quinta-feira, 26 de julho de 2018

A festa que é um kinder ovo!

Imagem: http://conexaoplaneta.com.br/

Criada para livrar os cidadãos do fogo do inferno representado pela festa profana da semana santa e que lembrava a herança política de um ex-gestor, foi relançada bem ao gosto local, uma nova festa-símbolo do município, que cumpre a dupla intenção de não desagradar o tradicional segmento religioso prejudicado pela festa agora extinta, por sua vez a nova festa também agrada outro segmento religioso, tendo um dia dedicado à purificação pelas gritarias músicas religiosas, seja lá o que isso signifique em temos práticos.

Durante 4 dias a população será levada a esquecer das mazelas locais, sendo então brindada com obras, segurança e alegria impares! Hora de esquecer o estádio abandonado, a escuridão em bairros remotos, o salário irregular, a violência que teima em surgir aqui e acolá... enfim, dias de glória! Muitas autoridades presentes, em busca do contato precioso com os populares.

Na contramão de tudo, aquela que seria a finalidade da festa - promover determinado setor da produção local, conhecido por poluir as águas do rio e desviar o uso da água de consumo humano para geração de renda a uns poucos – fica a desejar, pois até a presente data nunca vi resultados práticos derivados de tal festa. As anunciadas rodadas de negócios para geração de renda aos munícipes ficam em segundo plano. Nunca foi publicado – e se o foi, não foi dada a devida publicidade – quais ganhos o município teria em geral com a atividade piscicultora. Se o pão não é satisfatório, o mesmo não se pode dizer do circo das atrações musicais, estas sim, bem ao gosto para distrair.

E tenho dito!

PS: Sim, tal qual a guloseima, também esta festa tem uma surpresa embutida!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

E ele não poderia faltar. Não agora.

Imagem: Arquivo do Blog.


Olha quem está de volta: o prosaico meio-fio pomposamente pincelado de branco. Estrela em obras chamativas e nas ocasiões em que se pretende passar a impressão de limpeza e organização, o artifício é empregado desde sempre nos rincões desta pátria amada Brasil-sil-sil.

A imagem é nova, a prática, tão antiga quanto a posição de ca... todos sabem. Quando não há outro atrativo qualquer a ser mostrado, eis que ressurge das cinzas do esquecimento a velha mão de cal nos meios-fios da cidade. Desculpem a areia próxima, não deu pra esconder. Gostaria que esta fosse, na verdade, a pá de cal nesta prática, mas ela ainda tem vida longa, dada a praticidade na utilização nas mais diversas ocasiões.

Só faltou pintar os troncos das árvores! E assim segue a humanidade, para o deleite de uns poucos.

E tenho dito!

domingo, 22 de julho de 2018

Sombra e água fresca

Imagem: Arquivo do Blog.


Novamente às vésperas de eleições e os problemas de sempre teimam em persistir. Mas o que esperar de uma população que a tudo vê, mas não reage? As coisas mais estúpidas são feitas às escâncaras e o máximo que se consegue de reação são os famigerados comentários em redes sociais.

E o pomposo quarto poder, o que faz? Se amesquinha em troca de migalhas e um cargo obscuro qualquer, foge de escândalos e aguarda nas sombras da lassidão o dia do pagamento.

A todo momento somos atormentados por problemas ocasionados pela falta de empenho em acompanhar os atos políticos locais. De que adianta o tribunal de contas promover seminários com os nativos na intenção de ajudar a população a acompanhar os atos públicos se isso não se reflete em ações? A maioria dos que lá comparecem são universitários, dispostos a pegar o certificado do evento para contar pontos em suas disciplinas. Quantos se debruçam sobre os balancetes mensais postos à disposição da população? A não ser uns poucos que se acham prejudicados em seus salários e buscam saber quanto aqueles Aspones recebem para nada fazer, ninguém mais fiscaliza nada. Nem aqueles que por dever de ofício o deveriam.

Toda vez que um acidente acontece nas ruas da cidade, ali está o resultado da apatia que abate a população ao não se interessar pela correta destinação dos recursos em suas devidas áreas. Deste total desprezo pela vida pública, resta-nos a falta de iluminação pública decente, os péssimos serviços de coleta de lixo, as obras mal executadas nos mais diversos locais e uma miríade de outras ocorrências que seriam amenizadas, caso o interesse fosse mais que fofocar nas mídias sociais.