Com a proximidade do dia D eleitoral, os veículos que nos importunam com propagandas do paraíso terrestre que será Esperantina agora apelam para as mais chulas versões de – desculpe a palavra – músicas para chamar a atenção dos incautos e ridicularizar os adversários.
Me pergunto então para que serviu a edição de uma resolução, por parte do órgão responsável pela normatização da contenda eleitoral, se a mesma é copiosamente desrespeitada pelos contendores? O que começou apenas como um movimento - vá lá - musical, para diversão entre amigos, agora se transformou em duelo cantado pelas ruas, que substitui as esperadas propostas por baixarias, tristemente também já esperadas como formigas em piquenique.
E a quem interessa tal situação? Aspones e pombas lesas de todos os lados deliciam-se com as virtuoses, que atingem a apoteose quando dois ou mais veículos, supostamente rivais, se encontram nas vias estreitas e esburacadas e, quais cavaleiros medievais, passam uns pelos outros na esperança de vencer (neste caso, virtualmente) o ridículo entrevero, tendo então como prêmio o final feliz com a princesa, neste caso, uma cobiçada viúva, símbolo de poder.