quinta-feira, 31 de março de 2011

No meio do caminho tinha uma praça

A praça localizada por trás da igreja continua à espera de dias melhores, ou seja, reforma! Logo agora que se avizinha um dos períodos em que a cidade mais recebe visitantes.


Localizada no centro da cidade, a dita praça padece à vista de todos. A situação dela lembra aquela mesma dos mendigos na rua: as pessoas passam e fingem que não compete a elas resolver aquele problema.


Uma simples olhada pela área da praça já nos dá um quadro desolador do tratamento que a mesma recebe há décadas. A última reforma – pois é - foi aquela emenda na calçada para uni-la à igreja. Bom, falei reforma no sentido de melhora na estrutura, mas, se alguém considera pintura como reforma então tá, a praça já foi reformada inúmeras vezes, desculpem a vergonha passada.


Atualmente a vemos com bancos quebrados, piso idem (possui mais emendas que a constituição), sem lixeiras, sem iluminação, árvores impróprias ao espaço. Como ressalva ao despropósito pelo menos ainda existe grama por lá, só é necessário um pouco de paciência para encontrá-la em meio às ervas daninhas!


Ali se deteriora um bem público, coletivo, símbolo de uma época onde servia como espaço de lazer, de tantas lembranças para quem estudou nas escolas das imediações ou mesmo aos que saiam de fininho da missa para se divertir.


Hoje o local serve apenas como passagem. Afinal quem se importa, não é mesmo? É só mais uma praça velha e sem maiores atrativos.

sexta-feira, 25 de março de 2011

No ringue


Foto:www.mundosebrae.com.br

Não sei se só eu notei, mas a eleição para escolha dos membros do conselho tutelar neste ano está parecendo campanha política das boas, quer dizer, das mais disputadas, apesar de apenas 14 candidatos.

Interessante que até mesmo propaganda volante tem, com direito a musiquinha e tudo, corpo a corpo na busca de apoio. Noto candidatos que ainda não se manifestaram, apesar do prazo exíguo, alguns têm estrutura, outros nem tanto, um combate à lá Davi e Golias. Huuummm... imagine se o salário fosse bom e o conselho tivesse estrutura para trabalhar a contento.

Enquanto isso, em uma cidade muito, muito distante...



...Mais um pingüim de geladeira conselho foi criado para “tá discutindo” a reinvenção da roda, no caso, o combate às drogas. Enquanto se criam e reúnem miríades de conselhos, os problemas se acumulam, pois palavras o vento leva, já disse alguém.

O debate ou a batalha se expande aos mais diversos setores de convivência: na escola, no trabalho, no templo religioso, na prática esportiva e deve ser efetuado de forma individual ou coletiva, mas nada de ficar esperando os caraminguás do governo. Porque alguém usa drogas? Os motivos alegados são os mais diversos, como a facilidade da oferta; a aceitação em determinado grupo; o prazer de ser reconhecido como “o cara”, aquele que está sempre “curtindo”, “pegando”; problemas emocionais e outros dramas.

O combate às drogas é importante, até creio que ao tema ainda não é dada a devida atenção. Mas um dos problemas dessa cruzada de combate ao uso/venda de drogas é que em grande parte só se leva em conta a repressão ao fornecedor (cadeia), em detrimento do usuário (meia hora de blá-blá-blá). Ora bolas, ninguém em são juízo se dispõe a vender algo que não “tenha saída”, que não seja comercialmente rentável. Traduzindo: só há vendedores porque existem compradores. Lógica de mercado. Precisa desenhar?

Como não estou a par de detalhes, questiono sobre o que farão com os já viciados? A situação calamitosa por aqui já mostra a necessidade de implantar uma clínica para tratamento, mas parece ser mais legal ocupar espaços com discursos. Na falta de alternativa, a força policial tentar conter um mal maior, mas é uma batalha injusta, como combater a hidra de sete cabeças, corta-se uma, ficam as outras, que se regeneram.

Antes que me esqueça, por caridade, sem nota de repúdio desta vez.

Coisas da vida



Enquanto na Idade Média os alquimistas buscavam sob todas as formas o elixir da longa vida, na atualidade eles se nos apresenta da forma de uma fruta milagrosa, de cheiro horrível: o noni.

Se para os alquimistas a busca pelo elixir os fez criar poções de resultados duvidosos ou inalcançáveis, alem de correr o risco de acabar na fogueira ou no azeite fervente, hoje basta o pretenso paciente se dirigir ao mercado público ou mesmo ao quintal de casa ou do vizinho para conseguir a matéria-prima para a fabricação da panacéia.

A promessa dos vendedores/usuários é de que o tal fruto, apesar do mau cheiro, cura tudo quanto é doença: calo, unha encravada, dores diversas, pereba, câncer (!!!), diabetes e mais uma enormidade de doenças que não ouso citar, por falta de tempo e espaço.

Além da polivalente fruta, a crendice popular estende as supostas crenças de cura aos demais componentes da árvore, quais sejam: folhas, galhos, raízes. Só uma curiosidade: será que cura mal do choro?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Infortúnio


Foto: www.podscrer.blogspot.com

Não bastasse o BBB 11, a dengue rondando e a lama na esquina da viúva mais querida, agora o governo federal decide dar uma mãozinha aos municípios para a criação de rádios comunitárias por meio do plano nacional de outorgas para radiodifusão comunitária.

Segundo o ministro das comunicações, esta é uma das prioridades da presidente (sim, é presidente mesmo). Pensei que a primeira delas seria “botar moral” na prestação – pois é - de serviços das empresas de telefonia celular, mas deixa pra lá, o povo, ou melhor, os ouvintes estão ávidos por notícias requentadas e convite de festas que abundam na programação das ditas, sem falar nos debates imparciais que nos aguardam ano que vem.

Imagino que sobre isto será dito que é mais uma forma de levar cidadania a todos e todas, tolos e tolas.

De acordo com a legislação até o momento vigente, a distância legal entre uma e outra estação é de no mínimo 4 quilômetros. Por sua vez, a cobertura deve abranger um raio de 1 km, porém, como por aqui a cantiga agora é outra, até idealizo a cena: em uma esquina um bar, na outra uma rádio comunitária...

Não sei bem porque, mas depois de ler sobre este novo projeto lembrei-me da letra de uma música daquela banda de forró (antiga, claro):

eu vou pra lua,
eu vou morar lá
sair do meu Sputnik
do campo do Jiquiá [...]

quinta-feira, 17 de março de 2011

Quem espera... fica cansado e desiste.


Imagem: www.blog.opovo.com.br


O município de Esperantina está às voltas com várias especulações sobre quem será o prefeito de mandato tampão, mesmo que ainda não haja nada definido sobre este quadro administrativo, se haverá reversão ou continuação. Parte da população usa o slogan do Tiririca para justificar a preferência por outro gestor enquanto outra parte tende a esperar pelas eleições do próximo ano para a escolha do salvador.


As inúmeras especulações sobre o tema me fizeram recordar a euforia que a mesma população demonstrou logo após as eleições de 2008, em relação aos legisladores eleitos. Da boca de muitos o que mais se ouvia era que o município tomaria novos rumos nos próximos 4 anos, em parte devido à renovação do quadro de nobres edis, pela atuação que alguns destes possuem em áreas de grande interesse e alcance social, outros pelo conhecimento que supostamente possuem dos problemas e da capacidade em oferecer resolubilidade aos mesmos.

Hoje, já no terceiro ano do mandato, ainda não vimos a guinada, o grande salto para o progresso que se esperava. Na realidade a intensa troca de funções, o despreparo, a ambição desmedida e os acordos não republicanos – digamos assim - simplesmente não permitem a estabilidade necessária à execução dos trabalhos e o cumprimento de metas anunciadas de antemão durante a campanha passada.

Vive-se cíclica e eternamente à espera de dias melhores. A cada decepção uma nova esperança surge bem distante e nos apegamos a ela, até que por sua vez esta se revele tão vã quanto as outras.

terça-feira, 15 de março de 2011

Decibéis repelentes



Foto: www.minhasartesrubensparizio.blogspot.com

A campanha contra a dengue segue a todo vapor em Cocal City e este ano o município não apresentará grande número de pessoas afetadas, se o sucesso do lançamento da campanha se traduzir no combate propriamente dito.

Se depender da música, a campanha será um sucesso, pois o ritmo Calypso é torturante para qualquer pessoa e esperamos que mais ainda para os mosquitos. Vai ser uma debandada geral.

Passada a farofa do lançamento da campanha os elefantes brancos que deveriam ser fontes de água na principal avenida da cidade continuam cheios de água. Melhor instalar nas proximidades algumas caixas de som para execução da dita música ou simplesmente espantalhos com as camisetas da campanha. Outra alternativa seria utilizar a turma que bate palmas para matar os mosquitos durante o ato, sucesso total ou, como diria o aspone, um mega sucesso!

quinta-feira, 3 de março de 2011

A arte de ocultar

E o país se mobiliza em campanhas para combater o mosquito da dengue, através de ações preventivas contra a proliferação do mosquito.

Para levar a cabo e contento a missão, milhares de pessoas são mobilizadas, entre funcionários públicos de áreas correlatas, artistas e cidadãos voluntários. O objetivo é agir preventivamente, antes que nova epidemia se alastre pelas cidades, vitimando sem distinção.

Durante as campanhas são ensinadas diversas formas de atuação e prevenção, como a cobertura de caixas d’água e cisternas, a adição de areia nos pratinhos de plantas, eliminação de água acumulada em recipientes diversos como pneus, garrafas e mesmo tampas de refrigerantes, entre tantas outras.

Como não podia ser diferente, neste território bendito e ordeiro também há empenho em combater a dengue, mesmo que às vezes isso fique meio... vamos dizer... camuflado.
Foto: Arquivo

Parece que por aqui ainda vigora a máxima de que o ano começa após o carnaval, entre risos e muitas lágrimas.