quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Previsões previsíveis 2016


De volta após retiro para meditação, as previsões previsíveis para o ano de 2016:

  • Muitos amigos vão te procurar para relembrar os velhos tempos de amizade, afinal, teremos eleições;
  • Muitas inaugurações com a presença maciça de autoridades que renovarão seus compromissos com a cidade e seu povo;
  • Os aspones desempenharão como nunca seus papeis em busca de manter seus privilégios;
  • A – cof, cof – combativa imprensa local brilhará em mais um ano. Nas folhas de pagamento;
  • O Plano de Cargos, Carreiras e Salários sairá do papel... para os discursos;
  • A avenida principal da cidade alagará;
  • A ajuda salvadora do estado salvará a lavoura;
  • O estádio municipal finalmente será construído, digitalmente;
  • O trânsito continuará desgovernado como...;
  • O carro do lixo continuará a passar sem aviso sonoro;
  • Os festejos locais terão as "atrativas novidades" de sempre.

Ano novo!


Ia desejar um feliz ano novo com muita luz, mas lembrei que a conta já está muito alta. Também não adianta pedir um ano com muita paz, pois todos os anos isso é pedido e a violência só aumenta. Aquela parte da música que pede “...muito dinheiro no bolso...” só dá certo para quem está envolvido em armações políticas.

Então não há o que pedir, pois não há quem atenda. A saída é esforço próprio, sem esperar muito do ano que está pra chegar, pois, para quem não lembra será ano eleitoral, ano de muita promessa idiota, que só acredita quem quer.

Este será o ano dos “amigos do peito”, aqueles que vemos e conversamos a cada período eleitoral. Este será o ano em que todas as mazelas serão resolvidas, que os projetos sairão das gavetas para alegria e gáudio da plebe.



Se o ano que finda foi de dificuldades, relaxe. O ano que se aproxima também não será de sua fortuna, não me pergunte de que forma, mas tudo será como antes.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Então é natal...

Não. Não vou transcrever aqui aquela música chatérrima sempre presente aos finais de ano. Já basta ouvi-la ininterruptamente desde novembro no comércio local. Nem vou me ater ao ridículo de pessoas com chapéus de papai noel nestes esturricantes 40º nossos de cada dia.
Imagem Cedida.
Seguindo no post... é chegada a hora de retirar aqueles pisca-piscas comprados nos camelôs, aqueles penduricalhos que já tem mais tempo de uso que discurso de pré-candidato, hora de reaproveitar as bugigangas de outros anos pra aguardar e celebrar a data encantada.

Hora de se dizer encantando com a magia do natal, do espírito natalino, de lembrar do sofrimentos alheio e continuar sem fazer nada e outras bobagens. De gastar o que não tem pra agradar os outros e ficar endividado mais alguns meses...
 
Imagem: Arquivo do Blog.

Mudando de foco, a cidade está linda para o natal. A estupenda decoração natalina arrepia a qualquer um que a veja, toca até mesmo os corações dos cegos que não querem ver a belezura que está a cidade. Tantas luzes nos pontos decorados e... e... no entanto, tantas ruas com pontos de escuridão nos fazem lembrar que a cidade é muito mais que um período festivo.

Para complementar a esfuziante decoração a caráter, só falta mesmo a neve, que não duvido já haver sido licitada, quer dizer, ter sido dispensada a licitação como de praxe, faltando apenas últimos retoques para que na noite da festa o céu se encha de neve e que o espírito natalino abra os corações miseráveis de quem não faz o mínimo necessário para desenvolver seus trabalhos.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Enquanto isso em uma terra muito, muito distante...

Imagem: www.acaoturilandia.com.br

Nestas terras de ninguém pode-se verificar que os negócios de família se modernizaram e avançam com voracidade em outras áreas nem tão familiares assim.

Por gerações o que se vê é a alternância de famílias no poder, com uma espécie de reedição dos "bem nascidos" gregos, aqueles que já nascem com privilégios. Sabe aquele emprego que paga bem e que todos querem? Esqueçam, está reservado para os descendentes de algum político profissional. Já ouvi relatos assim: - estudei com aquele ali. Não “queria nada" na escola, mas hoje tem um emprego melhor que o meu.

Aqui e ali se vê que os cargos políticos eletivos se transformaram em profissão, um negócio rentável que sustenta famílias a gerações. E o negócio é tão bom que já não basta o patriarca ser político. Agora é praxe que esposa, filhos, noras, genros e quantos outros mais parentes também participem do poder, tirem uma lasquinha dele, nem sempre com pensamentos republicanos, arrotando arrogância.

É digno de estudo da ciência estudar o DNA dos chefetes políticos, identificá-los e saber realmente se as “habilidades” políticas são transmitidas por parentesco e afinidades para a descendência. Seria um adendo à teoria de Charles Darwin.

Sequer a abertura da política à população em geral, sequer a criação de dezenas de pequenos partidos conseguiu afastar a política das moléculas familiares. Coincidente e ainda estranhamente (ou não) o atraso no desenvolvimento dos rincões pode ser mais intensamente notado nestes locais onde a política é caso de família. E ainda tem os inocentes que não entendem porque para a maioria da população só aparece curso de secretária, atendente, eletricista, mecânico e outros.

E tenho dito!