sábado, 29 de setembro de 2018

Ideias para comemorar o aniversário de Esperantina

Imagem: portalriolonga.com


Sempre que ouvia o hino municipal, aquele trecho que diz:
...Salve, Esperantina...

Me perguntava: salvar de quê? Só agora entendo que não é salvar de que, mas de quem. Após 98 anos de sucessivas administrações, umas razoáveis, outras à espera do esquecimento, constato que o problema é um completo distanciamento entre o que se espera e o que nos oferecem os governos. Precisamos de escolas, constroem ginásios esportivos. Quando queremos ginásios, vem os asfaltos ligando nada a lugar nenhum.  Se pede a reforma de um mercado, as mentes brilhantes nos brindam com obras faraônicas inacabáveis. Pedem um estádio, fazem um festival que pode ter qualquer outro nome, menos o adotado. E assim se passaram 98 anos...

Mas precisamos comemorar os avanços. Precisamos de ideias. Pânico entre os aspones, cuja única ideia é gastar os proventos duramente conquistados em períodos de campanhas.

Então vejamos...
- Vamos comemorar com um grande campeonato no estádio e... não, pera... O estádio está em obras há décadas.

- Que tal aproveitar os talentos locais em um festival de teatro? Péssima ideia, o teatro está desabando a olhos vistos.

- Vamos incentivar o esporte. Isso. Que tal um passeio de bicicletas pelas ruas? Não dá, com o completo descumprimento das leis de transito e a inoperância da coordenação de transito, seria uma desgraça.

- Que tal um luau no cartão postal da cidade, a cachoeira do urubu? Não dá, os donos de lá vão reclamar.

- Vamos fazer um desfile cívico, com escolas e o pelotão mirim? Não é boa ideia, vai que alguém resolve protestar novamente e será necessário afastar todos os integrantes não cooptados ideologicamente.

Então está decidido: ano que vem será fantástico.