terça-feira, 31 de maio de 2016

De letra morta a vedete como em um passe de mágica

Imagem: www.linkedin.com

Bons tempos em que uma eleição de sindicato era assunto apenas dos associados, dizem os habitantes daquela cidade tão... tão distante da realidade.

Apesar da tímida atuação nos interesses da maioria, o sindicato tornou-se objeto de interesses maiores e foi alçado à glória e fama, sendo questão de honra a eleição de determinado candidato. Mas e os interesses dos sócios não contam? O que se tem a comemorar?

Nunca me vi tentado a me associar ao tal sindicato, que apesar de ser intitulado como representante de funcionários públicos em geral, atua basicamente como defensor de uma classe só, a os professores. Aos demais sócios só restam as promessas de cada eleição, como a defesa de renovação do famigerado Plano de Cargos e Salários, que daria maior incentivo ao funcionalismo em geral e não apenas a uma classe.

Uma guerra de futricas se espalha nos bastidores, correntes ideológicas se engalfinham e os contendores se esforçam ao máximo para se sobressair, para o bem de todos, espera-se. Parafraseando conhecido personagem das páginas de escândalos nacionais: nunca antes na história desta cidade uma eleição sindical foi tão disputada.

E que venha a eleição.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Retratos do cotidiano

Dia desses presenciei uma cena deplorável. Mais uma. O onipresente veículo da defesa civil foi obrigado a retornar após ter ousado entrar numa via púb... – digo – privada. Isso mesmo. O veículo oficial teve que se render à autoridade particular.
 
Imagem: Arquivo do Blog. 02 de maio. 7:45 h.
Um cavalete impede a passagem de veículos em uma rua que passa em frente de determinada escola da rede privada no município. Em outra rua não menos importante, também há bloqueio parcial da via para maior conforto daqueles que mantém vínculos com a outra escola também particular. Quem delegou poderes para que eles bloqueassem as ruas ao bel prazer, ninguém sabe, ninguém viu.

No primeiro caso os veículos que se aventuram a entrar na rua particular devem retornar “pelo mesmo rastro”, pois em nos horários em que há entrada e saída de alunos da escola, lá estão os cavaletes a bloquear o acesso. Já na outra o episódio é menos pitoresco, embora não menos tragicômico.
 
Imagem: Arquivo do Blog. 3 de maio. 07:41 h
A pergunta que não quer calar: como pode isso acontecer em determinadas ruas da cidade, que pelo que consta nos registros oficiais, nunca foi concedida titularidade de uso/acesso restrito a particulares? O mais inusitado é que uma das ruas fica em frente à sede do poder executivo local e ninguém percebe isso. A outra rua dá acesso à primeira.


Enquanto isso, nas redes sociais, o debate político fofocas corre solto, cada lado defendendo seu lugar ao sol, alheios aos demais fatos em volta.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Cotidiano

Imagem: Arquivo do Blog.

Eles estão aqui, ali, na mesa ao lado, na sala ao lado, em toda parte. Os puxa-sacos florescem à sombra de quem tem poder, não importa quem seja, quais seus propósitos.

Analisando as ocorrências políticas e os fatos históricos, pode-se chegar efetivamente a triste conclusão de que este mal está vencendo os espaços para a valorização de servidores. O respeito com o cidadão simples, perde para aqueles inescrupulosos que por pressão ou através da fofoca acabam mesmo assumindo posições. No campo político administrativo parece até que quanto mais safadeza tiver no currículo, mais chance tem de galgar altos cargos e salários.

Funcionários são colocados em posições marginais por conta da fofoca ou da falta de escrúpulo de um puxa-saco ou de vários, como é a tendência.

O puxa-saco tem uma forma peculiar de se adaptar ao ambiente em que vive. Passam mandatos, mudam “os chefes” e eles permanecem lá, encastelados em suas portentosas funções, desfilando com seus bólidos, como a esfregar na cara dos cidadãos o resultado de suas bajulações à guisa de troféu.

Não justifica, mas dá para entender o porquê de seu exagerado apego às personalidades que bajulam. Precisam delas para se manter à tona, um lugar ao sol, mesmo que disputado a cotoveladas em cerimônias, fotos, jogos e “encontros de amigos”.