A nova onda no meio político é apontar indícios de sujeira ou algo que venha a diminuir a aceitação dos adversários. Pode ser um desvio de conduta ou mesmo uma palavra mal colocada em um pronunciamento. A luta é contra pessoas, projetos ficam para segundo plano. Assistimos o renascimento das ações de quinta coluna, derivando em dossiês e manchetes. A volta da capa e espada.
Neste vale-tudo inoportuno, os contendores parecem vigiar-se mutuamente, ameaçando tornar o que seria uma simples eleição de apelo popular em batalha judicial com lances de novela mexicana. Tudo devidamente ensaiado pelo novo guru, sua excelência o marqueteiro, verdadeira mão parda a comandar dos bastidores, do modo de sentar àqueles estranhos trejeitos ao olhar para as câmeras e responder. Ao largo de tudo permanece o cidadão, que a tudo assiste pasmo, como que a perguntar: mas eles não tinham que apresentar propostas para nós?
Os poucos debates que tivemos oportunidade de assistir até o presente ficam apenas no básico, mais insinuações que idéias. Chama a atenção, também, aqueles cidadãos que parecem candidatos apenas a bucha de canhão, pouco desenvoltos, inexpressivos, com idéias retrógradas. Alguns parecem ter saído do túnel do tempo, do auge da guerra fria, onde o capitalismo cruel duelava com o utópico comunismo.
Localmente os embates ainda não tomaram corpo, apenas delineiam-se no horizonte insípidas manifestações de apoio, que, no entanto se transformará em uma miríade de amigos a nos defender em âmbito estadual e federal. De tal fato deriva o abandono pouco investimento em obras por aqui. Como sempre, teremos candidatos demais e soluções de menos. Muita estrela e pouca constelação.
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