quinta-feira, 16 de maio de 2019

Sorriso Amarelo

Imagem: Reprodução.


Após décadas em decadência, o pessoal responsável pelas ações no trânsito continua a defender as prosaicas blitzen educativas, malfadadas e natimortas reações no combate às imperícias no trânsito local. O mês e o sorriso podem até ser amarelos, mas as consequências têm coloração vermelho sangue.

Já sucumbiu na poeira do esquecimento a primeira campanha educativa para melhorar o trânsito da cidade, nos idos de mil novecentos e canecos de sola. Tal qual agora, ao iniciar uma campanha deste gênero era uma alegria só: o trânsito finalmente seria melhorado, educando as crianças para que estas cobrassem dos pais, entre outras máximas do pensamento de então. Hoje essas crianças são pais e fazem ainda pior ao volante.

Então, depois do fracasso das blitzen do mês passado, vitimadas pelas redes sociais e meio mundo de ignorância, a bola da vez será essa de campanha educativa, pela enésima vez. Se esta é a contribuição das ditas entidades civis para a resolução do problema, sinto muito, mas estamos a anos-luz da bonança.

Já chega de atrapalhar ainda mais o trânsito distribuindo papeis impressos com dicas humanitárias e salvacionistas. Além de poses e material para a imprensa, a ação de hoje de nada servirá para remover os cones de frente dos comércios, que se apoderaram das vias; não será com tapinhas nas costas que os condutores de veículos passarão a respeitas as regras, tampouco serão efetivas as leis municipalizadas enquanto o coitadismo permanecer como preponderante nas relações das autoridades com os condutores vítimas do cruel capitalismo, que os obriga a comprar veículos, mas não a mantê-los regularizados e devidamente habilitados.

E tenho dito!

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Nem só de pão vive o homem, mas de qualquer honraria que receba

Imagem: www.ocontornodasombra.blogspot.com

Tal qual no Brasil imperial, quando os mandatários, a exemplo de D. João VI, distribuíam títulos de nobreza a esmo para conseguir apoio, hoje 90% das honrarias concedidas em Cocal City são inoportunas, impróprias e insípidas. Servem apenas para afagar o ego dos homenageados. E quem sabe, uma força mais à frente.

A pessoa é agraciada apenas por cumprir seu dever, seja em qualquer área de atuação. O que há de espetacular no bom desempenho de uma função, a ponto de ser distinguido dos demais? O caso do pároco - entre outros tantos - é emblemático. O que fez além do óbvio para merecer tal honraria? Fundou ong’s, distribuiu renda, caminhou sobre as águas, visitou enfermos ou só participou do ato que retirou recursos da Amare?

Os maiores absurdos já foram e continuam sendo cometidos na concessão de títulos de cidadania. O simples fato de ter “bons” contatos políticos já habilita alguém a se tornar cidadão local? Distribuem-se títulos como se fossem prosaicos “bom dia”.

E tenho dito!