sexta-feira, 31 de julho de 2009

Anarquia

"As pessoas vão à igreja pelos mesmos motivos que vão à taverna: para estupefazerem-se, para esquecerem-se de sua miséria, para imaginarem-se, de algum modo, livres e felizes"
Bakunin

"A democracia não é mais que um poder arbitrário constitucional que substituiu outro poder arbitrário constitucional "

Proudhon


"Tornando-nos anarquistas, declaramos guerra contra esta onda de inequidade que eles colocaram em nossos corações. Declaramos guerra contra seu modo de agir, contra seu modo de pensar. Nós não queremos ser mandados. E dizendo isso não declaramos, ao mesmo tempo, que não queremos mandar em ninguém."
Kropotikin

“É a marcha da história. É, portanto, inútil perder tempo a lamentar quanto aos caminhos que ela escolheu, pois estes são traçados por toda a evolução anterior”.
Mas a história é feita pelos homens. Tendo em vista que não queremos permanecer simples espectadores indiferentes à tragédia histórica, que queremos participar com todas as nossas forças das escolhas dos eventos que nos parecem mais favoráveis à nossa causa, é-nos preciso um critério que sirva de guia na apreciação dos fatos que se desenrolam, sobretudo para poder escolher o posto que devemos ocupar na batalha”.
Malatesta

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Mania de réplicas

Após um tempo fora do ar, recuperando o fôlego, retorno embasbacado com tantas novidades na cidade. Tristemente constato que aqui impera a mania das réplicas.

Fiquei sabendo que Esperantina terá réplica pífia do canal de suez; já possui (!!) tosca lindíssima réplica da cachoeira do urubu na base de imagem religiosa instalada à margem do rio longá (segundo propagado aos quatro ventos) e quase escolhida a 8ª maravilha do mundo moderno (até hoje não identifico tal miniatura da cachoeira, mas se disseram que aquele amontoado de pedras representaria a cachoeira... amém). Outras réplicas já possuimos naturalmente: o trânsito caótico do Egito; os falastrões chavistas; os contos da carochinha e outras tantas representações nos fazem sentir perfeitamente inseridos no processo de globalização.

Cada um tem o progresso que merece... ou não.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Nunca antes na história desta cidade...

Dia 2 de julho aconteceu reunião de várias autoridades na câmara municipal de Esperantina para a apresentação de projeto para construção de canal que supostamente servirá para evitar as (agora) contínuas enchentes do rio longá. Entre tantas, houve a fala do incensado, onde ele minimizou o trabalho dos ex-gestores, praxe do governismo e exalta – humildemente – as próprias, de contumaz defensor dos fracos e oprimidos.

A iniciativa tem lá seus méritos, porém, esqueceram de comunicar o evento a quem realmente interessa: a população. Estes só tomarão conhecimento do projeto na hora de pagar a conta.

Os presentes demonstram grande interesse em viabilizar o faraônico projeto, que custará a bagatela de 30 milhões de reais (inicialmente, pois sempre há aditamentos para cobrir “despesas extras”, aquelas conhecidas, que tanto nos atormentam e enriquecem escândalos, cada vez mais presentes).

Parece mais óbvio que a quantia e os esforços de todos deveria se voltar para a conclusão de obras já iniciadas, como o tal cais e a construção de galerias. Temo que, pelo fato de que estas são idéias de outros gestores, tais obras nunca sejam concluídas.

Na hora de construir, tudo são vantagens, depois vem a falta de manutenção e uma tragédia para o governo mostrar solidariedade. Acho que já vi isso em algum lugar...

Ante o espanto e encantamento demonstrado diante de tão vultosa quantia destinada ao projeto, os digníssimos nativos presentes cresceram os olhos e esqueceram a parte ambiental, que parece não ter sido levada em questão. Depois, quando o prejuízo à natureza foi irreversível, alguém lembrará desta data e lamentará não ter tomado das devidas precauções. Óbvio e esperado de uma classe que só enxerga o próprio umbigo.