sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Tu quoque, Brute, fili mi?


Imagem: http://www.radiopiratininga.com.br.

A frase-título "Até tu, Brutus, filho meu" dizem, teria sido proferida por Júlio César ao ser apunhalado até a morte pelos "colegas" senadores romanos, que temiam ser o dito o autor da desgraça de Roma. Na verdade a frase original é um pouco diferente, mas fiquemos com aquela que passou para a História como sinônimo da traição de confiança.

Como já dito dezenas de outras vezes, a História é cíclica, onde acontecimentos do passado volta e meia se repetem, como no atual momento da polititica local, quando novamente nos chama a atenção o jogo de poder e o modo de operar do atores em cena. Ideologias à parte, o que entra em cena é o poder pelo poder, um jogo de conveniências em que a maioria da população não é convidada a participar.

Tal qual na Roma antiga, aqui se pôs em prática a desconfiança mútua, o temor da punhalada nas costas de onde menos se espera. E ela aconteceu por meio de divulgação pela imprensa de vídeo comprometedor envolvendo lideranças locais, em situação onde a confiança era a regra e o comportamento foi a exceção. Os aliados outrora, agora são dissidentes. Às favas as promessas de campanha. Que rufem os tambores!

A pergunta que deve ecoar pelos corredores do poder é: porque? Agora isso pouco importa. O desenrolar dos fatos, este sim, nos interessa. De todo modo, agora se tem um pouco de conhecimento sobre o que ocorre nos labirintos do poder e o porque de tantos esforços para alcançá-lo, se constatada a veracidade das provas apresentadas.

Que não se enganem os plebeus. Há muito mais em jogo que o simples exercício de cidadania, de dever cumprido em tentar fazer o bem. o bom samaritanismo não está em voga. O iceberg apenas deixou visível sua porção mínima.


E tenho dito!

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Cultura às traças


Pouco se tem notícia de destruição de bibliotecas, desde que a mais conhecida de todas, a grande biblioteca de Alexandria teve seu fim, supostamente de forma acidental em 48 a.C.

Afora eventuais queimas de livros por conta de disputas por fiéis e pelo poder em curtos períodos da história recente da humanidade, pouco se ouviu falar de outras bibliotecas destruídas, mas para garantir um lugar ao sol, a única biblioteca de Cocal City foi fechada para reforma em meados do ano de 2011 e até a presente data o material não chegou para tal obra. Devem ter encomendado sobras de material histórico dos destroços de Alexandria, com a devida dispensa de licitação, claro.

As fotos abaixo dispensam legendas. Se os tais recursos não chegam, poderiam pelo menos fazer a poda de árvores e limpeza do local. Ou precisa de licitação para isso também?

Foto 1: Arquivo particular.

Foto 2: Arquivo particular.
Foto 3: Arquivo particular.

Fonte de informação para estudantes e demais pessoas, a biblioteca funcionava precariamente, mas tinha um acervo considerável, principalmente de obras de escritores locais. Atualmente o acervo se deteriora, abandonado às traças em um canto qualquer, sem maiores cuidados e à espera de alguém compromissado com educação e cultura, que tenha apoio – caneta, no popular - para realizar os atos necessários para o pronto restabelecimento daquele pequeno ponto de cultura.

Enquanto se acirra a disputa por espaço político nos meios virtuais, importantes obras ficam paralisadas, muito fica por fazer, deixando a desejar.

(...) E a cidade,
que tem braços abertos num cartão postal
com os punhos fechados na vida real (...)


E este é o cenário da cidade esta que aspira a se tornar referência turística no estado, mas não tem competência para resguardar do descaso seu próprio patrimônio. E depois tem os que não entendem o surgimento do fenômeno dos paredões de som. Onde a cultura não tem valor, a falta dela se impõe.

E tenho dito!