segunda-feira, 26 de novembro de 2018

E o processo de favelização da cidade continua a pleno vapor

Imagem: Arquivo do Blog.


Uma rápida vistoria pelas ruas da cidade se pode constatar que caminhamos a passos largos para a desorganização urbana, aquela mesma vista nas grandes cidades, a diferença somente que aqui ela é generalizada.

A avenida principal da cidade recebeu casebres em seu canteiro central para, supostamente, abrigar pontos de venda de artesanatos e prestação de serviços diversos, mas na verdade todos se renderam ao comércio de bebidas, chegando ao cúmulo de atrapalhar os deslocamentos dos transeuntes, prejudicados pelas mesas e cadeiras dispostas ao bel prazer, ao longo da avenida e, achando pouco o descalabro, muitas ampliaram a área útil utilizando coberturas em metal, em mais uma tentativa bem sucedida de quebrar o restante da estética urbana local. Tudo isso sob as vistas grossas de quem deveria justamente fiscalizar e evitar tais aberrações.

Não bastasse isso, a cidade a cada dia perde mais espaços verdes, visto que entre as primeiras providencias de novos proprietários de imóveis está a retirada das poucas arvores existentes. A própria avenida mais uma vez é exemplo disso. Em toda a extensão se percebe que a ausência de árvores e, por conseguinte, de sombras, prejudica o bem-estar da população, ao privar o cenário das copas de árvores, que poderiam quebrar a feiura de nossas vias e torna-las um pouco menos esturricantes.

Mas a preocupação de plebe é voltada apenas para o imediatismo do asfalto novo, das festas ludibriantes e ao disse-me-disse das esquinas, vez por outra permeada por um relance de senso de bem-estar comum.