quinta-feira, 28 de julho de 2016

A política da miséria

Imagem: Arquivo do Blog.

É aquela que se satisfaz em dar aos poucos o que almeja a plebe, sempre ávida em elevar a moral da chefia sem nada contestar. Dar milho aos pombos. A ideia é que se “todas” as benesses forem concedidas rapidamente, a população esquece rápido e então... tchau projeto de poder.

“Quando fizer o bem, faça-o aos poucos. Quando for praticar o mal, é fazê-lo de uma vez só.” Ensinava Maquiavel.

Os inebriados pelo poder se enchem de orgulho alheio para alardear aos quatro cantos da cidade os feitios de quem melhor lhes convém. Malandramente ocultam o inegável fato de que, quando se ocupa cargo eletivo de qualquer natureza se deve cumprir obrigações, não fazendo favor algum se porventura cumprir qualquer delas. E coitados daqueles que se resignam em assimilar tudo o que leem nas redes sociais.


Fato interessante é que a História é cíclica: sempre avança e retorna ao mesmo ponto, fatos de hoje já aconteceram no passado, repetidamente, em períodos esparsos. Geralmente “a grande obra” ou o conjunto delas ocorre em períodos de grande concentração de pessoas, para dar maior visibilidade aos feitos, cantados em versa e prosa pelo séquito de puxa-sacos servis plantonistas. Levada desta forma, a vida citadina se torna vagarosa e cheias de ápices e declives ao sabor das boas vontades e anseios de uma minoria que sempre dá um jeito de colher os frutos das “boas ações”, perpetuando-se no poder ou almejando isso apenas.