quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Sobre o cotidiano


 
Imagem ilustrativa. Fonte: http://qcveiculos.com.br/
Após observação de cenas dantescas neste período chuvoso, gostaria de convidar as autoridades municipais, aquelas eleitas, a um passeio pela avenida-rio, numa tarde qualquer, 1 hora após uma chuva. Será um passeio a pé, pelas calçadas laterais. Uma diversão só!

O turismo aquático começaria no pátio do detran e seguiria até o posto de gasolina em frente a rodoviária, quando seria feito o retorno pelo canteiro central. Sim. Um lindo e estimulante passeio a pé, que coisa mais saudável!

Ninguém faria o trecho em veículos, nem mesmo os aspones de plantão. O tour serviria para que as autoridades sentissem na prática o que é ter que caminhar alguns metros, meio ou todo um quarteirão desviando para não ter os pés molhados na lama fétida e oleosa, resultante de várias misturas de dejetos despejados livremente nas vias públicas pelos comércios e residências. Também seria a oportunidade para correr feito velocista para escapar dos “banhos” proporcionados por condutores de veículos automotores, que aceleram ao ver pedestres próximos ao aguaceiro.

Somente assim ao término do passeio os digníssimos teriam noção da falta que faz a implantação de sistema de esgotos ao longo da principal avenida da cidade; conheceriam os transtornos por que passam os transeuntes no dia-a-dia. Seria de muito maior valia que passar quatro anos apenas em virtude de planejar uma festa anual, que celebra a atividade piscicultora.

E tenho dito!

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Retalhos do cotidiano

Imagem: Arquivo do Blog.


Eis que chega o final de semana, depois de uma semana de trabalho, hora de planejar, executar pequenas tarefas deixadas para depois ou simplesmente, descansar.

A vida segue rotineiramente, ou seguia, até que um empresário “de visão” resolve estabelecer seu ponto comercial nas proximidades. Seria apenas mais um entre dezenas, não fosse a peculiaridade de que o dito estenda o serviço até o domingo e, não satisfeito, contrata um, digamos, publicitário, para narrar em alto e bom som, durante toda a manhã de domingo em horários que variam de 6:30 ou 7:00 até as 12:00 horas, as ofertas do dia.

E tome propaganda, e tome falar com os transeuntes como se estivesse em casa. O tempo passa, mas a agonia permanece. Os clientes compareçam ou não, lá está aos domingos o comercio aberto e importunando a vizinhança, sem que ninguém reclame. Talvez não se saiba a quem reclamar, se a uma discreta e semioculta secretaria de papel ou à atarefada segurança pública.

O fato é que os antes bucólicos finais de semana se tornaram uma aporrinhação aos ouvidos. Se durante a semana não há locutor de hortifrutas a ofertar seus dotes, este dá o ar da graça no domingo, dia reservado especialmente ao descanso e lazer, hoje postergado às calendas gregas.