quarta-feira, 23 de maio de 2018

Ouvido não é pinico!

Imagem: https://falaibotirama.com


Na cidade inerte às leis as coisas permanecem como sempre. Agora sofrendo com a excessiva sonoridade dos veículos de propaganda volante. Aliás, tem vários que nem volante são mais, permanecem estacionados em frente aos comércios, em mais um desserviço à população.

E ficam todos a assistir as cenas dantescas. Qualquer pessoa, a qualquer tempo, se assim o quiser, entope o porta malas do veículo, o reboque do carro ou moto com possantes caixas de som e passa a se fazer de agência de publicidade, assim, sem nada que o incomode, sem licenças, sem permissões, como se diz - ao deus dará.

E isso acontece não é por falta de lei sobre o tema, visto que o município já conta com lei aprovada especificamente com finalidade de disciplinar essa zorra. Mas quem pode fazer algo permanece abobalhado, tentando agradar uns, visando um reconhecimento no sufrágio.

Diariamente e em horários mais absurdamente possíveis, somos bombardeados com propagandas volantes em volumes incompatíveis com o mundo civilizado. Se o veículo passa em todas as ruas, porque o volume tão alto? E se o condutor do veículo encontra um conhecido ou outro cliente, se dá ao direito de parar com o som ligado, sem maiores preocupações, pelo tempo que bem entender. Se vê até mesmo vários deles em fila, cada qual com seu trio elétrico particular a nos atormentar.

E quem será o encarregado de fazer cumprir o que manda a lei? Se a lei municipal é capenga, temos legislação estadual e federal sobre o tema, mas quem se importa? Aulas são paralisadas, reuniões interrompidas e órgãos públicos se veem frequentemente importunados com as propagandas volantes, mas ninguém se dá ao trabalho de denunciar isto, mas... denunciar pra quem? Sempre há um colega tentando na maciota encobrir reclamações dos “chegados”

E assim segue a humanidade. Em tempo: a qualidade das propagandas vai de lixo a esterco na maioria dos casos.


terça-feira, 8 de maio de 2018

Atentai bem!

Imagem: http://bemblogado.com.br/


Mais um acidente com vítima fatal nas vielas da cidade. Mais um pouco de sangue nas mãos de quem deveria agir para emprestar a imagem mínima de civilidade a esta urbe. E tudo que seria o esboço de reação se resume a discursos resignados de apalermados. Chega de conformismo e de embolsar nacos do erário, de olhar para o próprio umbigo!

Até quando brincarão de autoridade? Inadmissível uma cidade que aspira ser importante centro comercial e turístico e o trânsito louco ainda seja conduzido como nos primórdios da colonização. Já chega de brincar de regular o trânsito. Chega de placas; de blitz educativa; de faz-de-conta. A cada dia mais pessoas são atingidas pela negligência alheia. Ruas e cemitérios se enchem de cruzes e a reação esperada não surge. Ninguém quer carregar o fardo de cobrar habilitação e documentação dos condutores de veículos, para não ser taxado de impopular e fazer feio nas eleições. E isso há décadas!

Na cidade que faz concurso e nomeia um único agente de trânsito para figurar pelas ruas, sem apoio e sem meios de agir, a população vive amedrontada pela imbecilidade de alguns condutores de veículos, que se assenhoram das vias públicas e fazem destas suas pistas particulares: param ondem bem desejam; bloqueiam calçadas; trancam ruas; congestionam ainda mais o tráfego somente para bater papo sem abandonar os veículos; desenvolvem velocidades incompatíveis com as vias; matam e morrem como se vivessem na barbárie.

É chegada a hora de alguém tomar as rédeas da situação e agir. Chega de audiências públicas inócuas, de ofícios a esmo. Triste observar que a disputa do momento é para reconhecer quem arrecadou mais cestas básicas: o show inoportuno ou o campeonato oportunista. É hora de agir, mesmo que tardiamente!


E tenho dito!