sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Tempos modernos

Imagem: Arquivo do Blog.

Foi-se o tempo em que os grandes problemas da humanidade eram debatidos nas salas de aula, botecos e esquinas. A moda agora é fazer tudo, tudo mesmo, pelas redes sociais.

O vizinho escuta suas músicas de gosto duvidável no maior volume? Posta uma reclamação que resolve!
Seu vereador não cumpriu a promessa que fez para te engabelar e ainda empregou a família, os vizinhos da esquerda, direita e o papagaio? Posta uma reclamação que resolve!
Ficou indignado porque não recebeu aquele aumento esperado? Posta uma reclamação que resolve!
Foi preterido na hora da contratação pra aquela baba de emprego que não precisa trabalhar? Posta uma reclamação que resolve!

E assim a vida passa. Viva o futuro! Viva a modernidade!

Ah, o fim do ano!

Depois de atribulações, peripécias e afins finalmente o ano finda. Sim, porque dezembro passa mais rápido que vontade de trabalhar.
Imagem: vivaascoisasdoamor.blogspot.com

Neste ano que ora finda, Cocal City viveu expectativas como nunca, frustrações como sempre.

De um ano que prometia nos vimos em um ano que nada se fazia. Por aqui quase tudo está igual como era antes, quase nada se modificou... Eu voltei!

O que mesmo teríamos a comemorar neste fim de ano, fora o fato de permanecer vivos? Este foi o incrível ano que poderia ser, mas não foi. E porque não foi? Porque não querem mudanças.

Com aquele ensaio de manifestos locais houve a oportunidade de renovar algumas atitudes e atos, mas não aconteceu a necessária adesão ao movimento, que nadou, nadou e morre na praia. Acostumamo-nos à mesmice, a tudo aceitar quietos, sem contestar tudo que vem à guisa de benefício.

Depois, próximo às eleições surge mais um messias, um grande timoneiro que nos promete o caminho para a prosperidade e novamente cerraremos fileiras para tentar mudar a situação que interiormente não queremos, por puro comodismo.

Ano que vem teremos eventos aos borbotões, visitas nos horários mais inoportunos e os tradicionais (estes sim) sorrisos e apertos de mãos, naquele ciclo que conhecemos desde os primeiros passos e que nos acompanharão até o último suspiro. Mas tudo bem, gostamos disso.


E tenho dito!