sexta-feira, 29 de junho de 2012

Muito além do discurso – I


Até amanhã, dia 30, uma nova leva de pretendentes a ocupar cargos públicos elegíveis em Esperantina serão apresentados à sociedade, debutarão, melhor dizendo e entre os discursos sérios e perspectivas animadoras ainda não se pode perceber mostras de conhecimento da enorme missão a que se propõem, apenas encantamentos.


Imagem I - Arquivo

No início tudo é festa, animação e pensamento positivo. Não há problema sem solução, tampouco dificuldades que possam atrapalhar o pleno desenvolvimento da cidade, tamanha a disposição com que se ora se lançam.

O que não vem em manual e muito menos fica claramente perceptível aos aspirantes é que da mesma forma que eles, muitos também já se lançaram à faina com a máxima disposição e foram desistindo pelo caminho, que não era como esperado, mas cheio de percalços criados pelas circunstâncias e não raro por indisposições entre os pares.

Imagem II - Arquivo
O grande desafio pela frente não é prepara os discursos, passa por muitas questões mais, digamos assim, espinhosas, como um aprofundamento nos problemas que a cidade enfrenta e que não se resolvem apenas com discursos vazios e desconexos com a realidade.

Imagem III - Arquivo

O que se espera é que uma vez confirmados pelo crivo da eleição, se voltem para os problemas coletivos que não são poucos e se desliguem das questões comezinhas, como o aquinhoamento de cargos e a acomodação até as próximas eleições.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Continua a espera


Que a cidade de Esperantina não conte com grandes obras que encham de orgulho seus cidadãos não é novidade, afinal, o que vale é prometer e esperar o resultado disso. O progresso por aqui se dá em Bullet time, bem lentinho.
Imagem: Arquivo.

No geral, sempre se dá ênfase às partes mais sensíveis da cidade como prioridades em obras e serviços para distrair a população, mas estranha letargia se abateu sobre os ânimos progressistas nativos. Só para efeito ilustrativo, o coreto da principal praça da cidade está ha anos sem a cobertura. Por ocasião da última reforma da praça foi um escarcéu dos diabos quando perceberam que o coreto seria remodelado, pois estavam prestes a alterar um símbolo da cidade, patrimônio do povo, memória de um passado glorioso e tals. Pois bem. E agora?


A praça mostra, em rápidas olhadas, claros sinais de que está à mercê do tempo. Como se não bastasse o descuido a transformaram em depósito para decoração de final de ano; as fontes d’água abandonadas na maior parte do ano, como se as mesmas só fossem necessárias nos períodos de festejos; grama só resquícios. A população também dá sua contribuição ao utilizar suas calçadas/passeios para transitar com seus veículos, enquanto o guarda não vem. E o que dizer então da barulheira infernal aos finais de semana? Triste.

E se fala agora em construir tantas obras na cidade. E os pequenos consertos, aqueles que não proporcionam grandes dividendos, quem os fará?

terça-feira, 12 de junho de 2012

A solução que não vem


A cidade de Esperantina vive momentos de grande expectativa para conhecer os pretensos candidatos para a eleição que se aproxima. Enquanto isso a situação da cidade continua na mesma, com ruas estreitas apinhadas de veículos, lama e confusão.

Imagem: Arquivo

A imagem que ilustra este texto é de uma rua do centro, onde se escolhe andar livre na lama ou no meio da rua e servindo de pára-choque de veículos, pois a calçada é mínima e ainda tomada por estacionamento. Embora a imagem aparentemente não mostre, no horário comercial o esgoto corre com abundância por ali, sem contar que veículos são estacionados de qualquer jeito, em qualquer posição e os pedestres, maiores vítimas, que se virem. Enquanto as atenções se voltam para quem será o novo candidato, os velhos problemas se perpetuam e desafiam os moradores.

Um desafio aos que ora de lançam candidatos a candidato é criar e executar atividades em que demonstrem a que vieram. Velhos discursos empoeirados pelo quadriênio serão retirados das gavetas para novamente animar a plebe, que sempre cai no mesmo conto de fadas. Neste momento a cidade é mapeada criteriosamente em busca dos problemas, que serão a base para novas promessas, solução para os velhos problemas.

A contenda vindoura definitivamente não será termômetro preciso para decisões precipitadas, pois que não raras vezes se reduz a fofocas de esquinas sobre malfeitos passados, de conhecimento deles desde sempre, mas guardados para vir à tona somente agora em busca de dividendos eleitorais. A maior diversão que deriva disso tudo é ver que agora os problemas por que passa a cidade tem solução, muitas vezes mágica. A partir de agora impossível e apenas mais uma palavra no dicionário. E pensar que os Maias estavam errados.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Orgulho alheio


O Brasil é a 6º economia do mundo. Foguetes e discursos animados e o manjado nunca antes na história deste país... no entanto o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH mostra o país bem abaixo de outra lista, ocupando a 84ª posição. Disfarça e esconde os foguetes agora.

Imagem: humorpolitico.com.br

Mas os resultados práticos de tais indicadores não vemos na maior parte do país e particularmente, no caso de Esperantina, tais dados se configuram risíveis. Fica difícil crer que a ª maior economia do mundo não tenha como destinar pequena parcela do butim oficial para dar um mínimo de, como dizer, cidadania aos munícipes.

Porque comemorar o ranking se a cidade não conta com rede de esgotos? Como comemorar o baixo salário pago aos professores, que deveriam ser os grandes agentes para o desenvolvimento do país? Se ainda há ruas sem calçamento, asfalto, iluminação pública e outros mais? A única biblioteca está fechada há meses. Há anos não existe estádio. Etc, etc, etc.

O que comemorar, se os dados indicam que grande parte da população sobrevive apenas da esm... digo, dos recursos de programas oficiais de repasse de renda e são pouco incentivados a produzir algo mais que o básico para sobreviver?

Se o país é assim mesmo essa potência econômica, porque a saúde pública está na UTI? Porque a educação, quando aferida com parâmetros internacionais apresenta resultados vergonhosos? Para onde vão os recursos que alçaram o Brasil ao patamar das grandes economias? Quero a minha parte.

Por trás deste aparente bom desempenho da economia há muito o que ser desmistificado, há muita coisa debaixo do tapete. Basta um passeio pelas ruas para se perceber que há muito a fazer para que o país se torne realmente uma potência mundial. Sem euforia, sem afagos para inflar o ego de pretensos escolhidos.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Ainda faltam alguns passos


Imagem: tupi1340.blogspot.com


Realizada hoje em Esperantina mais uma das denominadas feiras agroecológicas. Muita animação, variedade, produtos vendidos diretamente pelos produtores. Tudo como sempre

Seguindo a atual tendência do político e ecologicamente correto, a propaganda oficial do evento alardeia a origem dos produtos ofertados como livre de agrotóxicos e tal e assim para lá segue uma leva de pessoas xxx que crêem piamente em tudo que consta nos diagnósticos dos especialistas sobre a necessidade de um consumo mais responsável, sustentável e se deparam então com altos preços de produtos com certeza orgânicos, porém sem algo ou alguém que certifique a origem, para dar a certeza de que consumiremos produtos e não agrotóxicos fresquinhos.

E se ninguém certifica a propaganda vai por terra e o consumidor leva para casa o mesmo tipo de produtos que já consome habitualmente, sem novidades. E em nome da origem supostamente orgânica os preços praticados na feira - subsidiada pelo erário – ficam bem salgados, daí anulando as vantagens alardeadas.

Sem certificados de procedência, a iniciativa de ofertar produtos saudáveis e que não resultem de agressões ao meio ambiente fica na lista das boas intenções, daquelas que muitos aproveitam para tirar vantagens e se mostrar apto a merecer um presente do papai Noel no final do ano.