sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Requiescant in pace

Imagem: Arquivo do Blog.

E então o prédio da escola foi doado, como planejado. Entre tantas opções de aproveitamento para o prédio, ele foi doado. Não demora e se verá o município passando o pires pelos corredores do governo, em busca de recursos para tocar obras, por não dispor de recursos próprios em quantidade suficiente, mas doamos um prédio.

Não deveria causar muita surpresa mesmo, tal ato, afinal, no município já foram doadas as calçadas para os comerciantes expor/vender suas mercadorias; as ruas foram doadas a furiosos e inabilitados condutores de veículos para nelas fazer o que bem entender; o canteiro central da principal avenida da cidade foi doado a comerciantes para lá receber sua clientela com brasas, fumaça e bebidas; o teatro doado às baratas; os poliesportivos aos insetos... pensando bem, era apenas uma questão de tempo.

E a reação da plebe a tudo isso se resume a “protestar muuuiito nas redes socais”. E o que resta então de patrimônio público a ser preservado, os urubus domesticados? Contrariamente às falas favoráveis ao projeto, preservar o patrimônio não é se prender irremediavelmente ao passado, pelo contrário, se trata de preservar a memória da cidade, guardar algo que nos resta no presente e nos lembre no futuro. Não se trata apenas de um edifício. É muito mais que isso. São histórias que se encerram naquele lugar e porque não dizer, ali é um museu a céu aberto. Falta sensibilidade para sentir, perceber o que se fez. Agora é tarde. Por todas as memórias agora solenemente sepultadas alisó resta afirma Requiescant in pace.

E tenho dito!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Terra do Nunca

Imagem: Depositphotos.com
A terra do nunca dá sinais de vida. Dizem as más línguas que o mercado público vai ser entregue em julho, que a cidade terá saneamento básico e que o sol nasce para todos.

Esse lenga-lenga do mercado já encheu a paciência de muitos e por muito tempo. Cada visita oficial é uma nova data e novo alento para a população e vários flashes. O tempo passa e nada de novo. Desconfio que haverá reforma  do prédio antes da nababesca inauguração.

E tem a nova minissérie do saneamento, cheia de lances audaciosos, intrigas épicas e cenas deprimentes de alienação. Mas não se pode falar muito sobre, pois é falta de amor à terra, berço amado de povo gentil.

O sol nasce sim, para todos, mas a sombra do DAS é para poucos!

Em um dia qualquer, sem obras a inaugurar, espero contar um pouco de mitologia com a história da fênix política.