domingo, 28 de fevereiro de 2016

Esperantina S/A – Parte 3

Imagem: Arquivo do Blog.

Nada que aqui exista é a versão acabada. Sempre pode ser piorada. E não é que privatizaram a esquina do hospital local?

Antes servindo de estacionamento, a necessidade de uns se transformou em oportunidade para outros. Timidamente no início, o pequeno ponto de venda de lanches, refeições e afins lentamente se firma no local, sem que viv’alma se apresente para coibir tal prática.

A área, próxima a hospital, não é propícia para tal atividade, mas alguém se faz de cego e surdo para não agir. O natimorto Código de Posturas da cidade continua solenemente ignorado pelas autoridades e população.

Com a ocupação do espaço, perdem-se vagas no já minúsculo estacionamento e o acúmulo de clientes gera ainda mais confusão no trânsito, visto que o cruzamento de ruas ali apresenta grande fluxo de veículos e grande parte maioria dos condutores não possui noções mínimas de direção, pelo menos civilizadamente. Mas a julgar pela ausência de reclamações nos meios oficiais e nos chamados canais populares como o rádio, a situação não incomoda. O silêncio impera sobre o tema.

Silêncio também é resposta, já ouvi dizer.


E tenho dito!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Vida moderna

Imagem: Arquivo do Blog.

Recentemente falecido, Umberto Eco dizia que “as redes sociais deram direito à palavra a legiões de imbecis que, antes, só falavam nos bares, após um copo de vinho e não causavam mal nenhum para a coletividade. É a invasão dos imbecis”. Uma passada rápida pelas redes sociais e pode-se confirmar as palavras do escritor italiano.

Enquanto o país vê suas divisas serem saqueadas por quem se propôs a desenvolvê-lo, nas redes sociais assistimos a debates acalorados sobre o destino de personagens de novelas, algumas até mesmo supostamente religiosas.

Outros passam anos supostamente acumulando conhecimento, chegando ao dito nível superior de aprendizagem e se resumem a comentar a qualquer assunto ou foto nas redes virtuais com os termos “top”, “linda/o”, “fofa/o”, mensagens supérfluas acerca de amizades e outras banalidades. Chegam a ser incensados por tais postagens, desfrutando de grande popularidade.

O país se vê próximo a uma epidemia de doenças transmitidas por um mísero mosquito e a massa vai ao delírio em discussões sobre quem deverá ser o próximo eliminado de um certo reality show. Iuhuuuu...


Mais próximo a nós, a cidade se afunda em lama, mato e desempenho sofrível no combate ao mosquito pop star e novamente as mídias se encarregam de repetir lutas ensandecidas entre defensores deste ou daquele suposto candidato a cargo eletivo nas eleições que se aproximam. Para isto vale tudo: fofocas, futricas e especulações que em nada contribuem para melhorar o cotidiano do cidadão comum, vulgo eleitor.