quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Previsões previsíveis 2016


De volta após retiro para meditação, as previsões previsíveis para o ano de 2016:

  • Muitos amigos vão te procurar para relembrar os velhos tempos de amizade, afinal, teremos eleições;
  • Muitas inaugurações com a presença maciça de autoridades que renovarão seus compromissos com a cidade e seu povo;
  • Os aspones desempenharão como nunca seus papeis em busca de manter seus privilégios;
  • A – cof, cof – combativa imprensa local brilhará em mais um ano. Nas folhas de pagamento;
  • O Plano de Cargos, Carreiras e Salários sairá do papel... para os discursos;
  • A avenida principal da cidade alagará;
  • A ajuda salvadora do estado salvará a lavoura;
  • O estádio municipal finalmente será construído, digitalmente;
  • O trânsito continuará desgovernado como...;
  • O carro do lixo continuará a passar sem aviso sonoro;
  • Os festejos locais terão as "atrativas novidades" de sempre.

Ano novo!


Ia desejar um feliz ano novo com muita luz, mas lembrei que a conta já está muito alta. Também não adianta pedir um ano com muita paz, pois todos os anos isso é pedido e a violência só aumenta. Aquela parte da música que pede “...muito dinheiro no bolso...” só dá certo para quem está envolvido em armações políticas.

Então não há o que pedir, pois não há quem atenda. A saída é esforço próprio, sem esperar muito do ano que está pra chegar, pois, para quem não lembra será ano eleitoral, ano de muita promessa idiota, que só acredita quem quer.

Este será o ano dos “amigos do peito”, aqueles que vemos e conversamos a cada período eleitoral. Este será o ano em que todas as mazelas serão resolvidas, que os projetos sairão das gavetas para alegria e gáudio da plebe.



Se o ano que finda foi de dificuldades, relaxe. O ano que se aproxima também não será de sua fortuna, não me pergunte de que forma, mas tudo será como antes.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Então é natal...

Não. Não vou transcrever aqui aquela música chatérrima sempre presente aos finais de ano. Já basta ouvi-la ininterruptamente desde novembro no comércio local. Nem vou me ater ao ridículo de pessoas com chapéus de papai noel nestes esturricantes 40º nossos de cada dia.
Imagem Cedida.
Seguindo no post... é chegada a hora de retirar aqueles pisca-piscas comprados nos camelôs, aqueles penduricalhos que já tem mais tempo de uso que discurso de pré-candidato, hora de reaproveitar as bugigangas de outros anos pra aguardar e celebrar a data encantada.

Hora de se dizer encantando com a magia do natal, do espírito natalino, de lembrar do sofrimentos alheio e continuar sem fazer nada e outras bobagens. De gastar o que não tem pra agradar os outros e ficar endividado mais alguns meses...
 
Imagem: Arquivo do Blog.

Mudando de foco, a cidade está linda para o natal. A estupenda decoração natalina arrepia a qualquer um que a veja, toca até mesmo os corações dos cegos que não querem ver a belezura que está a cidade. Tantas luzes nos pontos decorados e... e... no entanto, tantas ruas com pontos de escuridão nos fazem lembrar que a cidade é muito mais que um período festivo.

Para complementar a esfuziante decoração a caráter, só falta mesmo a neve, que não duvido já haver sido licitada, quer dizer, ter sido dispensada a licitação como de praxe, faltando apenas últimos retoques para que na noite da festa o céu se encha de neve e que o espírito natalino abra os corações miseráveis de quem não faz o mínimo necessário para desenvolver seus trabalhos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Enquanto isso em uma terra muito, muito distante...

Imagem: www.acaoturilandia.com.br

Nestas terras de ninguém pode-se verificar que os negócios de família se modernizaram e avançam com voracidade em outras áreas nem tão familiares assim.

Por gerações o que se vê é a alternância de famílias no poder, com uma espécie de reedição dos "bem nascidos" gregos, aqueles que já nascem com privilégios. Sabe aquele emprego que paga bem e que todos querem? Esqueçam, está reservado para os descendentes de algum político profissional. Já ouvi relatos assim: - estudei com aquele ali. Não “queria nada" na escola, mas hoje tem um emprego melhor que o meu.

Aqui e ali se vê que os cargos políticos eletivos se transformaram em profissão, um negócio rentável que sustenta famílias a gerações. E o negócio é tão bom que já não basta o patriarca ser político. Agora é praxe que esposa, filhos, noras, genros e quantos outros mais parentes também participem do poder, tirem uma lasquinha dele, nem sempre com pensamentos republicanos, arrotando arrogância.

É digno de estudo da ciência estudar o DNA dos chefetes políticos, identificá-los e saber realmente se as “habilidades” políticas são transmitidas por parentesco e afinidades para a descendência. Seria um adendo à teoria de Charles Darwin.

Sequer a abertura da política à população em geral, sequer a criação de dezenas de pequenos partidos conseguiu afastar a política das moléculas familiares. Coincidente e ainda estranhamente (ou não) o atraso no desenvolvimento dos rincões pode ser mais intensamente notado nestes locais onde a política é caso de família. E ainda tem os inocentes que não entendem porque para a maioria da população só aparece curso de secretária, atendente, eletricista, mecânico e outros.

E tenho dito!

terça-feira, 24 de novembro de 2015

O incrível sumiço de um estádio

A cidade que aspira ser um dia polo de que quer que seja, permanece envolta em um mistério, aliás, em vários, mas me atenho a um deles, por ser emblemático.

Com todas as falácias sobre combate ao uso de drogas pela população, entendeu-se que uma forma de erradicar tal aberração é ofertar esportes e áreas onde possa ser praticado pela população e o futebol foi o escolhido, visto estarmos no país do futebol, apesar das atuações vexaminosas da seleção nacional.

Isto já foi um estádio. Imagem: Arquivo do Blog.

Neste cenário idílico, as autoridades desviam a atenção da própria inoperância e guiam a plebe para o esporte, aqui simbolizado pelos ginásios esportivos e o estádio municipal ou o que restou dele.

Sucessivos desastres administrativos nas várias esferas, com ênfase nas locais, deixaram aquele patrimônio público desaparecer do mapa. Hoje, quem passa ao lado do local onde um dia foi uma praça esportiva vê apenas uma grande área aberta de dupla aptidão: área para circos e criadouro de mosquitos no inverno. Nada mais que isso.

Oficialmente esforços foram despendidos para recuperar o campo, mas no mundo real tudo não passou de embromação. Vários já se projetaram para assumir a paternidade pela restauração do estádio, mas as fotos teimam em confirmar que por aqui as promessas não passam de promessas, mas os ganhos eleitorais são reais.


E o município conta com secretaria de esportes? Só financia festival junino? E os desportistas nativos o que dizem? Preferem tomar a caixa de cerveja petiscando com o frango assado, prêmio ofertado aos vencedores nos torneios de várzea? Ah, bom.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Somente um feriado

Festa para comemorar o dia do servidor público. Uhuuu!! Feriado! Mas... os servidores comemoraram o que mesmo? O achatamento dos salários aos olhos passivos do Sindicato da classe? Mais proveitoso seria se houvesse empenho do mesmo na aprovação de novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários, que há anos vaga de gaveta em gaveta sem que nada seja feito para sua apresentação. Nada a não ser discursos vazios e distantes da realidade.

A letargia que se apresenta naquele que seria o grande defensor do funcionalismo público municipal, o sindicato da classe, parece não incomodar a ninguém, visto não se perceber manifestações em contrário. Há anos que se nota o arrefecimento em suas ações, mas as contribuições continuam a jorrar mensalmente.
 
Imagem: Arquivo gentilmente cedido.
A cereja do bolo na falta de ação do sindicato em prol dos seus foi a realização da Festa do Servidor, emblemática para a situação. Poucas pessoas compareceram ao evento, em clara visão de que a classe em geral não se sentiu à vontade para participar, visto o pouco ou quase nada que comemorar além da folga.
Imagem: Arquivo gentilmente cedido.

Tudo não passaria de mera comemoração não fosse o detalhe sórdido do sorteio de premiação aos poucos presentes, que, passando pelas prosaicas “lembrancinhas”, culminou com a premiação mais importante do evento: um carrinho de mão, solene e pitorescamente entregue à sorteada com direito a volta olímpica pelas dependências do clube, para gáudio dos presentes que se deliciaram com a cena, alheios ao deboche que a mesma representava. O mais importante não foi mencionado: cadê o Plano de Cargos, Carreiras e Salários do funcionalismo público municipal, sucessivas vezes citados na – cof, cof – imprensa local no decorrer dos anos? Porque o silêncio pernicioso? O que esperam acontecer: que ele repentinamente saia da escuridão da gaveta para as luzes da aprovação espontânea? Os holofotes se viraram para as frivolidades enquanto o essencial foi relegado a um descanso eterno.

E tenho dito!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Esperantina S/A – parte 2

Após breve intervalo é hora de andar por outras paragens e nada melhor que andar pelo que seria o centro histórico da cidade, local onde foram edificadas as primeiras casas: na praça da matriz.

À primeira vista de quem se aventura pela rua que separa a praça da escola mais antiga da cidade é possível notar à esquerda a praça e logo à direita o local que foi pomposa ou jocosamente apelidado de Espaço Cultural. Melhor dizendo, se faz necessário um pouco mais de esforço para encontrar o tal EC, como mostrado nas fotos.
Imagem: Arquivos do Blog.

Imagem: Arquivos do Blog.

A tolerância de sempre mostrando seus efeitos de sempre. A cidade se encaminha a passos largos para a favelização. Em algum momento da história local alguém resolveu que, se afrouxasse as rédeas na condução da cidade, seu destino seria sempre rumo ao sucesso, nas urnas, principalmente. A ineficácia na aplicação das leis municipais, no caso, o Código de Posturas do Município de Esperantina (Sim, ele existe!) é apenas mais uma das múltiplas facetas de nossa realidade.

Soberbamente ignorado por anos a fio por quem deveria fazê-lo, o Código de Posturas é mais uma lei “pra inglês ver”, para não dizer/escrever outra coisa mais popular. Aquela velha e idiota ideia de “não mexer no que está quieto”, além de demonstrar a inapetência laboral administrativa, presenteia aos moradores com cenas tristes como as vistas logo acima, onde a área que seria de livre trânsito foi ocupada nas margens por barracas e no período noturno ou em dias festivos ainda conta com as mesas e cadeiras para completar o insólito quadro.

Se – hipoteticamente falando – tal atividade nas barracas gera impostos para o município, eles compensariam o tormento que representam aos transeuntes no local? E o que dizer do aspecto de favela logo no – cof, cof – principal centro da cidade, como diz Aquele imparcial? Temos uma secretaria que cuida deste tema? O que fazem além de receber seus merecidos salários? Porque não atuam com seria de se esperar? A quem devem prestar contas de seus atos?

Silêncio também é resposta, já ouvi dizer.

E tenho dito!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Esperantina S/A - parte I

Imagem: Arquivo do Blog.

Um passeio pelas vielas da cidade que aspira um lugar entre as grandes e, se não for atropelado, ao cidadão é possível ver o lento processo de privatização por que passa a cidade de Esperantina. Cada dia menos estado.

A principal avenida da cidade foi lentamente se transformando. De local para caminhadas, o processo iniciou com a construção de casinhas de pombo no meio do passeio, com finalidades comerciais, inicialmente vendas de artesanatos, serviços de xérox e outros. Não demorou e alguém teve a brilhante ideia de instalar uma novidade na cidade: um barzinho. Sim, um barzinho bem no meio da avenida, local onde os pedestres foram expulsos. Com o passar do tempo e com o aumento da clientela, os bares foram ampliados por meio de tendas que passam a ocupar ainda mais espaço. Não contentes, resolveram que ainda havia espaço demais para os pedestres e passaram a dispor mesas nas adjacências.  Ainda tem os sem noção que estacionam seus veículos nos retornos da avenida e outros pequenos delitos que fazem do Código de Posturas do Município apenas mais um bloco de papel a ser esquecido nas gavetas.

Incrível mesmo. Os bares no meio do passeio da avenida vendendo bebidas e assemelhados, atrapalhando a passagem de pedestres, que, se quiserem se deslocar pelo passeio, necessitam se desviar dos braseiros, das mesas, dos clientes ébrios. E tudo isso não é feito às escondidas, nos bairros mais distantes e abandonados. Essas barbaridades acontecem na principal avenida da cidade, aos olhos de quem se atreve a olhar. E não adianta recorrer aos setores competentes, seria perda de tempo e mais uma decepção ao ser solenemente ignorado e visto como alguém com pretensões eleitoreiras ou simplesmente um chato sem mais o que fazer.

E quem seria responsável por zelar pela cidade? Silêncio; e a imprensa combativa? Ocupada em grandes questões da humanidade. Que dividendos a atividade gera aos cofres públicos? Por onde andam as autoridades da área? Não seria de bom alvitre retirar o fumê de seus veículos?

E a plebe? Ainda aguardando a hora das urnas para mudar tudo isso que está ai (e sempre esteve)? Aguardam o próximo Grande timoneiro? Silêncio sepulcral.

E tenho dito!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

Dia Mundial sem carro

Imagem: mobilicidadejf.com.br.

A data foi criada com o objetivo de incentivar as pessoas a refletirem sobre os enormes problemas que o uso excessivo dos veículos, nas grandes cidades, pode causar ao meio ambiente e ao bem estar da sociedade.

Aqui, como não poderia ser diferente, se trata apenas de mais uma data, nada há para comemorar. A intenção seria que as pessoas se dirigissem ao trabalho ou outras atividades utilizando bicicletas, mais um sonho destruído.

Aqui, nesta terra de ninguém é cada vez mais rara a presença de bicicletas no trânsito, substituídas que foram pela voracidade da vida moderna, que requer cada vez mais velocidade para executar as coisas de sempre, mas tem que andar rápido. Quando um pai diz: - menino, vai lá na panificadora. Zuuuummm. Dois minutos depois lá está o garoto de volta da panificadora que fica logo alí na esquina, mas a moto era necessária para "tirar onda" com a geral.

Se no passado a população se utilizava de bicicletas em seus deslocamentos diários, hoje os veículos automotores vieram para diminuir distâncias é verdade, mas também para criar novos problemas, como os vistos por quem se aventura a andar pelas ruelas da cidade.

Hoje quem ainda se aventura a se deslocar pela cidade em bicicleta encontra uma concorrência feroz com os abilolados em seus bólidos. A cada esquina o perigo espreita acima de tudo, os ciclistas agora tem menos locais para guardar suas bicicletas, pois os bicicletários, aquelas estruturas utilizadas para estacionamento sumiram da cidade, a exemplo daqueles localizados em frente ao mercado público local. E se ainda algum persiste instalado é inutilizado para os ciclistas, pois outros veículos lhe tomam a frente e o espaço, tudo isso aos olhos complacentes das autoridades que poderiam fazer algo pela causa, mas preferem a omissão vergonhosa.

Mais uma vez o silêncio é a única resposta aos anseios da sociedade.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Aguardando providências...como sempre.

A saga de Esperantina em busca de soluções para seus problemas é antiga e remonta ao início da ocupação das terras para criação de gado. As ruas estreitas originalmente aptas para servir de trilhas para cavalos, hoje são um tormento para quem se aventura por elas. O descuido de sucessivas administrações só perpetuou o problema.

Diariamente é possível presenciar barbaridades cometidas por motoristas irresponsáveis, que se movimentam pelas ruas cometendo toda sorte de delitos ao arrepio da lei. Como não há fiscalização, a maioria não se vê obrigada a cumprir normas mínimas de segurança no trânsito. Motoristas que fazem transporte intermunicipal ou mesmo local param onde bem entender; param no meio da rua para esperar clientes, trancando cruzamentos; andam pela contramão; sobem calçadas; carros de propaganda volante ajudam a enlouquecer com seus barulhos ensurdecedores e quem quiser que aguarde eles desocuparem a via; comerciantes fazem das calçadas extensão das prateleiras de mercadorias, obrigando pedestres a se aventurar nas ruas, entre buracos, lama e loucos ao volante; donos de imóveis se acham no dever de também contribuir cobrindo as calçadas e parte das ruas com material de construção, sem que a secretaria correspondente se manifeste... enfim, essas são banalidades do dia a dia de um esperantinense.
Imagem: Arquivo do blog.


Legislação sobre o assunto não falta, inclusive lei municipal que cria departamento de trânsito  que supostamente deveria agir.... mas a falta de empenho dos poderes executivo e legislativo nos quer fazer crer que estamos no pais das maravilhas, embora saibamos que a situação aqui esteja mais para o inferno de Dante.

De lado a lado sobram desculpas e faltam inciativas que venham a amenizar a caótica situação do trânsito em Esperantina. Sempre que alguém lembra em realizar blitz na cidade a turma do deixa pra lá aparece para dizer que os coitadinhos não vem da zona rural por medo de terem seus veículos apreendidos; que estes mesmos veículos servem para escoar a produção; que o dinheiro não dá para pagar as altas taxas do detran, etc e tal. Mas nenhum deles lembra que ninguém é obrigado a possuir um veículo, que quando se adquire um, com ele vem uma série de obrigações e cuidados, que é necessário ter habilitação, pagar taxas e uma enorme gama de outros detalhes.

Por aqui a turma não quer saber de blitz, pois significa perca de votos, os preciosos votos para a eleição que se aproxima. E ainda tem os ingênuos que se lamentam nas redes sociais e esquinas de que os carros não são vistoriados nas blitz, somente as motos, que não entendem isso. Os insolentes não se atentam ao fato de que nunca se viu por estas terras carros levantar os pneus dianteiros e sair atormentando os transeuntes, que a maioria dos acidentes ocorrem com motos, seja por imperícia, imprudência ou simplesmente pela imbecilidade. Enquanto isso vemos aumentar exponencialmente as cruzes nas estradas e ruelas, com a lembrar a todos que algo está errado.

Enfim, estamos à espera de que um dia, quem sabe, surja o grande timoneiro que se lembre de pôr ordem nesta zorra e que não se limite a fazer pedidos de instalação de quebra-molas ou audiências públicas e esperar o resultado cair do céu, como se apenas isso fosse o suficiente.

E tenho dito!

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Mais do mesmo

Após breve descanso de ressaca pós-desfile cívico municipal é hora de retornar à labuta.

Sobre o pomposo e nababesco desfile pouco há a acrescentar que a – cof, cof – imprensa local já não o tenha  feito, com suas linhas tortas e meios idem.

Imagem: Arquivo do Blog.
Há muito não vejo motivos para manter a “tradição” dos desfiles cívicos. O momento é  apropriado para se debruçar nas mazelas que a grande companheira timoneira e associados nos presenteia e, quem sabe, aprender a duras penas mais esta lição. Como já disse alguém, a cada F5 surge novo escândalo, sob novas formas, com as mesmas figurinhas tarimbadas que há anos migraram das páginas de política e teimam em aparecer nas páginas policiais.

Triste ver os náufragos no desespero se apegarem ao nacionalismo piegas para tentar o chamamento da população, exortando-a para enfrentar calada e pagar os pesados impostos como forma de tentar emergir o barco furado que se tornou a administração pública em termos gerais, assim como era no princípio, agora e sempre, pelos séculos dos séculos. O ônus para a plebe e o bônus para os companheiros.


Salve-se que puder.

segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Três chances

Imagem: linguarudoembatalhapi.blogspot.com

Incrível como as coisas acontecem – ou deixem de acontecer - em Cocal City sem que a patuleia nem ninguém se dê conta disso. Por estas e outras, a edilidade realizou dia 21 deste mês 3 sessões em uma única noite e a imprensa local não dedicou sequer uma nota de rodapé a este fato. Talvez no contracheque seja rabiscado algo, meio apagado, para não chamar a atenção.

Em um município onde as coisas vão de mal a pior, com leis prosaicas e em desuso, com falta de apoio à iniciativa privada, desleixo na preparação e cumprimento basilar de leis seria a última coisa a ser desejada, mas não é o que se vê.

Três sessões em uma noite e no entanto, o trânsito faz mais vítimas a cada final de semana, sem que nada mais seja feito que pedir a construção de quebra-molas e as defectíveis juras de “luto eterno” nas redes sociais.

3 sessões em uma noite e por falta de disposição, o município padece pela falta de água por completa ausência de projetos que amenizem a situação. O rio perde vazão a cada ano, vitimado pela ganancia de criadores de peixes, sem que algo de mais significativo seja feito a não ser apreciar a belezura que é uma rede cheia de peixes e o bolso cheio de cédulas. A solução cairá do céu, literalmente.

3 sessões em uma noite e o lixo ainda é atirado ao chão pelos porcalhões, que dizem fazê-lo por falta de lixeiras em locais estratégicos;

3 sessões em uma noite e nada de plano de cargos, carreiras e salários ao funcionalismo, porque há coisas mais importantes a fazer, como conceder títulos de cidadania aos amigos;

3 sessões em uma noite e nem uma palavra sobre a extensão da cobrança de IPTU a todos os habitantes da zona urbana como forma de gerar mais receitas para o município e desta forma, mais uma vez, alguns poucos pagarão por muitos, por falta de atualização nos cadastros.

3 sessões em uma noite e... nada de novo.

E tenho dito!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Banalidades do dia a dia

Imagem: gestao-motivacional.blogspot.com

Hoje precisei de uma receita especial, daquelas pra comprar remédios controlados. Seguindo orientações, fui encaminhado ao posto de saúde da área para conseguir a tal receita. Sol escaldante de início da tarde, ventilador espalhando ácaros, enfim, tudo normal.
Cheguei ao local, preenchi ficha, embora lá já existam dezenas já preenchidas, visto que necessito passar por lá todos os meses. Daí resolvi esperar sentado, já consciente de que isso demora mesmo.
Passada uma hora mais ou menos, fui informado de que eu e outros infelizes que também aguardavam as receitas que, por ser “dia das gestantes” o atendimento seria mais demorado. Como assim dia das gestantes? Nunca vi no calendário isso. Mas daí soube que há um dia - ou mais sei lá, dedicado ao atendimento de gestantes e que por infelicidade hoje era um deles.
E por causa desse dia dedicado a elas, passei 2 (duas) horas aguardando um atendimento simplesmente para renovar os medicamentos em uma receita azul. Também fui informado de que nenhum funcionário nos faria a caridade de levar a receita diretamente ao médico, coisa de 3 minutos, porque não poderiam passar à frente das gestantes que aguardavam e são prioridade. Beleza, ok. Sempre existem prioridades e elas devem ser respeitadas. Mas e quem me aguarda para tomar os medicamentos também não poderia ser prioridade?
E porque cargas d'água não fica exposto no local uma simples tabela com horários de atendimento e os tais "dias dedicados" a grupos? A situação me fez lembrar de uma postagem no whatsapp, mostrando horários e preços em um puteiro ambiente de entretenimento masculino. Até lá se vê um mínimo de organização, de gestão preocupada com o bom funcionamento. Mais uma vez aqui se percebe a falta de tato, a visão míope e insatisfatória no trato com a população. Salve-se quem puder.
E tenho dito!


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

E tome foguete.

Ficou na história a época em que ao se ouvir o estampido de foguetes era sinal de festas, batizados, casamentos ou outras ocasiões festivas. Em Cocal City a conotação é outra.
Imagem: Arquivo do Blog.

Após o uso inicial a inovação chegou. Mais recentemente era sinônimo de dia de pagamento. POW. E lá estava o salário garantido.

Depois foi iniciada a época das inaugurações e reuniões. Servia qualquer reunião. De política a associações de moradores. Inaugurava-se a pintura de meio-fio e... POW.

Agora deu-se nova interpretação. Vandalismo. POW. Mais ou menos justificado, como no caso da derrubada da proteção em volta do que um dia foi o mercado público municipal. O que não justifica é o atraso e a visão míope e sofrível das administrações e derivados.

À época das campanhas todos são sabedores – ou deveriam ser – dos males do município. Se comprometem em mudar. São eleitos e nada mais fazem a não ser dar desculpas para a inércia.

Quanto mais a política local muda, mais é a mesma coisa. A perspectiva política atual é a melhor definição de “no mato sem cachorro”.

quinta-feira, 30 de julho de 2015

Hora de despertar

Imagem: daniswords.wordpress.com

Hora de despertar do conformismo que assenhorou-se de Esperantina. Sejamos a revolução que queremos.

Apesar dos pesares ainda consigo ficar pasmo ante o conformismo proclamado por muitos cidadãos, que na primeira oportunidade o expressam como forma de não incomodar ninguém ou mesmo para não ser tomados por rebeldes, preferindo assim a vida de gado, entregando-se à velha prática corriqueira do disse-me-disse nas esquinas e mesas de bar.

O conformismo em sua forma pura pode ser notado em diversos aspectos da vida local, como por exemplo, na falta d’água já histórica na zona rural durante o período seco. Muitos se limitam a dizer que "é assim mesmo desde que me entendo por gente" e fica por isso mesmo. No máximo reúnem a associação de moradores e mendigam ajuda, que por vezes chega nos quadriênios em que a vida dos cidadãos fica interessante a determinado grupo de pessoas - leia-se, eleições.

A falta de planejamento urbano é outro caso em que o conformismo faz vítimas, ao baixar a cabeça e se conformar com o que a natureza impõe, como se a intervenção do homem no meio não fosse capaz de mudar a paisagem ou pelo menos criar adaptações a ela, como no episódio dos embaraçantes alagamentos que ocorrem periodicamente em determinados bairros da cidade onde basta uma chuva mais forte para relembrar o muito que falta para melhorar. O conformismo reduz o homem à condição de simples passageiro pela vida e não de ser vivente e pensante como deveria.

Aceitar a tudo que há de malfeito apenas pelo fato de não querer se indispor com autoridades ou por servilismo é o maior e pior exemplo de conformismo, que relega ao ostracismo o porvir. Jamais se registrou na história do mundo exemplos de sucesso em locais infectados pelo conformismo. O sonho da grande Esperantina tropeça na falta de combatividade por melhorias e só favorece o toma lá, dá cá, conhecido na cidade fagueira desde sempre.

E tenho dito!

Índio não quer mais peixe.

Imagem: www.zazzle.com.br

E a cidade que já não tinha quase nada perdeu um pouquinho mais.

Alguns anos passados vieram com a promessa de reformar o mercado público e mais que rapidamente destruíram parcialmente o que era conhecido como mercado municipal.

Enquanto a 8ª maravilha do mundo moderno não ficava pronta, tiveram a ideia estupenda de transferir as atividades do antigo para um local improvisado à guisa de mercado, mesmo o local sendo improprio para tal e com custos consideráveis em um município em situação de emergência.

E os anos passam... e nada do mercado ficar pronto. De repente todos se perguntam porque o dinheiro que – diziam – estar garantido para concluir a obra não aparecia mais. De lado a lado ninguém sabia explicar nada. E o tempo passando.

Eis que agora o mercado dito provisório é incendiado e o que já era ruim ficou péssimo. Promessas já rolam como nunca e o resultado será como sempre. Mas nesse ínterim há espaço para muitas salvas de palmas pelo empenho em... em... em que mesmo? Em prometer?

E o recurso que foi destinado para aquela festa hídrica que ninguém bebeu cachaça, não teria sido melhor empregado se fosse direcionado à construção do mercado público? Alguém se importaria no final das contas com a ideologia do bom samaritano deste ou daquele lado, mas que concluísse a obra?


E agora, babão? Índio ainda quer peixe?

terça-feira, 14 de julho de 2015

O total descabimento de uma festa hídrica em meio a estiagem

Foto: Aldair Dantas/G1.globo.com

Foi publicado no Diário Oficial da União do dia 13 de março de 2015 uma portaria que decreta situação de emergência em 201 municípios do Piauí por conta da estiagem e como não poderia ser diferente, Esperantina está inclusa na lista. A portaria foi assinada pelo secretario nacional de Proteção e Defesa Civil e está em pleno vigor.

Agora veio a surpresa desta denominada festa do peixe. Imagino que, igualmente ao resto do mundo, por aqui os peixes sejam criados em reservatórios com água, esta mesma que o governo decretou estar em falta. Se falta água para a agricultura e em muitos lugares até mesmo para beber, porque cargas d’água há água suficiente para criatórios de peixes?

Bem melhor seria verificar de onde os piscicultores retiram a água para seus açudes. E o que dizer daqueles que fazem do combalido rio Longá seu criatório particular? Quantos pequenos riachos perderam vazão para que piscicultores pudessem ganhar dinheiro com seus criatórios? Vale incentivar os piscicultores em detrimento aos agricultores?

Festa do peixe? Bem melhor seria distribuir as cisternas para amenizar a situação das famílias que necessitam de água para sobreviver e não para criar peixes.

Festa do peixe? Melhor seria destinar verbas para asfaltar ruas, sinalizar, organizar o trânsito infernal.

Festa do peixe? Melhor seria livrar a cidade dos elefantes brancos presenteados à população, que custaram caro, se deterioram e com certeza consumirão mais recursos para finalmente serem entregues à população, a exemplo do mercado público.

E como já é de praxe por estas terras, ano que vem, quando da realização da II festa do peixe, esta já será “tradicional” e ninguém poderá mais reclamar da realização da mesma em período efervescente da campanha eleitoral. Bem melhor seria se os patrocinadores do evento dirigissem suas verbas para algo mais útil em tempos de emergência por estiagem.

A mensagem implícita é: esqueçam dos problemas, afinal, teremos uma festa do peixe. Iuhuuuu!!!!

E tenho dito!

segunda-feira, 22 de junho de 2015

A praça é nossa...

... e a conta também.
 
Imagem: Arquivo do Blog.
Muito se tem falado sobre a minúscula praça recém inaugurada. Cara pra alguns, normal para outros e um descalabro para outros mais.

Cômica a cena da inauguração em que a banda de música tomava meia praça e os aspones outro tanto dela. O resto era rua. Completou a cena pitoresca o desjejum esquálido e o acotovelamento por um lugar ao sol, leia-se, visível às lentes da – cof, cof – imprensa, ávida por destacar lideranças e descolar um quaquer.

Me vem à lembrança aquele programa humorístico e mentalmente me flagrei cantando:

...
   a mesma praça, o mesmo banco
   As mesmas flores e o mesmo jardim
                                                        ...

E pensar que ainda estamos em 2015.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Pão e circo

Com a chegada do mês de junho surgem mais dois velhos conhecidos por estas terras de ninguém: as famigeradas festas juninas e as repetitivas reclamações pela falta de incentivo à divulgação da cultura local.
Imagem: Arquivo do Blog.

Entusiastas reclamam que as administrações não incentivam a cultura. Discordo plenamente. Por aqui, como em nenhum outro lugar do mundo se fortalece a cada dia a cultura, sim caras-pálidas, mas a cultura da ignorância, da ilegalidade, da imoralidade, sob o olhar enternecido da sociedade.

Por onde quer que se ande é possível flagrar pessoas em atitudes de flagrante desrespeito às regras de convivência em sociedade, seja na fila do banco, na calçada do supermercado, nas ruas ou nas intervenções na internet, território livre para uma série de barbaridades em nome do politicamente correto.

A cada oportunidade dada para que se refaçam algumas das barbeiragens de forma mais correta, o que se vê é que a tendência é piorar. E novamente parte considerável destas mazelas provêm da massa emburrecida e acomodada, que assiste a TV e consome seus programas sem questionamentos, lê algo impresso mas não interpreta, acessa a internet mas se detém nas redes sociais e suas futricas débeis.


Reclamar para que, se a eles não faltam pão DAS e circo?

terça-feira, 9 de junho de 2015

A insuportável leniência do ser

Imagem: alanelealteste.wordpress.com

Causa espanto a incrível leniência da população de Cocal City com a falta de obras estruturantes e mesmo cumprimento das leis municipais, por mais insignificantes que sejam.

Onde quer que se ande é possível ver que a cidade carece de maior atenção das autoridades, em todos os sentidos. Pior que isso é constatar que a população se acostumou com tal imoralidade e, quando confrontados, ficam satisfeitos com a máxima: "mas daqui a 4 anos nóis tira e bota outro”. E assim segue a vida, sempre à espera do próximo messias salvador. Enquanto isso...

Continua andando por ruas com medo de cair nos buracos, do banho de lama e principalmente dos amalucados condutores de veículos que circulam livremente, sem que nada nem ninguém os incomode, nem mesmo o preço da gasolina.

Por aqui as ruas não são públicas, cada uma tem dono que as usa ao bel prazer. Quer parar no meio da rua? Pode. E pelo tempo que quiser. Quer interromper o trânsito pra falar com alguém? Pode. Subir na calçada e ficar por tempo indefinido? Pode. E ainda uma miríade de possibilidades nesta terra de ninguém. Isso tudo a olhos vistos.

E tenho dito!

segunda-feira, 4 de maio de 2015

O ocaso do 1º de maio

Imagem: Aquivo do Blog.

 Já não se fazem mais 1º de maio como antigamente. Semanas antes da data se podia perceber a movimentação pelos preparativos daquela que era a data símbolo da luta dos “oprimidos” pelos latifundiários, com ficou evidente por estas terras.

Se no passado as passeatas eram marcadas pelas animosidades e intensa quantidade de cartazes, hoje o que se vê é apenas um cortejo fúnebre entremeado por falas tímidas. Nem de longe lembra o fulgor das antigas passeatas, quando lá vinham aqueles senhores com a faixa “Fora FMI”, “Abaixo a opressão, mais arroz e mais feijão”, “queremos a reforma agrária já”, “abaixo a corrupção” e outras utopias. Hoje a corrupção não é mais bandeira de luta, vai ver, já acabou e junto com ela também se foram a famigerada bolsa de lona e o anel de tucum, símbolos de uma era em que era cool ser revoltadinho com o sistema-que-aí-está.

O feriado de agora, com suas comemorações são esquálida lembrança de dias mais revolucionários, que geravam tensão na cidade, por exemplo quando certa feita foi determinado que nas marchas os trabalhadores não conduzissem mais as ferramentas de trabalho, para evitar possíveis tragédias. Podia se ver no rosto das pessoas que elas eram realmente trabalhadoras e não personagens criados para abocanhar nacos do erário.

De lembrança daqueles áureos tempos, nos resta agora aquele painel pintado à revelia dos fiéis na igreja matriz. Sim, aquele painel grotesco – guernica dos cocais - pode significar tudo, menos a união dos povos, pregada pela igreja. Sim, o painel, que longe de unir, apenas serviu para segregar a sociedade entre bons (trabalhadores) e maus (patrões e latifundiários), baseados na mofética teologia da libertação, aquela, incentivada pelo frei que alternava religião com revolução quando lhe convinha.

E quanto aos trabalhadores? Os de outrora se foram, os que participam hoje do movimento aguardam o arrasta-pé e quem sabe, um espaçozinho na lista de amenidades governamentais. E tenho dito!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Atualidades

Imagem: www.pellegrino.com.br

Chega noticia em primeira mão e com exclusividade que brevemente acontecerá a inauguração de um telefone público (orelhão) na localidade Prá Lá de onde Judas perdeu as Botas. O evento contará com a presença de 15 autoridades, 800 aspones, incontáveis candidatos a que quer que seja se acotovelando para ver quem aparece mais e parte maioria da – cof, cof – imprensa local.

Antecedendo a pomposa inauguração haverá grande partida de futebol, com premiação de um litro de pinga manipulada pura da serra e um capão de granja. Logo mais a noite, acontecerá evento dançante e a organização pede que não levem armas, pois a banda toca “forroresta”*.

Segundo calendário ainda não oficial, mês que vem será igualmente inaugurado o Espaço Cultural Casa da Amargura, destinado às mais diversas manifestações tradicionais de bastidores do mundo real, vulgo fofocas.

* Aberração musical criada por estas terras para aterrorizar os viventes.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Em terra de audiência pública, escrever é supérfluo.

A situação de Cocal City, se não é das piores, também não está assim as mil maravilhas do discurso, basta um passeio pelas vias públicas. E nem precisa ser nos bairros mais afastados.

Excluindo-se os temas de sempre, outro que não recebe a mínima atenção é o meio ambiente. É como se o secretário municipal... ops, a cidade não conta com secretario de meio ambiente. Também pudera! Todos os últimos não lograram êxito em seus mandatos, seja por completa inapetência para o cargo ou pela falta de prestígio e principalmente de recursos que a pasta amarga. É literalmente uma pasta de papel. E olha que nem reciclado é!

Voltando ao tema, as áreas verdes somem da zona urbana com espantosa rapidez. Qualquer um que se preste a reformar um imóvel, primeiramente se dedica a derrubar alguma árvore que exista em frente ao imóvel e que possa atrapalhar a visão. E a secretaria de meio ambiente? Se empirulitou.

 Na zona rural a situação não é menos desoladora. Proprietários de glebas agora acompanham o modismo vigente e se tornam piscicultores, abrindo crateras a bel-prazer em suas terras, sem que para isso tenham ao menos uma mísera vistoria com vistas a licenciar a atividade. Por vezes, simplesmente as matas são derrubadas para “limpar o lote” e, como nas fotos abaixo, alterando para sempre o curso de um córrego temporário. E a secretaria de meio ambiente? Se empirulitou.
Imagem: Arquivo do blog.
Imagem: Arquivo do blog.
Pequenos córregos tem inesperadamente seus cursos interrompidos para que abasteçam os tanques marginais, sem que autoridade alguma dedique sequer uma olhadela no local e veja quais impactos ambientais tal atividade possa causar ao meio ambiente. Enquanto isso... E a secretaria de meio ambiente? Se empirulitou.

E tenho dito! 

quinta-feira, 16 de abril de 2015

À espera de dias melhores

  
Imagem: economistinha.com
Como nem só de audiências públicas sobrevive Cocal City, mas de toda asneira dita à imprensa, vamos em frente!
                    
Incrível como as coisas se encontram ao léu em Cocal City. Não é preciso andar muito para se ver desmandos. Aqui uma calçada que avança para a rua, ali uma barraca que toma espaço dos pedestres, acolá um veículo que avança na contramão. E assim caminha a humanidade, se não for atropelada antes.

Mais detalhadamente, incentivados pela total ausência de qualquer tipo de fiscalização, muitos proprietários de imóveis agora constroem rampas de acesso do meio-fio para a rua, quando deveria ser no sentido contrário, para não obstruir passagem de água nem atrapalhar o trânsito. De início apenas uns poucos se aventuraram na empreitada, mas agora a tendência é que isso aumente. Quanto às barracas, assiste-se a um lento, porém contínuo, processo de favelização da cidade que já não é um primor estético. Seja na principal praça da cidade, seja na avenida, virou oba-oba. Por último e nem por isso menos importante,  a zorra no trânsito continua a fazer vítimas: alguns ficam cegos para não ver nem agir, outros, menos sortudos, colecionam fraturas pelo corpo à espera de que um dia, quem sabe, em um futuro distante, alguém abandone os papéis e busque agir. Mas até lá...seguem deitados eternamente em rede esplêndida.

Ainda tem espaço por aqui aos borra-botas de plantão, aqueles que se irritam quando falamos ou escrevemos algo que desagrade às chefias.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Figurinhas repetidas

Imagem: balaioxperimental.blogspot.com

Passada a portentosa audiência pública que pautou sobre segurança pública em Cocal City, tudo voltou à doce normalidade: veículos em alta velocidade, ruas escuras, veículos nas calçadas, pedestres nas ruas.... e a sensação de que a culpa é das estrelas. O leque de temas abordados foi bastante amplo, de segurança pública a água, passando pelo trânsito e a final do BBB. Como diria Falcão: do peido à bomba atômica. Pelo menos não vieram com soluções milagrosas e propostas mirabolantes de milhões de reais em projetos de gaveta.

A reunião serviu minimamente para algo: de parte a parte foram ouvidas reclamações, justas e merecidas, algumas contundentes como soco no estômago. O mesmo não se pode dizer dos palavrórios de meia audiência. As palavras jorravam abundantes como a lama das ruas, mas diziam mais do mesmo, parecia que reinventariam a roda e a apresentariam como a inovação tecnológica da década!

Ao final de tudo, fiquei a pensar que a culpa pelo aguaceiro nas ruas é das chuvas e não da falta de iniciativa que caracteriza a cidade, sim, porque aqui água faz parte da segurança pública. Deve ser por isso que falaram tanta água e sobre água. Inclusive até pesquisa dentro do rio chegou a ser cogitada. Quase esquecia que ainda sobrou espaço pra um merchan básico de alguém querendo vender seu peixe. Intrigas palacianas apontam lobby, mas isso é outra novela.

Ao largo das discussões, nas entrelinhas, melhor dizendo, nas entrefalas se podia perceber que o ano que se avizinha eleições já faz emergir rusgas e mini conflitos de superegos. A única certeza pós-reunião é de que tudo ficará com antes no quartel de Abrantes.

E tenho dito!