segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Três chances

Imagem: linguarudoembatalhapi.blogspot.com

Incrível como as coisas acontecem – ou deixem de acontecer - em Cocal City sem que a patuleia nem ninguém se dê conta disso. Por estas e outras, a edilidade realizou dia 21 deste mês 3 sessões em uma única noite e a imprensa local não dedicou sequer uma nota de rodapé a este fato. Talvez no contracheque seja rabiscado algo, meio apagado, para não chamar a atenção.

Em um município onde as coisas vão de mal a pior, com leis prosaicas e em desuso, com falta de apoio à iniciativa privada, desleixo na preparação e cumprimento basilar de leis seria a última coisa a ser desejada, mas não é o que se vê.

Três sessões em uma noite e no entanto, o trânsito faz mais vítimas a cada final de semana, sem que nada mais seja feito que pedir a construção de quebra-molas e as defectíveis juras de “luto eterno” nas redes sociais.

3 sessões em uma noite e por falta de disposição, o município padece pela falta de água por completa ausência de projetos que amenizem a situação. O rio perde vazão a cada ano, vitimado pela ganancia de criadores de peixes, sem que algo de mais significativo seja feito a não ser apreciar a belezura que é uma rede cheia de peixes e o bolso cheio de cédulas. A solução cairá do céu, literalmente.

3 sessões em uma noite e o lixo ainda é atirado ao chão pelos porcalhões, que dizem fazê-lo por falta de lixeiras em locais estratégicos;

3 sessões em uma noite e nada de plano de cargos, carreiras e salários ao funcionalismo, porque há coisas mais importantes a fazer, como conceder títulos de cidadania aos amigos;

3 sessões em uma noite e nem uma palavra sobre a extensão da cobrança de IPTU a todos os habitantes da zona urbana como forma de gerar mais receitas para o município e desta forma, mais uma vez, alguns poucos pagarão por muitos, por falta de atualização nos cadastros.

3 sessões em uma noite e... nada de novo.

E tenho dito!

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Banalidades do dia a dia

Imagem: gestao-motivacional.blogspot.com

Hoje precisei de uma receita especial, daquelas pra comprar remédios controlados. Seguindo orientações, fui encaminhado ao posto de saúde da área para conseguir a tal receita. Sol escaldante de início da tarde, ventilador espalhando ácaros, enfim, tudo normal.
Cheguei ao local, preenchi ficha, embora lá já existam dezenas já preenchidas, visto que necessito passar por lá todos os meses. Daí resolvi esperar sentado, já consciente de que isso demora mesmo.
Passada uma hora mais ou menos, fui informado de que eu e outros infelizes que também aguardavam as receitas que, por ser “dia das gestantes” o atendimento seria mais demorado. Como assim dia das gestantes? Nunca vi no calendário isso. Mas daí soube que há um dia - ou mais sei lá, dedicado ao atendimento de gestantes e que por infelicidade hoje era um deles.
E por causa desse dia dedicado a elas, passei 2 (duas) horas aguardando um atendimento simplesmente para renovar os medicamentos em uma receita azul. Também fui informado de que nenhum funcionário nos faria a caridade de levar a receita diretamente ao médico, coisa de 3 minutos, porque não poderiam passar à frente das gestantes que aguardavam e são prioridade. Beleza, ok. Sempre existem prioridades e elas devem ser respeitadas. Mas e quem me aguarda para tomar os medicamentos também não poderia ser prioridade?
E porque cargas d'água não fica exposto no local uma simples tabela com horários de atendimento e os tais "dias dedicados" a grupos? A situação me fez lembrar de uma postagem no whatsapp, mostrando horários e preços em um puteiro ambiente de entretenimento masculino. Até lá se vê um mínimo de organização, de gestão preocupada com o bom funcionamento. Mais uma vez aqui se percebe a falta de tato, a visão míope e insatisfatória no trato com a população. Salve-se quem puder.
E tenho dito!


segunda-feira, 24 de agosto de 2015

E tome foguete.

Ficou na história a época em que ao se ouvir o estampido de foguetes era sinal de festas, batizados, casamentos ou outras ocasiões festivas. Em Cocal City a conotação é outra.
Imagem: Arquivo do Blog.

Após o uso inicial a inovação chegou. Mais recentemente era sinônimo de dia de pagamento. POW. E lá estava o salário garantido.

Depois foi iniciada a época das inaugurações e reuniões. Servia qualquer reunião. De política a associações de moradores. Inaugurava-se a pintura de meio-fio e... POW.

Agora deu-se nova interpretação. Vandalismo. POW. Mais ou menos justificado, como no caso da derrubada da proteção em volta do que um dia foi o mercado público municipal. O que não justifica é o atraso e a visão míope e sofrível das administrações e derivados.

À época das campanhas todos são sabedores – ou deveriam ser – dos males do município. Se comprometem em mudar. São eleitos e nada mais fazem a não ser dar desculpas para a inércia.

Quanto mais a política local muda, mais é a mesma coisa. A perspectiva política atual é a melhor definição de “no mato sem cachorro”.