segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Previsões Previsíveis para 2013


Imagem: Arquivo do blog.
E os Maias estavam errados. Sendo assim, as previsões previsíveis para o ano  de 2013 são as seguintes:

- O festejo de janeiro será marcado pelo som abusivo dos carros de som;
- Alguém dirá que "este ano não tem inverno!";
- A volta da "herança maldita";
- A turma do "fui eu quem fez isto" ficará na retranca, pronta para os botes;
- O carnaval será modorrento como sempre;
- Os professores da rede estadual farão greve;
- A semana santa dos cocais prosseguirá em franca queda livre;
- A relação erário/imprensa continuará de vento em popa;
- O trânsito continuará a zorra de sempre;
- Chuvas tomarão a avenida-rio e novamente a retórica ufanista fará reformas  virtuais por lá;
- O festival junino continuará feito a toque de caixa (público, diga-se de passagem);
- Eles continuarão a não fazer nada de proveitoso para nós;
Aquela banda de forró que tem lugar cativo nas festividades no município continuará inédita por aqui, como nos anos anteriores.

A expectativa

Meio copo ou cheio: depende de quem observa.


Ano novo se aproxima e mais uma administração a ser testada no comando de Esperantina. Será o fim dos meio-fios pintados de branco? Será o fim dos asfaltos jogados sem manejo algum nas ruas e avenidas? Veremos mais pessoas participando das licitações ou só o grupo de apoio?

As expectativas, como sempre, são grandes ante o desafio da nova administração, como em todos os anos anteriores. O que não se espera é que meia dúzia de apaniguados se beneficiem e o restante do funcionalismo permaneça ao largo das decisões que lhes dizem respeito.

A cidade de Esperantina já merece assistir ao tal estádio sair dos planos de papel, o mercado público submergir da imundície, as ruas limpas e livres do lamaçal e devidamente sinalizadas. Também seria de bom alvitre que os ditos escolhidos entre a populaçao de votantes para dirigir suas respectivas pastas o façam sem salto alto, que abandonem os óculos escuros e lembrem que são apenas quatro anos.

Nuvens negras se avizinham no horizonte. Menos oba-oba. O resto virá. Ou não.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O ocaso dos poderes

Imagem: Arquivo do Blog.


Assistimos ao fim de mais um período, mais um final de mandato em Esperantina e a história (em minúscula mesmo) se repete, com novas nuances. Aplausos de um lado, vaias do outro.

O desempenho dos poderes teve seus altos e baixos, mais baixos que altos, melhor dizendo. E já no finalzinho, no apagar das luzes o legislativo demonstra para o que veio e serve.

Em uma votação durante sessão extraordinária foi aprovado projeto de lei que revogava outro que nem deveria ter existido, mas que a incapacidade latente de pensar criticamente impediu a análise. Trata-se de novo PL que devolve ao tesouro municipal a responsabilidade pelo pagamento de aposentados, pensionistas e viúvas de ex-prefeitos. A aberração teve início quando o primeiro projeto foi aprovado pela maioria dos edis ainda no ano de 2010, sem que para isso os membros dos conselhos do regime próprio de previdência do município fossem consultados. Foi só bater a vontade de fazer, convencer mentes e partir para o abraço.

Desta vez, ouvidos os conselheiros mas sem acordo prévio e ainda com muitas lacunas, o PL devolveu os aposentados, pensionistas e viúvas de ex-prefeitos e com eles as despesas para os cofres das viúva, sem previsão de estorno dos valores recebidos pelos mesmos durante quase dois anos. Novamente a tática foi a vontade de fazer, convencer mentes e outro abraço. Simples assim, sem ao menos uma olhadela nos balancetes para ver o impacto financeiro futuro.

A cada eleição nos vimos cercados de promessas por todos os lados, as melhores possíveis e muitos se deixam levar por elas. Passados quatro anos novamente estão à busca de novos líderes que, estes sim, nos representarão bem, pensarão por nós e tudo farão para cumprir as promessas feitas à calçada ao sabor de um cafezinho.

E assim conhecemos o modo de governar de uns, pensar de outros e agruras de todos.



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Classificadão Cemitério


Que a cidade de Esperantina experimenta novo perfil de crescimento ninguém duvida. Desde que uma agencia bancária mudou de endereço em Esperantina, muitas lojas e comércios em geral também seguiram o mesmo destino e passaram a formar novo centro comercial na cidade.

Desde então assiste-se aqui e acolá o surgimento de novas casas comerciais no entorno da nova agencia. Até mesmo o comercio informal dá o ar da graça por aquelas bandas. E, como em outros locais, a especulação imobiliária age despudoradamente e todo e qualquer metro de terreno é acirradamente disputado.

O inusitado do “novo crescimento” ora experimentado fica por conta da praça localizada em frente à agencia bancária, que também ameniza a imagem do cemitério local. De tão disputado o local para exploração comercial, as árvores e outros paramentos do cemitério foram convertidos – sem que ninguém intervenha! - em espécie de classificado, daqueles comumente vistos em jornais, só que um pouco, digamos assim, sinistro.
Imagem: Arquivo do Blog.

Ora, pois! Quem diria anos atrás que o campo santo seria convertido de local de tristes memórias a oportunizador de negócios? Coisas do progresso. Assustador!
Imagem: Arquivo do Blog.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Uma odisseia no espaço - versão cocais

Banco de Imagens

O ano era 2232. A nave volta à Terra após viajar pelo espaço por décadas. Seus tripulantes nunca conheceram o planeta, apenas possuíam arquivos repassados pela Estação-Base, mas receberam como missão a tarefa de relatar o progresso havido.

O pouso não foi difícil. A pequena nave não teve dificuldades para aterrissar na área mais apropriada para isso. O grupo, ao descer, procura referencias para se orientar em seu primeiro contato com a terra de seus antepassados. Em uma grande placa, meio enferrujada e caída nos limites do terreno podia-se ler Futuras instalações do Estádio Municipal P... o resto não estava mais legível, devido à ação do tempo. Rapidamente, alguém lembrou de ter lido em algum lugar informações sobre esta obra importante, onde – dizia-se – os antigos se entregariam à prática de um esporte muito popular à época.

Continuando seu trajeto, desta vez em um veiculo apropriado e munidos de um mapa holográfico, resolvem percorrer uma antiga via que sempre pensaram em conhecer, dadas as informações sobre tudo que já havia ocorrido por lá. De onde estavam vislumbraram a longa avenida e o piloto tem um deja vu. Não pode ser – pensou. Consulta o pequeno computador de dados e vê uma foto do ano de 2015 e a avenida está lá, igualzinha, até mesmo as poças de lama!
- Povo preocupado em conservar sua memória, pensou. Sequer fizeram melhoramentos aqui para não alterar o patrimônio arquitetônico.

Mais à frente os agora exploradores tem dificuldade em seguir adiante, devido a um congestionamento de veículos, causado por um condutor que resolveu parar no meio da via pública para um bate-papo com outro condutor, pelo que notaram, aquilo era rotineiro. Sem perda de tempo, seguem por outra via e assim seguem suas andanças pela cidade. Aqui e acolá podem observar que as pessoas ainda se aglomeram para beber estranhos líquidos e conversar sobre coisas que fogem à compreensão humana, como uns tais realitys shows.
- Deixemos isso pra lá. Não viemos aqui para isso.

Mais à frente, encontram uma construção antiga, talvez a mais antiga que eles tenham visto até então. Inicialmente não compreenderam aquela multidão nas proximidades: bêbados, desocupados, funcionários, trabalhadores em geral, produtos pelo chão e ocupando calçadas, mas depois ficaram sabendo que naquele lugar os nativos se abasteciam de víveres essenciais, como carnes e frutas. Acharam tudo meio desajeitado e não deixaram de reparar na sujeira do local. Possivelmente haveriam pequenos animais e insetos no meio da balbúrdia. Melhor não parar ali. Estranharam o fato de que nos registros oficiais que dispunha nos arquivos, ali deveria ser bem diferente do que era. Inclusive, lembram de ter visto maquete digitalizada onde o espaço era composto por dois andares e uma escada transportava automaticamente as pessoas para cima e para baixo.

Exaustos e totalmente tostados pelo sol abrasador – não viram uma única árvore em toda a andança – o grupo explorador resolve voltar à nave, não sem antes constatar que enquanto esquadrinhavam o local, alguns de seus pertences pessoais desapareceram misteriosamente e eles não entenderam como isso pode ter ocorrido. Melhor não tentar entender mais nada, comentaram entre si. As coisas por aqui continuam como antes.

Sua missão chegou ao fim, pois deveriam registrar as mudanças em relatório, mas diante de tudo que viram, resolvem apenas reafirmar tudo que lá havia registrado. E antes que fossem acidentados por uma multidão enlouquecida que conduzia antigos veículos motorizados de duas rodas, rumaram para a nave e partiram sem olhar para baixo. No relatório agendam: próxima visita em 3152.
Imagem: evoluciencia.blogspot.com

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Melhor seria se não fingissem ser como são


Que a – cof, cof - imprensa local não tenha lá essas credibilidades todas, não é segredo pra ninguém. Que antes de divulgar historias ou fatos ela não consulte diferentes fontes, também não é segredo. Mas daí a fazer o que parte dela fez no dia de hoje é o fim.
Imagem: Banco de imagens intenet.

Com o triste fato da morte violenta de um bebê a – cof, cof - imprensa local aproveitou para faturar algum sobre os fatos, com a delicadeza que lhe é peculiar. Sem escrúpulos, divulgaram fotos do pequeno cadáver sequer sem preocupação alguma em desfocar a imagem, isso para ficar no mínimo, uma vez que o melhor seria nem publica-la.

Para completar o quadro, um bando de espírito de porco aproveitou para faturar alguns cliques em suas páginas nas redes sociais e também eles divulgaram as mesmas fotos. O episódio por si só já é desgastante e com a ajuda sem noção prestada por populares é um sinal claro de que o respeito pela vida diminui a cada clique.

E pensar que estes mesmos não demoram muito e lá estarão a postar a suas enfadonhas frases de cunho religioso a ressaltar a felicidade, amor ao próximo, o - ui, que medo – espírito natalino, a magia do natal e outras baboseiras que abarrotam as redes sociais. Tanta aporrinhação para nada. Francamente!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Quando apontamos erros

Imagem: curitibapsicologa.wordpress.com


Acostumamo-nos com a ideia de que todo político é ladrão, corrupto. As causas dos males do país são frequentemente lembradas como oriundas dos péssimos exemplares de políticos que temos, alguns, que ajudamos a eleger.

É muito fácil e oportuno jogar a culpa de tudo nos outros, lembra a frase: errar é humano, culpar os outros é fundamental. Quase que não paramos para pensar que parte do 'mal' que nos atormenta inicia em nós mesmos, em pequenas ações que insistimos em manter.

Quando o noticiário divulga a descoberta de mais um escândalo de corrupção, seja ele promovido por qualquer que seja das correntes políticas existentes, não demora e se pode ver/ler nos mais diversos veículos de comunicação que o país está sem jeito, que a classe politica deveria ser exterminada e outras atrocidades. Nestas horas é comum pessoas dizerem que sentem nojo só em pronunciar a palavra político, como se ela por si só fosse culpada por todos os males. Se o político é ruim, alguem votou para que ele pudesse estar lá e fazer o que faz.

Do outro lado da moeda, deixamos de observar os pequenos delitos que o cidadão dito comum comete no dia-a-dia, como desobedecer as leis de trânsito; a gorjeta providencial que garante ligeira vantagem no atendimento; a cola na hora da prova; furar a fila do banco alegando pressa para algo que não existe e outros tantos pequenos atos de desonestidade que se avolumam num crescendo sem fim durante nossa existência. Não seria isto também demonstração de que a malfazeja corrupção não é inerente à carreira política, mas um mal a ser combatido no dia-a-dia por todos?

A diferença entre o que fazemos e o que desejamos que os outros façam é só uma questão de educação e atenção às regras básicas de convivência. Simples assim. O resto não passa de hipocrisia.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

É melhor se trumbicar

Imagem: Banco de imagens internet.


Segundo a Lei Nº 9.612/98, que instituiu o serviço de radiodifusão comunitária e dá outras providências, denomina-se Serviço de Radiodifusão Comunitária a radiodifusão sonora, em freqüência modulada, operada em baixa potência e cobertura restrita, outorgada a fundações e associações comunitárias, sem fins lucrativos, com sede na localidade de prestação do serviço. (grifo nosso).

Ou não entendi direito ou nos grifos há claramente a recomendação de não efetuar a cobrança de dinheiro pelos serviços prestados. Como assim? Querem me fazer acreditar que aquele mundaréu de anúncios de festas, serestas, propagandas de comércios é tudo digrátis?

Dia desses, sem nada útil para fazer, resolvi ligar o rádio para ouvir a programação local. Sim, pois apesar da legislação limitar o alcance, algumas delas são ouvidas a vários quilômetros de distancia e pude ouvir um festival de horrores.

A formação profissional de locutores é melhor nem citar. Para ficar somente em um exemplo, em um jornalistico local, daqueles que só lêem o que saiu na imprensa, tudo ali, prontinho somente para o ouvinte deglutir, um cidadão fazendo as vezes de radialista não conseguia pronunciar mais que quatro palavras sem tascar um Né? E assim, aos trancos e barrancos prosseguia. Se não há fins lucrativos, então eles perdem um tempo considerável praticando boas ações, pois a cada dez minutos de programa outros 20 são dedicados à propagandas, em sua maioria convites para festas. Inclusive lembro de uma destas rádios ditas comunitárias que tem contrato assinado e tudo com ente público, com cobrança mensal de valores pela prestação de serviços. Não pode cobrar pelos serviços? Sei.

Em parte, o grande apelo para o funcionamento das rádios “comunitárias” é dar suporte ao Proselitismo religioso ou apoio a chefetes políticos. E pensar que ainda tem quem lute insistentemente pela sobrevida deste tipo de comunicação que teve inicialmente boas intenções, mas que na atualidade deixa muito a desejar aos objetivos iniciais, basta acompanhar a programação de qualquer delas. Melhor mudar de estação e amplitude.

E tenho dito!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

A vida continua


Neste momento na cidade, todas as atenções se voltam para o atraso no pagamento do funcionalismo e assemelhados e nas especulações sobre o secretariado do governo vindouro. Enquanto isso, a cidade aguarda por mais um timoneiro. Os problemas se acumulam e as soluções se distanciam da realidade. Problemas antigos continuam a atormentar os cidadãos esperantinenses.

Para de concentrar em apenas um deles, basta se ater ao trânsito, que continua a dizimar a população em uma marcha lenta mas constante. Nas ruas do centro, para complicar ainda mais, os comerciantes continuam a utilizar as calçadas como extensão de suas gondolas, sem que ninguém reclame ou algo seja feito.

Imagem: Enquanto isso, no centro da cidade.

No Código de Posturas do município de Esperantina, criado no distante ano de 1993, lê-se em seu Art. 71 “– É vedado embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito dos pedestres sobre passeios (leia-se calçadas) e praças e o[sic] veículo nas ruas, avenidas, estradas e caminhos públicos, salvo quando realização de obras públicas, feiras livres e operação que visem estudar o planejamento do tráfego, definidas pela Prefeitura Municipal ou quando as exigências policiais o determinarem.” Qual a dificuldade em se aplicar isso?

Leis que disciplinem a convivência em níveis minimamente civilizados a cidade tem, só falta quem as aplique, sem medo de ter o troco nas urnas. O máximo que tratam sobre o trânsito é aceitar reclamações de infratores que preferem se manter à margem da lei de trânsito e manifestar apoio pela interrupção das blitz nas ruas e estradas municipais.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Fujam que o progresso vem ai!


Aguardado desde sempre, o asfalto da PI que liga Esperantina a São João do Arraial finalmente foi iniciado e possivelmente, até 2014 chegará ao fim.

A importante obra beneficiará enormemente o tráfego de pessoas e mercadorias nesta parte norte do estado, quando concluída. Após anos de promessas pré-eleitorais a obra foi iniciada e, embora a previsão inicial fosse de estar pronta em 120 dias, ainda há muito o que fazer para finalizá-la.

Curioso é que após tantos estudos, bajulações e levantamentos, ainda possam ser constatadas barbeiragens na extensão da obra, como fica patente nas fotos abaixo.
Imagem I: leito 'desimpedido', onde a água deverá correr livremente,
segundo demorado levantamento de impactos ambientais.
Imagem II: outro lado, por onde a água deveria vir. Deveria, do
verbo Quem sabe um dia.

Imagem III: Mais um local onde a água deve fazer salto com 
vara para passar.

Imagem IV: Lado oposto da foto anterior.

Imagem V: Mais um sucesso da engenharia, onde o pontilhão de 

madeira (direita)  não erá mais água  corrente, vitimado pelo 
bloqueio do leito d'água.

Alguma sumidade resolveu tapar as laterais dos pontilhões para que os mesmos fossem refeitos ou consertados. Até ai tudo beless. Terminado o serviço nos pontilhões – pelos menos no pequeno trecho próximo a Esperantina – o luminar achou por bem retirar os volumes de terra que impediam o curso d'água, mas somente nas proximidades, esquecendo que a água necessita de livre espaço para correr. Como estamos em pleno período de seca, tudo bem. O problema será quando começar a chover – sim, isso ainda acontecerá. Como a água correrá em seus leitos originais, se estes estão bloqueados?

Como sempre, não vi/li sobre manifestações a respeito do caso. Nas redes sociais não foram criadas correntes de indignados com tal fato, embora por lá o bom-mocismo com causas de lugares distantes esteja na ordem do dia. Nenhum pio da – cof, cof – imprensa local, nas suas diversas modalidades.

Sempre que o progresso dá as caras por aqui a natureza é penalizada. Seja na construção de casas, na reforma de lojas, na exploração mobiliária ou em qualquer outro projeto de urbanização local. O blá-blá-blá de sempre se resume em reuniões, encontros e fóruns sem resultados aparentes, onde os bravos defensores da boa vida sob os leques dos carnaubais se reúnem para salvar o mundo.

É o progresso. corram!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Redes de intolerância


Uma das muitas bobagens da grande rede social do momento, rola uma campanha proposta por um grupo religioso, sugerindo que os escolhidos não assistam determinada novela, por que a mesma apresenta palavreado comum a outra religião e etc, etc, etc.
Imagem: Banco de imagens internet.

Bom, partindo do princípio de que cada pessoa é senhora de si mesma e que não cabe a mim a defesa de novelas, me divirto com tal atitude preconceituosa. Para aqueles que fingem não saber, os seguidores de cultos afro-brasileiros em nada se diferenciam dos seguidores de outras religiões, praticam-nas pelos mesmos motivos e se hoje há preconceitos quanto a isso, se deve ao fato de que religiões defendem seus quinhões desqualificando outros grupos.

Apesar de não ser propriamente um defensor de tais causas, lembro aos que agora se manifestam pelo boicote à trama noveleira apenas por oposição religiosa, que se resignem e pensem melhor sobre outras aspectos, como por exemplo: religiosos de matiz africana dão bom-dia. Vocês boicotarão então o bom-dia? Religiosos de matiz africana andam vestidos. Vocês boicotarão as roupas e passarão a andar nus? Religiosos de matiz africana respiram! Que fazer então? Prendam a respiração e aguardem o juízo final. Salve Jorge e quem mais desejar.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

De volta à modorra

Imagem: Arquivo do Blog.


A cidade de Esperantina finalmente voltou à rotina de normalidades, na medida do possível,claro.

Passadas as eleições e com o esfriamento dos grandes debates humanitários, tudo voltou ao que era antes, as calçadas do centro tomadas por mercadorias, os carros que transportam pessoas para as comunidades locais ou outros municípios estacionando no meio da rua ou onde melhor lhes convier, os carros de som importunando todos, enfim, tudo dentro da mais modorrenta normalidade.

No momento, tudo o que mais se comenta é sobre as expectativas da transição do poder executivo e ai os comentários são os mais variados possíveis, ambos os lados enaltecendo as qualidade próprias, numa clara e muda disputa de poder. Nada mais normal por aqui.

domingo, 30 de setembro de 2012

Até quando?

Imagem: Arquivo do Blog.


Mais um acidente com vitima fatal na principal avenida da cidade. Mais uma cruz. A continuar assim, a dita via será pavimentada com sangue e sinalizada com cruzes. Trágico destino para a pretensa "grande" Esperantina.

O momento politico seria ótima oportunidade para discutir com os pretendentes à combalida viúva, o que pretendem fazer para minimizar os féretros dispostos ao longo da avenida. Já será tarde para muitos que por lá perderam a vida, como o jovem vitimado hoje, mas ainda assim será de importância para o restante da população, que se por um lado tem razão em reclamar das péssimas condições de tráfego na maioria das ruas de Esperantina, por outro lado fica a dever o cumprimento de obrigações, como o uso do capacete, limites de velocidade, atenção no trânsito e ainda, porém não menos importante: a necessidade de impor limites aos jovens de menor idade.

Ficou no rastro da história o tempo em que adolescentes sonhavam com o dia em que ganhariam de presente uma bicicleta no aniversário. Hoje a motocicleta é a grande pedida e sem medir as conseqüências muitos tem os pedidos atendidos pelos que deveriam zelar por suas vidas.

Muitas foram as campanhas feitas e que ainda o são, no sentido de conscientizar as pessoas sobre as regras de trânsito, mas estas não surtem o efeito desejado,seja por abranger curto período de tempo, seja por completa ignorância por parte dos usuários de veículos.

O preocupante nisso tudo é que a realização das blitz de trânsito é objeto de acaloradas discussões entre os cidadãos, que se dividem entre os que aceitam as normas para que haja bom trânsito pelas vielas da cidade e aqueles que de forma alguma se vêem intimados a utilizar o capacete, que segundo já dito por muitos, estraga o penteado, entre outras idiotices.

A completar o quadro de quase total desobediencia às leis do trânsito e até mesmo da física, os postulantes ao cargo maior do executivo se declaram abertamente contra a realização das blitz no município. Foi mal. Como sempre, falei demais. Desculpem o sangue fresco na avenida.

sábado, 29 de setembro de 2012

À cidade de Esperantina


Singela homenagem à "grande" Esperantina


Teus filhos correm a ti,
como outros a Meca,
pena que já não tenhas biblioteca!

Teu povo já não pode muito,
pois vive sufocado,
talvez por falta de um mercado!

Do início ainda guardas
ruelas com histórias de trancoso,
Quem sabe para justificar
o trânsito indecoroso!


domingo, 23 de setembro de 2012

Mais uma cruz para o cemitério do lazer


Ah, Esperantina, cidade fagueira, já se foi o tempo em que no progresso constante te envolves, mesmo em tempo difícil e hostil, era cantado no hino e vivenciado nas ruas. Não bastasse outros dissabores, temos ainda que suportar a lenta degradação da parca estrutura de lazer que nos cabe.

Nas fotos abaixo, entre o matagal que se formou, ainda se pode ver paredes daquela que foi uma das boas atracões de Esperantina. Palco de noites memoráveis, diversões que agora ficam guardadas na memória de quem participou. E porque acabou? Entre outras coisas, falta de inovação, atendimento deficiente (até aqui tá igual às outras que ainda não fecharam), desleixo até.
Imagem: Arquivo Blog

Imagem: Arquivo Blog

Como se espera que uma cidade vire de hora para outra um pólo turístico e comercial, se não há o sentimento de inovação? No caso em questão, o das fotos, foram anos e anos de lenta degradação, sem que algo fosse feito. Mas a infraestrutura – ou a falta dela - nas proximidades também contribui e muito para o esvaziamento do local. Faltam o senso e a visão de que nem todos apreciam permanecer em local com piso cheio de rachaduras, uma vez que abalos sísmicos não costumam ocorrer por aqui. A ideia de comércio local (leia-se bares a assemelhados) é apenas abrir as portas, gelar algumas cervejas, instalar o famigerado telão para assistir DVD's de forró, contratar garçons com pés de chumbo e pronto, o lucro cairá como torrencial chuva. Inovação, bom atendimento, preços justos e ambiente adequado, só quando a clientela deixar de agradar com o pouco que é ofertado e passar a cobrar qualidade.

Só para não dizer que não falei das flores: bom atendimento e novidades vemos por aqui, mas na maioria das vez somente quando da inauguração do empreendimento. Logo após a euforia inicial, a mesmice e as moscas tomam de conta.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

E o verde que estava aqui?


A cidade de Esperantina arde em um calor quase insuportável. A cada dia vemos a área verde diminuir ante o avanço da civilização. A falta de incentivo e/ou mesmo consciência das pessoas contribui em muito para a situação de agora, aliás, nos falta um plano de arborização da cidade, com deveres para administradores e administrados.

Não bastasse tudo o que já foi destruído, a foto abaixo retrata mais um duro golpe ao já combalido verde municipal. A pretexto de reformar o prédio para uso comercial, um infiel discípulo de Burle Marx teve a estupefaciente ideia de cortar as árvores que refrescavam o local. E ficará por isso mesmo, já foi cortado e pronto. Tambores não rufaram, discursos apocalípticos não foram proferidos. Tal prática não mereceu sequer uma nota de rodapé na – cof-cof – mídia local e, suprema heresia, nem mesmo nos inúmeros discursos proferidos nas reuniões com “amigos”, que jorram aos borbotões neste período.
Imagem: Arquivo do Blog.

Um rápido passeio pelas ruelas enlameadas da cidade e se pode perceber que há um enorme déficit em áreas verdes. A cada dia novas construções são erguidas, em vários locais da cidade e o cuidado em manter áreas verdes, nem pensar!

Isso tudo ocorre na tal grande Esperantina, cidade que aspira ao título de grande centro urbano da região norte do estado! Na mesma cidade que se orgulha de ter uma cachoeira apreciada por turistas de várias regiões, assistimos ao lento desmatamento e agonia do pouco verde que ainda temos na zona urbana.

Só para ressaltar, até mesmo na cachoeira são visíveis e risíveis as práticas ecológicas postas em prática. Placas e dias temáticos encantam ecologistas de plantão e enchem de fotos os perfis nas redes sociais, mas os resultados práticos ainda estamos por ver. Por lá pode-se ver que até mesmo construções avançam sobre as margens do rio, em total desrespeito às normas que deveriam reger um parque ecológico, pelo visto, privatizado. E tenho dito!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

No meio do caminho tinha um poste...


... tinha um poste no meio do caminho. Pode até soar leve como mais uma versão do poema de Drummond, mas na verdade não é. Esta é mais uma pérola do projeto urbanístico de Esperantina, que se supera a cada dia.

Já temos rua traumatizada, estádio de papel, mercadoCad, entre outras excentricidades. Mas o que fizeram nesta que ora abordo é incrível: um poste fincado bem no meio de uma rua, no prolongamento da avenida Bernardo Bezerra.
Imagem: Arquivo do blog.

Pensativo, imagino o dia em que um cidadão - depois de mais uma noitada de bebidas e etc - necessite transitar por aquela rua e, supremo delírio, ao ver aquele poste plantado bem no meio da rua pensa: devo estar vendo coisas, aquilo ali não é um poste, eu é que bebi demais e acelera - crash – pow – e lá se vai, mais uma vítima para o 193, com os cumprimentos do grande arquiteto.

Pelo menos agora sabemos que a cidade se tornará conhecida nacionalmente, pois com certeza concorrerá ao Prêmio Nacional de Arquitetura e Urbanismo, tal a grandiosidade da obra e o impacto positivo na auto estima dos nativos. Até vejo o aumento do turismo local, pois se a Torre de Pisa, que é inclinada e corre risco iminente de desabar e ainda assim atrai turistas do mundo inteiro, que dirá nossa rua (já me apropriei). Só me arriscaria a sugerir a construção de um arco do triunfo nas proximidades.

Em terra de cego, quem tem um olho... é caolho! Por que, tá duvidando?

sábado, 8 de setembro de 2012

Dia de quê mesmo?


Livramo-nos de Portugal, mas ainda hoje não conseguimos nos livrar das bandinhas com seus toques marciais nas comemorações do 7 de setembro, com seus defectíveis toma-limonada-pra-acordar-de-madrugada, lembrança do período em que militares governaram o Brasil e muitos fingem querer esquecer.
Imagem: bestyle.com.br

Este tormento da parada cívica nos persegue desde muito tempo e permanece com ares de que ficará para a posteridade, embora já tenha perdido a graça e razão de ser, tão achincalhada está a nação.

Tempos passados fazia algum sentido acompanhar os desfiles da independência, mas agora o que se vê são pessoas desmotivadas a desfilar com pés-de-chumbo para cumprir metas ou amealhar notas para passar no ano letivo. O que fica de bom mesmo é que hoje é feriado.

Em tempo: gostaria muito de saber que foi o fi de que insistiu em colocar um corneteiro asmático e sem  noção de tempo para acompanhar a bateria durante o desfile. O que significam aqueles zumbidos mesmo?

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Para a posteridade


Aproveitando a deixa do processo eleitoral que ora desperta curiosidade nos munícipes e tendo em vista o que está sendo proposto, digo que apesar das lindas palavras e dos mirabolantes planos de governo a cidade continua a espera de melhores dias, desde sempre.

Diferentemente de outros municípios, em toda sua breve história, no município de Esperantina nunca ficou demonstrado maior interesse em projetos de urbanização que não se resumissem apenas em calçar ruas e pintar os meio-fios de branco, coisa que outras cidades superaram há décadas, por exemplo ao urbanizar, dotar de vias decentes, calçadas e outras estruturas os locais com potencial turístico/lazer. Para efeito de ilustração, quase no centro desta cidade o lago da pedreira merece maior atenção, visto que poderia se tornar mais uma atração por aqui, mas o que se vê é que por lá os planos nunca saem dos papéis, se é que lá estiveram algum dia.
Imagem: Lago da Pedreira, Esperantina-PI à espera de urbanização.
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Imagem: Açude de Campo Maior, zona urbanizada.

Falta maior preocupação com o processo de urbanização da cidade. O próprio cais – apelido que puseram no dique de contenção de enchentes – já dá sinais claros de abandono, embora recentemente dotado de iluminação, pois em suas margens se vê que a vegetação ameaça agora a pista, já que não há mais lugar para crescer. Talvez temam o trauma de alguns meses passados, quando na única ocasião em que tentaram limpar a área, alguém cometeu a ousadia de derrubar algumas árvores frondosas sem necessidade alguma, causando polêmica entre os ecologistas de asfalto locais. Reforçando: é preciso mais que discursos e palavras esperançosas no papel.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O discurso repetido

Imagem: Arquivo


As Olimpíadas agora ficam apenas na lembrança. Orgulho alheio ao comemorar o ouro inédito da judoca Sarah Meneses e uma pontinha de satisfação com o fiasco do sonho da medalha de ouro no futebol. Tudo isso agora é passado. Hora de esquecer estas pequenas glorias e se concentrar na maravilha que é o discurso de nossos candidatos a cargos eletivos, estes sim enchem de orgulho e cobrem de glórias o cidadão. Nesta hora sim dá orgulho de ser esperantinense!

Honestidade, trabalho, competência, humildade, solidariedade. Estas são algumas das palavras inclusas na ordem do dia, saídas diretamente do dicionário e postas ao público para toda honra e glória nesta campanha eleitoral.

Se tais propostas fossem minimamente cumpridas teríamos outra cidade, de melhor aspecto, com melhores condições, mas... passam os períodos eleitorais com seus respectivos salva-pátria ungidos pelo povo assumindo os cargos para os quais foram eleitos e nada de tão miraculoso acontece na realidade. Se sonho ou pesadelo, tudo se resume a uma tecla verde no dia da eleição.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Mercado público e inovações


Um bom lugar para se conhecer os hábitos, cultura e personalidades de uma cidade é no mercado público, presente em toda cidade, por menor que seja. É lá que se encontram a maioria dos moradores em determinado momento do dia e aqui em Esperantina não é diferente, pois além de compras, a conversa fica em dia, reafirmam-se amizades, enfim seria o local ideal para se comprar também artesanatos, entre outras bugigangas, se bem que para vender anel de tucum e pano de prato qualquer lugar serve mesmo.

Pois bem. Perambulando pelo mercado público, desviando das bancas, água servida malcheirosa, bêbados, desocupados e semelhantes, vi a cena que teima em não sair da mente: dois banheiros químicos instalados nas imediações do mercado. O que há de anormal? Nada. Ou melhor, quase nada, se os ditos não estivessem instalados ao lado dos banheiros “tradicionais”, construídos a duras penas e à custa de uma árvore, alguns anos passados, fato bem conhecido pelos que aqui moram, quando foi armado um circo em torno do tema.


Penso novamente na cena e não consigo entendê-la. Quem seria o proprietário dos objetos e porque alguém teve a auspiciosa idéia de instalá-los lado a lado se já havia deles na área? Imagino que os ditos tenham sido depredados e a imundície tomado conta das instalações, mas o óbvio, ululante, seria limpar e disponibilizá-los para uso de quem quer que seja. Porque os banheiros tradicionais estão trancados a cadeado? Se bem me lembro os antigos diziam que tesouros eram guardados a sete chaves, mas o que dizer quando se tranca m@#$%?

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Leia Mais, Seja Mais

Imagem: Site Ministério da Cultura.

A segunda etapa da campanha Leia Mais, Seja Mais começou nesta quinta-feira (2) e ficará no ar durante todo o mês de agosto.

O objetivo é fomentar e valorizar os hábitos de leitura, além de incentivar o uso das bibliotecas públicas em todo o país.

A ênfase é chamar a atenção para a leitura como atividade prazerosa e também como um caminho para o crescimento pessoal dos leitores.


O texto acima, publicado no site do Ministério da Cultura tenta incentivar a prática da leitura aos brasileiros dos mais distantes rincões. Tarefa hercúlea e ingrata, pois o que vemos atualmente é que grande parte da população do país se interessa mais pelo que a TV oferece, leia-se Reality Shows, programas de auditório que exploram a intimidade alheia e que nada acrescentam aos telespectadores e ainda os intragáveis humorísticos com cara de quarta-feira de cinzas. Mas a ideia é boa e elogiável.

Localmente é com tristeza que vejo mais uma campanha que não dará certo, primeiro porque a única biblioteca pública do município se encontra fechada para reformas e ampliação, sem prazo para conclusão, embora a placa comemorativa ao grande feito indique que o prazo para a conclusão da obra seria de apenas  90 dias.

Em segundo lugar poucos são os leitores por aqui. A única banca de revistas da cidade tem pouca variedade de livros e só não fechou ainda porque varia a oferta de livros com revistas das mais variadas espécies, embora pouco informativas, mas já é um alento.

Neste momento me pergunto onde será que os usuários de certa rede social muito popular por aqui compram seus livros, que não são poucos. Para quem ainda não se atentou ao fato, basta visitar a esmo os  perfis de esperantinenses pela rede e ver que lá - ao menos - fica-se a par de que todos ou a maioria posta que praticam o saudável hábito da leitura e os livros são bem variados no geral. Só não peça aos virtuais leitores que expliquem ou deem opiniões sobre o conteúdo destes livros supostamente lidos.

Fim de papo.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Falta afinar discurso e prática. Ou simplesmente falta o discurso.


É preciso pensar a questão da acessibilidade em Esperantina, pois assim como em diversos outros aspectos, a cidade deixa muito a desejar, embora haja honrosas exceções.

Enquanto os discursos se prendem em questões das mais variadas áreas e futilidades diversas, poucos ou quase ninguém atenta para o problema da acessibilidade em órgãos públicos, privados ou mesmo nas vias públicas. Já é possível ver em determinados pontos da cidade algumas rampas de acesso a cadeirantes, corrimãos e afins, mas a falta de educação de muitos anula o pouco já feito, como pode ser visto abaixo.
Imagem: Despreparo e falta de consciência cidadã, mal que
afeta 95% dos condutores de veículos em Esperantina. 

Não é incomum ver rampas de acesso obstruídas por carros, motos ou mesmo mercadorias aqui em Esperantina. Por vezes, a rampa fica tão obstruída por veículos que só permite passagem mesmo para bicicletas, que – convenhamos – se alguém utiliza bicicleta não é necessariamente cadeirante.

A população também precisa acordar para fazer valer seus direitos e quem governa deve disponibilizar meios para que estas reclamações se convertam em ações efetivas com vistas a melhorar o dia-a-dia de pessoas desprovidas condições de deslocamento por conta própria.

Quando os discursos se tornam preocupantes


A despeito do que foi e ainda é festejado por partidários dos participantes do debate político entre candidatos a prefeito de Esperantina, de que um tal foi quem ganhou o debate – embora para os partidários sempre vence aquele que eles seguem, fiquei a pensar especificamente em um dos pontos da peleja, as blitz no trânsito.

Sem ao menos pestanejar, ao menos dois dos contendores afirmaram que se eleitos forem, acabarão com as apreensões de motos em nossa cidade. Discurso para ganhar votos de desavisados, molim, molim.

As blitz ocorrem para que o trânsito flua melhor, para que o cidadão que a aqui mora ou está de passagem tenha pelo menos a sensação de que há ordem nesta bagaça, entre outras possibilidades. O motivo da discórdia entre a população é que estão sendo privados do direito constitucional de ir e vir, que não se sentem seguros sequer para transitar pelas ruas da cidade sem que sejam importunados pelos fiscais. Só que como em tudo na vida há limites, aqui também não poderia ser diferente. Mas isso opinião do povo.

Dá náuseas quando se ouve candidatos opinando que a moto (principal veiculo abordado) já se tornou de uso comum entre a população e que grande parte da população não tem grana para pagar os impostos e ainda de que em outras cidades não ocorrem tais perseguições aos motociclistas. Mas se outras cidades não procuram seguir a lei isso já é outro problema.

Diante da pérola discursiva me veio o pensamento: já que o município de Esperantina se converterá em uma ilha com administração própria dentro da federação brasileira e tendo em vista que o problema da segurança pública é gritante, o cidadão poderá se armar para dar enfrentamento à falta de segurança, porque não? Se é permitido que os coitadinhos dos proprietários de motos burlem a lei e não paguem impostos porque os que desejam andar armados não poderão também se usufruir nesta ilha de anulação dos direitos constitucionais e se negar a pagar os também caríssimos impostos sobre o uso de armas? E assim poderemos assistir a um festival de desobrigações em cumprir leis, em uma cidade que já não é lá muito exemplar.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Onde houver trevas... que alguém leve a luz!


Passada uma semana da realização do festival julino de Esperantina, resolvi publicar as fotos abaixo, já que a grande imprensa local não o fez, talvez porque ainda encantada com a grandeza do evento.
Imagem: Mercado Público municipal. Em 8.7.2012, 21:48 h.
Enquanto nas proximidades do local onde acontecia o evento estava tudo às claras, literalmente, logo ali perto, no entorno do mercado municipal a escuridão reinava quase que absoluta.

Imagem: Rua Prof. João Paulo. Em 8.7.2012, 21:48 h

Aos melhor aquinhoados a situação passa despercebida, mas para quem se desloca a pé pelas ruelas da cidade o problema causa incertezas e insegurança, como àquela senhora com quatro crianças andando pelo local semi-iluminado, um olhada rápida nas crianças e outra nos arredores, sobre os vultos que circulavam. Se uzomi andassem a pé pela cidade teriam como ver mais esta deficiência, mas é que de dentro dos automóveis quase não dá para notar isso e como ninguém reclama mesmo fica assim.

Neste momento de escuridão lembrei-me de ter ouvido certa vez murmúrios sobre um tal Cidade Luz, que pelo visto não passava disto mesmo: um murmúrio.

Tal situação pode até não ser resolvida, mas com certeza se constitui em ótima plataforma de discursos e promessas para ludib... quer dizer, convencer os populares menos favorecidos monetariamente de que este ou aquele grupo representa a redenção, a única via de acesso entre o presente turvo e o futuro de abastança.