarda, alguns poucos se mobilizam para conseguir melhorias. Como dizem que uma imagem vale mais que mil palavras, vide abaixo foto publicada em blog local, onde uns poucos bravos que não se deixaram abater fincam suas posições para a defesa de seus direitos, ocasião em que decidiram pela paralisação:

Foto: jornalesp.com

Nota-se nas greves a ausência dos professores celetistas (eles contam?), pois, por força da condição temporária de trabalho os mesmos são desestimulados a aderir às greves. O que mais incomoda é que há algum tempo os governos incentivaram a realização de concursos para professor temporário, como forma de baratear os gastos com educação, visto que os mesmos têm direitos reduzidos. É o que se pode chamar de prostituição dos diplomas universitários, pois o conhecimento arduamente adquirido é trocado por efêmera condição de trabalho.

O grande apelo para a existência de professores temporários é também para preencher as lacunas deixadas nas fileiras pelos que passaram a ocupar outros cargos que não aqueles para os quais foram admitidos no serviço público, merecidamente ou não.

Enfim, todos os anos é a mesma coisa: os grevistas requerem um percentual de reajuste e recebem outro bem aquém do solicitado e fica por isso mesmo. Por conta da paralisação as aulas têm que ser vistas atabalhoadamente e alguns maus profissionais, entre eles alguns que se converteram em professores regionais, aproveitam a deixa para passar trabalhos ao alunado e mandar para as calendas gregas a boa transmissão dos conhecimentos.

Mas as opções não se encerram na magistratura, muitos concursos são lançados por ano com remunerações bem mais atraentes. Talvez o empecilho para a migração de profissão seja apenas a qualificação.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Rotina anual


Foto: www.experidiao.com

A greve dos professores da rede estadual de ensino é mais infalível no início do ano que o fantástico no domingo à noite. Todo ano é a mesma coisa. Uns poucos se mobilizam e os outros aguardam na sombra. Baixos salários e melhores condições de trabalho são as reivindicações mais recorrentes. Convém lembrar que o direito à greve é assegurado pela Carta Magna. Ah, bom. Então tá.

Um pouco de decência e respeito com o alunado seria avisar que os professores estavam realmente de greve, pois o que se nota é que muitos alunos se dirigiram às escolas, encontrando, senão todas, a maioria delas sem professores (celetista conta?). Bastava uma faixa na entrada da escola ou um prosaico aviso impresso em papel A4. Mas não! Não basta atrapalhar o início do ano letivo. É preciso levar o alunado à ira.

O resultado será mais ou menos o mesmo dos outros anos: aulas atrasadas, diminuição do período de férias e o que é pior, uma onda de trabalhos para produzir notas aos alunos, prática que só estimula o conhecido ctrl c + ctrl v, derivando no pífio e deprimente desempenho em concursos e vestibulares conseguidos pela maioria.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A grande sacada


Entre as muitas particularidades de Cocal City, algumas são mesmo surpreendentes, como a constatação de que o trânsito só é caótico até as 11 da matina, pois após esse horário não há mais fiscais de trânsito nas proximidades do mercado. Nada como um estudo primoroso para nortear ações, não é mesmo?

O trânsito possivelmente apresentará melhoras, mas como cobrar dos pedestres que andem pelas calçadas, se os comerciantes as tomam para si, fazendo delas uma extensão de suas gôndolas? No desconhecido e bolorento código de posturas do município, está escrito que nos passeios públicos (leia-se calçadas) deve haver um espaço mínimo de 50 cm para a passagem dos pedestres, mas quem se importa? E se o pedestre não tem vez, o que dizer dos cadeirantes? Leis que disciplinem isto o município tem, mas quem as cumpre? E quem as fará cumprir sem medo de perder votos gerar insatisfações?

Algum dia, após o término de um fórum qualquer da vida, quem sabe um participante ainda grogue da última dinâmica executada consiga ver que os sinais de trânsito não funcionam por aqui há meses e que será necessário bem mais do que meia dúzia de placas sinalizadoras para dar sentido e ordem ao trânsito infernal.

Fica o aviso: se andar pelas calçadas, cuidado com as mercadorias alheias, se descer para o asfalto, cuidados com os veículos alheios.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Precisamos de uma UPP. No trânsito.


Pois é. Pela TV assisto as ações das UPP’s nos morros cariocas. Fantástico. Sem tiros nem ações espetaculosas, lembrando um exército de Harry Potters a distribuir mágicas e encantamentos em todas as direções, as UPP’s são implantadas no estado do Rio de Janeiro e de imediato inserem o poder público (e suas mazelas, detalhe) em comunidades antes dominadas por traficantes, onde não havia muito a liberdade de ir e ir dos moradores, que se submetiam ao poder dos traficantes, que controlavam a prestação de serviços como internet, o gás e o serviço de televisão a cabo.

Por lá, a coisa funciona mais ou menos assim: a polícia anuncia que vai instalar uma UPP em uma favela qualquer, a bandidagem vê pela TV e... sebo nas canelas, se manda sem disparar um tiro sequer. Não se ouve falar em prisões e nem mesmo apreensões de entorpecentes, mas está lá uma bandeira branca no alto do morro, para sinalizar os “novos tempos”, como um passe de mágica.

Como no Brasil nada se cria, tudo se copia, vislumbrei ali a solução para o trânsito caótico de Esperantina, que seria instalar uma UPPTran – Unidade de Populares Pacificadores do Trânsito. Oh, yeah! Bastava realizar um fórum (novidade por aqui) para discutir a criação de um grupo de trabalho e após a décima rodada, ficaria resolvido que depois de um ano de manjadíssimas campanhas educativas a cidade teria uma tropa exclusiva para cuidar do trânsito, reforçada por muitas faixas com frases de efeito, óculos escuros adquiridos no camelô de confiança, discursos inflamados no rádio, na tribuna e na – cof, cof – imprensa local. Pronto. Fim dos problemas. Simples assim e sem traumas. Por que ninguém pensou nisso antes? Deve ser o efeito BBB.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tendências para o inverno



Águas do inverno acumuladas em qualquer mínimo recipiente. Um mosquito já conhecido se apropria do vasilhame e lá deposita os ovos que se tornarão mosquitos, inevitavelmente. E assim começa uma epidemia e mais uma campanha.

Assistindo a TV, se vê o empenho de alguns municípios na erradicação do mosquito da dengue e a menos que algum grupo de proteção aos animais intervenha, esta deve ser uma campanha nacional. Se é nacional, com certeza será implantada em Cocal City. A iniciativa alcançaria melhores resultados se não se esperasse os hospitais e postos de saúde ficar abarrotados de doentes para se tomar as medidas combativas de praxe.

Circulando pelas vias públicas, verifica-se que além de turistas desavisados, receberemos também nuvens de mosquitos transmissores da dengue, cuidadosamente alojados e incubados nos espaços públicos, reduzidos a tristes lembranças de algum dia quando funcionaram, mesmo que de forma precária e aleatoriamente.

Avenida

Praça

Sem falar que o cuidado também deve ser de cada cidadão, responsável pela limpeza nos ambientes internos das residências. O que não é admissível é que as iniciativas de limpeza partam apenas dos mutirões, que chegam atrasados como nunca, espalhafatosos como sempre.