sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Previsões previsíveis para 2011



E estas são as previsões mais previsíveis para o ano de 2011, segundo primoroso e estafante estudo de atos e fatos cocais, digo, locais:

- Chuvas tomarão a avenida-rio Petrônio Portela e novamente a retórica ufanista fará reformas por lá;
- A herança maldita continuará sendo a culpada pelo atraso de Cocal City;
- ELES continuarão a não fazer nada por nós;
- Teremos inúmeros fóruns/encontros na cidade, com os resultados já conhecidos;
- A relação erário/imprensa – cof, cof – continuará inten$a;
- Haverá blackouts no inverno: água durante o dia, energia durante a noite. Obs: não necessariamente nesta ordem;
- Os meio-fios continuarão a ser pintados de branco nos períodos que antecedem as festividades;
- O estádio municipal continuará nos planos futuros;
- O trânsito local continuará um caos;
- A banda de música desafinará;
- Aquela banda chata de forró continuará onipresente em todos os períodos e festividades;
- O guaraná que tem tudo, só não tem guaraná continuará encantando;

E por último, porém não menos importante:
- A p*... da lâmpada do poste de frente a minha casa só será substituída às vésperas das festas da semana gastronômica, digo, semana santa!

O último a sair, por favor apague a luz


E o retirante, quem diria, se despede do mandato deixando um grande presente para os “irmãos nordestinos”, na forma do veto à distribuição dos royalties do pré-sal.

De certa forma, o veto era previsível, já que com mais dinheiro em caixa fica difícil negociar e na lógica bufa o cartão do bolsa esmola cumpre à risca o papel de chamariz para o curral eleitoral.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Adivinha quem aniversaria hoje?

 hipismo.wordpress.com

Hoje completa um mês que a lâmpada do poste em frente de minha casa não acende. Parabéns ao encarregado pela iluminação pública de Cocal City. Por esta e por inúmeras outras lâmpadas apagadas pela cidade.

Este é apenas mais um sinal do apagão local, que não se resume à iluminação pública. Termos como segurança, obras e infra-estrutura ficaram muito bem nos planos e metas, mas somente lá, como em SimCity, no plano virtual.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ah! Essa magia contagiante.


Natal. Período mágico, dizem por ai. Realmente este deve ser um período especial, pois de que outra forma veríamos risíveis bonecos de neve espalhados pela cidade? Isso deve ser o tal fortalecimento da cultura local, de que tanto ouvi falar. É. Lembrança das nevascas ocorridas em Cocal city, apesar dos 30º à sombra, detalhe que não diminui a emoção de se sentir nos Champs Elysees macaqueado, digo, reciclado. Como é que se diz mesmo: se o todo-poderoso quiser, nada é impossível.

Apesar das poucas chuvas por aqui e o aguaceiro de sempre na avenida-rio, teremos cinema na praça. Cultura é isso ai.

E a banda de música? Ah, a banda. Como não se lembrar da música?
Estava à toa na vida
O meu amor me chamou
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

A minha gente sofrida
Despediu-se da dor
Pra ver a banda passar
Cantando coisas de amor

O homem sério que contava dinheiro parou
O faroleiro que contava vantagem parou
A namorada que contava as estrelas parou
Para ver, ouvir e dar passagem

(...)

E cada qual no seu canto
Em cada canto uma dor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor
Depois da banda passar
Cantando coisas de amor...

Fom-fom-fom-para-rá-tim-pum!

Ainda não foi este ano que o anfiteatro foi construído sob as ruínas da quadra Noeme Lages, mas quem se importa se teremos show na praça? E de grátis? O mercado público também não será para agora. Também, quem o visitará, com o preço da carne nas alturas?

Natal, tempo de esquecer as lamúrias e fingir viver feliz. Comprar aquele peru com vinho e encher a pança. E quem não pode fazer isso? Elementar, caro leitor: teremos cinema na praça, com banda de música, de forró... só faltará o pão.

E assim continuamos a passos largos rumo ao... ao... para onde mesmo?

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O prazer da leitura

Foto: www.narcisotedioefuria.com.br

Atendendo à curiosidade deflagrada pela onipresente publicidade em torno da publicação do livro Narciso: tédio e fúria, adquiri um exemplar por ocasião da solenidade de lançamento do mesmo. Autor esperantinense, pé no chão - metaforicamente falando, apresenta à população uma publicação ímpar e lança simultaneamente um desafio: a produção e o consumo local de cultura. Silêncio na platéia. Passemos à obra, objeto das atenções.

A leitura é uma só. As interpretações são várias. Aos que se sentem ambientados na trama é um divertido – por que não dizer tentador – exercício de identificar ou tentar, os personagens do livro. Quem não se flagrou tentando reconhecer as famílias que dominam o poder econômico na cidade?

As descrições da cidade, seus pormenores, não raras vezes nos fazem lembrar fatos e cenas da infância e momentaneamente interrompemos a leitura para relembrar episódios já guardados sob o manto do esquecimento. Também conjugo certas características à cidade. Seria eu também um personagem da trama? Vai saber... na vida não há certezas, apenas oportunidades, como disse o personagem de conhecido filme.

Por nos parecer tão familiar em algumas passagens, o livro e seus personagens se tornam cada vez mais envolventes a cada página consumida e faz com que não nos sintamos compelidos a largá-lo sem que findas a leitura. Os bons livros – como este em questão e a boa leitura, mais especificamente, nos faz sentir envolvidos pelos acontecimentos, desligando-nos temporariamente dos problemas do cotidiano, uma espécie de válvula de escape da rotina.

Enfim, a dica já foi dada. Agora é ler o livro, identificar os personagens, contar a alguém que não concorda e – ato incontinenti - somos convidados a refazer a leitura para nova interpretação, agora com outro olhar e atenção aos mínimos detalhes.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Rio Longá e o destino que o aguarda


Foto: www.sosriosdobrasil.blogspot.com

Sempre que, entretido em alguma leitura encontro termos como politicamente correto, ecologicamente correto (náuseas) ato incontinenti me sinto compelido a abandoná-la, pois sempre estes termos vêm acompanhados de uma enxurrada de baboseiras proferidas pelos cavaleiros do apocalipse ecológico.

Leitura abandonada, lembrei que se aproxima o período natalino e me veio a dúvida insana: não se vende mais refrigerante em garrafas pet em esperantina? Só pergunto por que até o momento a praça da matriz não foi tomada pelos espetaculares enfeites natalinos feitos de garrafas pet, no glamoroso Natal da Transformação, parte II. Ou será que a decoração do ano passado dará o ar da graça?

O tal espírito natalino (assombração?) parece não ter conseguido passagem para cá. Talvez pretendesse chegar até Cocal City vindo pelo Maranhão e não conseguiu transpor o rio, porque a ponte AINDA não está concluída e mesmo que o dito conseguisse tal feito, ainda assim teria dificuldades para chegar, dada a precariedade em que se encontra a estrada de Luzilandia até aqui.

Desta forma só me resta dizer: coitado do rio Longá. Ano passado – afirmam os entendidos - as garrafas que foram recicladas (!!) para uso na decoração natalina teriam como destino certo o rio, mas graças ao empenho monumental das autarquias locais, isso não ocorreu. Como este ano ainda não vi tal decoração, creio que o rio Longá, triste destino, será novamente invadido pelas garrafas pet. Malditas pet. Mas como elas vão parar nos rios?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Da série Maiores Mentiras da Humanidade


1 - Claro que eu te ligo amanhã!
2 - Pague a minha parte que depois eu acerto contigo.
3 - Estou te vendendo a preço de custo.
4 - O segredo morre aqui.
5 - Não é pelo dinheiro, é uma questão de princípios.
6 - Todos são iguais perante a lei.
7 - Isso nunca aconteceu comigo.
8 – Esta ressaca foi a última.
9 - Beleza e dinheiro não importam e sim estar feliz.
10 – Se eu for eleito...

Direto do túnel do tempo


Foto: www.comitedaserra.blogspot.com

O que aconteceu mesmo com aquele projeto anunciado em maio de 2009, que visava a elaboração de um projeto com o objetivo de construir canal que evitasse futuras enchentes em Cocal City?

Dita como uma obra aparentemente simples, embora com medidas aproximadas de 3,2 quilômetros de extensão com 100 metros de largura e orçada na bagatela de quarenta milhões de reais (adoro orçamento de obras públicas, sempre chega em milhões), a onírica obra foi mais uma grande coisa que poderia ter acontecido, quase chegamos lá.

O projeto, discutido pelas rodas de intelectuais e palpiteiros de plantão, seria um marco da presença do estado na cidade, algo para ser lembrado pela eternidade. Pena que tal projeto teve o brilho superado pela auspiciosa notícia de que a ponte sobre o rio Longá seria vistoriada, visando possíveis reformas. Como os oráculos já prenunciavam e as pedras sabiam, nenhuma das coisas foi feita.

Realmente uma pena. A cidade com pretensões turísticas necessita da 9ª maravilha do mundo moderno. Como assim 9ª? É que a 8ª já existe. Sim, caro nativo despercebido! É aquele apêndice da avenida, pomposamente conhecido como rótula, localizado em frente ao quartel da PM, com lindos canteiros de manilhas e ervas daninhas plantas ornamentais. Yeah!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Você sabia que...


Foto: www.knol.google.com

...em Cocal City...

...Se porventura o espaço compreendido entre a biblioteca municipal e a igreja da Misericórdia, for limpo, há que se solicitar licença ao Ibama, pois será considerado desmatamento retirar a vegetação que lá existe?

...É necessário andar com sacolas plásticas no bolso ou nas mãos, porque não há lixeiras nas ruas?

...O cidadão, pedestre e desinformado, que se orientar pelos semáforos para transitar pelas ruas corre sério risco de ser atropelado?

...Diferentemente do resto do mundo onde há intensa luta pela melhoria no trânsito das cidades aqui acontece o contrário, uma vez que o desventurado que necessita andar pela avenida-rio, por exemplo, tem que seguidamente descer do passeio da mesma, pois as casinhas de pombo que servem de bar ficam apinhadas de clientes bebendo, em mesas dispostas ao bel-prazer. E o pedestre que se cuide.

...No momento ainda podemos contar com relativa cobertura vegetal nos limites da zona urbana, o que já é um alívio, pois se necessitássemos mesmo de árvores plantadas na zona urbana a situação seria caótica. Os jardins de concreto dominam a cidade, embora na semana do meio ambiente...

... a receita para os nativos ficarem ricos é ir embora? E para arrumar emprego? Use o título eleitoral, ora bolas.

...Quer praticar esportes? Fazer caminhadas? Boa sorte, mas escolha um horário mais movimentado ou então não leve a bolsa. Que tal um futsal? Temos várias opções de praças do esporte, só tenha cuidado para não pegar tétano.

... para ser “aceito” na blogosfera politicamente correta é pré-requisito não tecer críticas a quem quer que seja e ainda fechar os olhos para as sandices do dia-a-dia? Por aqui legal mesmo é aquele que assimila tudo e nada diz, nada faz, o típico paspalhão, porque ele acredita que, se ninguém reage, é melhor ele também não reagir.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Amnésia coletiva

Foto: www.fmanha.com.br

Recente pesquisa divulgada pelo TSE indica que grande parte do eleitorado brasileiro não lembra em que votou nas eleições de outubro passado. Isso bem mostra o interesse da população pelo tema e lança luz sobre as votações históricas de candidatos.

Os resultados da dita pesquisa vêm apenas corroborar o que já é de amplo conhecimento de alguns: que os resultados das eleições são grandemente afetados pela conhecida prática do Maria-vai-com-as-outras. Poucos ousam investigar o passado ou mesmo checar informações sobre determinados partidos ou candidatos, preferem a maneira mais fácil: simplesmente votar em quem está à frente nas pesquisas eleitorais, daí resultando a enxurrada de pesquisas feitas nos períodos eleitorais, uma vez que esta tendência foi descoberta pelos marqueteiros, os verdadeiros condutores das disputas.

Se as pessoas não lembram em quem votaram, como podem solicitar ou mesmo criticar os atos políticos dos mesmos? Enquanto isso, a falta de interesse em escolher bem um candidato - missão difícil, diga-se de passagem - torna mais fácil a vida daqueles que já exercem mandatos, visto que já são conhecidos e são conhecedores deste desleixo, digamos, no exercício da cidadania, em bom populês. De nada adiantam então as campanhas pelo tal voto consciente, embora nunca tenha visto alguém votar inconscientemente.

E você ai, um dos cinco leitores deste blog, feliz da vida, rindo satisfeito porque seu candidato foi eleito. Mas quem era ele mesmo?