terça-feira, 13 de novembro de 2007

A inércia como lema

O Código de Posturas do município de Esperantina bem que poderia ser utilizado para coibir abusos cometidos por carros de propaganda e de particulares, que, não satisfeitos em estourar os próprios tímpanos, se põem a dar sua contribuição ao caos local nos mais diferentes horários.
Mas... quem conhece este código de posturas? Poucos. Para que serve? Ultimamente só mesmo para “calçar” mesas mal posicionadas.
Nossos “grandes” legisladores, como legítimos representantes do povo, bem que poderiam se interessar pelo tema e agir, em vez de se digladiar em programas de rádio e/ou sessões da câmara. Seria mais digno que ficar especulando e confabulando sobre o próximo período eleitoral ou mesmo que ficar comodamente recolhidos à espera do dia do pagamento. A inércia tem preço!
O barulho nas ruas é infernal, não há regulamentação do volume de som nem dos horários em que podemos ser afrontados com músicas e propagandas de todas as espécies. Nas áreas próximas às escolas, que deveriam ser resguardadas de poluição sonora, a propaganda é mais intensa. Hospitais, templos religiosos, biblioteca e outros lugares - onde o silêncio deve prevalecer - são violados pelo mais novo sucesso do momento, pela propaganda irritante dos carros de som a anunciar a próxima “mega-festa”.
É uma experiência idiotizante ouvir pela enésima vez que a batata inglesa está em promoção, que aquele empréstimo pode ser pago em suaves prestações ou que a festa do fim de semana contará com a presença da polícia, portanto, não leve armas, blá, blá, blá... e o que dizer daqueles que estacionam em pontos específicos para “vender seu peixe”?. E há ainda o pior de todos: aquele surdo que se acha dono dos ouvidos alheios e liga “no 12” o som do carro somente para “marcar presença”.
É preciso que algo seja feito e que alguma autoridade se manifeste, se mexa e não fique esperando o PAC do silêncio. Vamos lá, só custará alguns míseros votos.

"No Final, nós nos lembraremos não das palavras dos nossos inimigos, mas do silêncio dos nossos amigos." (Martin Luther King)