segunda-feira, 22 de junho de 2015

A praça é nossa...

... e a conta também.
 
Imagem: Arquivo do Blog.
Muito se tem falado sobre a minúscula praça recém inaugurada. Cara pra alguns, normal para outros e um descalabro para outros mais.

Cômica a cena da inauguração em que a banda de música tomava meia praça e os aspones outro tanto dela. O resto era rua. Completou a cena pitoresca o desjejum esquálido e o acotovelamento por um lugar ao sol, leia-se, visível às lentes da – cof, cof – imprensa, ávida por destacar lideranças e descolar um quaquer.

Me vem à lembrança aquele programa humorístico e mentalmente me flagrei cantando:

...
   a mesma praça, o mesmo banco
   As mesmas flores e o mesmo jardim
                                                        ...

E pensar que ainda estamos em 2015.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Pão e circo

Com a chegada do mês de junho surgem mais dois velhos conhecidos por estas terras de ninguém: as famigeradas festas juninas e as repetitivas reclamações pela falta de incentivo à divulgação da cultura local.
Imagem: Arquivo do Blog.

Entusiastas reclamam que as administrações não incentivam a cultura. Discordo plenamente. Por aqui, como em nenhum outro lugar do mundo se fortalece a cada dia a cultura, sim caras-pálidas, mas a cultura da ignorância, da ilegalidade, da imoralidade, sob o olhar enternecido da sociedade.

Por onde quer que se ande é possível flagrar pessoas em atitudes de flagrante desrespeito às regras de convivência em sociedade, seja na fila do banco, na calçada do supermercado, nas ruas ou nas intervenções na internet, território livre para uma série de barbaridades em nome do politicamente correto.

A cada oportunidade dada para que se refaçam algumas das barbeiragens de forma mais correta, o que se vê é que a tendência é piorar. E novamente parte considerável destas mazelas provêm da massa emburrecida e acomodada, que assiste a TV e consome seus programas sem questionamentos, lê algo impresso mas não interpreta, acessa a internet mas se detém nas redes sociais e suas futricas débeis.


Reclamar para que, se a eles não faltam pão DAS e circo?

terça-feira, 9 de junho de 2015

A insuportável leniência do ser

Imagem: alanelealteste.wordpress.com

Causa espanto a incrível leniência da população de Cocal City com a falta de obras estruturantes e mesmo cumprimento das leis municipais, por mais insignificantes que sejam.

Onde quer que se ande é possível ver que a cidade carece de maior atenção das autoridades, em todos os sentidos. Pior que isso é constatar que a população se acostumou com tal imoralidade e, quando confrontados, ficam satisfeitos com a máxima: "mas daqui a 4 anos nóis tira e bota outro”. E assim segue a vida, sempre à espera do próximo messias salvador. Enquanto isso...

Continua andando por ruas com medo de cair nos buracos, do banho de lama e principalmente dos amalucados condutores de veículos que circulam livremente, sem que nada nem ninguém os incomode, nem mesmo o preço da gasolina.

Por aqui as ruas não são públicas, cada uma tem dono que as usa ao bel prazer. Quer parar no meio da rua? Pode. E pelo tempo que quiser. Quer interromper o trânsito pra falar com alguém? Pode. Subir na calçada e ficar por tempo indefinido? Pode. E ainda uma miríade de possibilidades nesta terra de ninguém. Isso tudo a olhos vistos.

E tenho dito!