domingo, 30 de setembro de 2012

Até quando?

Imagem: Arquivo do Blog.


Mais um acidente com vitima fatal na principal avenida da cidade. Mais uma cruz. A continuar assim, a dita via será pavimentada com sangue e sinalizada com cruzes. Trágico destino para a pretensa "grande" Esperantina.

O momento politico seria ótima oportunidade para discutir com os pretendentes à combalida viúva, o que pretendem fazer para minimizar os féretros dispostos ao longo da avenida. Já será tarde para muitos que por lá perderam a vida, como o jovem vitimado hoje, mas ainda assim será de importância para o restante da população, que se por um lado tem razão em reclamar das péssimas condições de tráfego na maioria das ruas de Esperantina, por outro lado fica a dever o cumprimento de obrigações, como o uso do capacete, limites de velocidade, atenção no trânsito e ainda, porém não menos importante: a necessidade de impor limites aos jovens de menor idade.

Ficou no rastro da história o tempo em que adolescentes sonhavam com o dia em que ganhariam de presente uma bicicleta no aniversário. Hoje a motocicleta é a grande pedida e sem medir as conseqüências muitos tem os pedidos atendidos pelos que deveriam zelar por suas vidas.

Muitas foram as campanhas feitas e que ainda o são, no sentido de conscientizar as pessoas sobre as regras de trânsito, mas estas não surtem o efeito desejado,seja por abranger curto período de tempo, seja por completa ignorância por parte dos usuários de veículos.

O preocupante nisso tudo é que a realização das blitz de trânsito é objeto de acaloradas discussões entre os cidadãos, que se dividem entre os que aceitam as normas para que haja bom trânsito pelas vielas da cidade e aqueles que de forma alguma se vêem intimados a utilizar o capacete, que segundo já dito por muitos, estraga o penteado, entre outras idiotices.

A completar o quadro de quase total desobediencia às leis do trânsito e até mesmo da física, os postulantes ao cargo maior do executivo se declaram abertamente contra a realização das blitz no município. Foi mal. Como sempre, falei demais. Desculpem o sangue fresco na avenida.

sábado, 29 de setembro de 2012

À cidade de Esperantina


Singela homenagem à "grande" Esperantina


Teus filhos correm a ti,
como outros a Meca,
pena que já não tenhas biblioteca!

Teu povo já não pode muito,
pois vive sufocado,
talvez por falta de um mercado!

Do início ainda guardas
ruelas com histórias de trancoso,
Quem sabe para justificar
o trânsito indecoroso!


domingo, 23 de setembro de 2012

Mais uma cruz para o cemitério do lazer


Ah, Esperantina, cidade fagueira, já se foi o tempo em que no progresso constante te envolves, mesmo em tempo difícil e hostil, era cantado no hino e vivenciado nas ruas. Não bastasse outros dissabores, temos ainda que suportar a lenta degradação da parca estrutura de lazer que nos cabe.

Nas fotos abaixo, entre o matagal que se formou, ainda se pode ver paredes daquela que foi uma das boas atracões de Esperantina. Palco de noites memoráveis, diversões que agora ficam guardadas na memória de quem participou. E porque acabou? Entre outras coisas, falta de inovação, atendimento deficiente (até aqui tá igual às outras que ainda não fecharam), desleixo até.
Imagem: Arquivo Blog

Imagem: Arquivo Blog

Como se espera que uma cidade vire de hora para outra um pólo turístico e comercial, se não há o sentimento de inovação? No caso em questão, o das fotos, foram anos e anos de lenta degradação, sem que algo fosse feito. Mas a infraestrutura – ou a falta dela - nas proximidades também contribui e muito para o esvaziamento do local. Faltam o senso e a visão de que nem todos apreciam permanecer em local com piso cheio de rachaduras, uma vez que abalos sísmicos não costumam ocorrer por aqui. A ideia de comércio local (leia-se bares a assemelhados) é apenas abrir as portas, gelar algumas cervejas, instalar o famigerado telão para assistir DVD's de forró, contratar garçons com pés de chumbo e pronto, o lucro cairá como torrencial chuva. Inovação, bom atendimento, preços justos e ambiente adequado, só quando a clientela deixar de agradar com o pouco que é ofertado e passar a cobrar qualidade.

Só para não dizer que não falei das flores: bom atendimento e novidades vemos por aqui, mas na maioria das vez somente quando da inauguração do empreendimento. Logo após a euforia inicial, a mesmice e as moscas tomam de conta.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

E o verde que estava aqui?


A cidade de Esperantina arde em um calor quase insuportável. A cada dia vemos a área verde diminuir ante o avanço da civilização. A falta de incentivo e/ou mesmo consciência das pessoas contribui em muito para a situação de agora, aliás, nos falta um plano de arborização da cidade, com deveres para administradores e administrados.

Não bastasse tudo o que já foi destruído, a foto abaixo retrata mais um duro golpe ao já combalido verde municipal. A pretexto de reformar o prédio para uso comercial, um infiel discípulo de Burle Marx teve a estupefaciente ideia de cortar as árvores que refrescavam o local. E ficará por isso mesmo, já foi cortado e pronto. Tambores não rufaram, discursos apocalípticos não foram proferidos. Tal prática não mereceu sequer uma nota de rodapé na – cof-cof – mídia local e, suprema heresia, nem mesmo nos inúmeros discursos proferidos nas reuniões com “amigos”, que jorram aos borbotões neste período.
Imagem: Arquivo do Blog.

Um rápido passeio pelas ruelas enlameadas da cidade e se pode perceber que há um enorme déficit em áreas verdes. A cada dia novas construções são erguidas, em vários locais da cidade e o cuidado em manter áreas verdes, nem pensar!

Isso tudo ocorre na tal grande Esperantina, cidade que aspira ao título de grande centro urbano da região norte do estado! Na mesma cidade que se orgulha de ter uma cachoeira apreciada por turistas de várias regiões, assistimos ao lento desmatamento e agonia do pouco verde que ainda temos na zona urbana.

Só para ressaltar, até mesmo na cachoeira são visíveis e risíveis as práticas ecológicas postas em prática. Placas e dias temáticos encantam ecologistas de plantão e enchem de fotos os perfis nas redes sociais, mas os resultados práticos ainda estamos por ver. Por lá pode-se ver que até mesmo construções avançam sobre as margens do rio, em total desrespeito às normas que deveriam reger um parque ecológico, pelo visto, privatizado. E tenho dito!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

No meio do caminho tinha um poste...


... tinha um poste no meio do caminho. Pode até soar leve como mais uma versão do poema de Drummond, mas na verdade não é. Esta é mais uma pérola do projeto urbanístico de Esperantina, que se supera a cada dia.

Já temos rua traumatizada, estádio de papel, mercadoCad, entre outras excentricidades. Mas o que fizeram nesta que ora abordo é incrível: um poste fincado bem no meio de uma rua, no prolongamento da avenida Bernardo Bezerra.
Imagem: Arquivo do blog.

Pensativo, imagino o dia em que um cidadão - depois de mais uma noitada de bebidas e etc - necessite transitar por aquela rua e, supremo delírio, ao ver aquele poste plantado bem no meio da rua pensa: devo estar vendo coisas, aquilo ali não é um poste, eu é que bebi demais e acelera - crash – pow – e lá se vai, mais uma vítima para o 193, com os cumprimentos do grande arquiteto.

Pelo menos agora sabemos que a cidade se tornará conhecida nacionalmente, pois com certeza concorrerá ao Prêmio Nacional de Arquitetura e Urbanismo, tal a grandiosidade da obra e o impacto positivo na auto estima dos nativos. Até vejo o aumento do turismo local, pois se a Torre de Pisa, que é inclinada e corre risco iminente de desabar e ainda assim atrai turistas do mundo inteiro, que dirá nossa rua (já me apropriei). Só me arriscaria a sugerir a construção de um arco do triunfo nas proximidades.

Em terra de cego, quem tem um olho... é caolho! Por que, tá duvidando?

sábado, 8 de setembro de 2012

Dia de quê mesmo?


Livramo-nos de Portugal, mas ainda hoje não conseguimos nos livrar das bandinhas com seus toques marciais nas comemorações do 7 de setembro, com seus defectíveis toma-limonada-pra-acordar-de-madrugada, lembrança do período em que militares governaram o Brasil e muitos fingem querer esquecer.
Imagem: bestyle.com.br

Este tormento da parada cívica nos persegue desde muito tempo e permanece com ares de que ficará para a posteridade, embora já tenha perdido a graça e razão de ser, tão achincalhada está a nação.

Tempos passados fazia algum sentido acompanhar os desfiles da independência, mas agora o que se vê são pessoas desmotivadas a desfilar com pés-de-chumbo para cumprir metas ou amealhar notas para passar no ano letivo. O que fica de bom mesmo é que hoje é feriado.

Em tempo: gostaria muito de saber que foi o fi de que insistiu em colocar um corneteiro asmático e sem  noção de tempo para acompanhar a bateria durante o desfile. O que significam aqueles zumbidos mesmo?