domingo, 3 de julho de 2011

O Toque de Midas do erário


Cada lugar tem suas especificidades e tem o que merece. Pelo que li em divulgadores de notícias e comentários sobre o tema, a cultura de Esperantina se resume em duas quadrilhas juninas. Impressionante. Ninguém deveria morrer sem tomar conhecimento disso.

Muito se discutiu, com repercussões nos mais variados meios, o fato de que em 2011 não aconteceram os festivais juninos patrocinados pelo erário nesta cidade. Mas o que realmente chama a atenção é o fato de que o céu quase veio abaixo somente porque não foi liberada verba para que duas quadrilhas (juninas, claro) se esbaldassem, como dignas representantes da nata da cultura nativa. Os outros grupos folclóricos não devem ter suportado essa situação de abandono dos cofres públicos e pereceram. Ou não.

Conjecturas próprias, mas ainda acredito que as atividades culturais devem entreter a população, sendo importantes meios de contar a história de uma região, atuando na divulgação e preservação de valores imateriais, mas sem pendores comerciais. Não há que se converter uma atividade de entretenimento em fator de concorrência mercantil.

Por aqui o bumba-meu-boi, danças de roda e assemelhados forma esquecidos ou atropelados na corrida do ouro? A criatividade e espontaneidade que encantava visitantes sucumbiu ante o vil metal?

Um comentário:

  1. Dinheiro público investido em entretenimento é mais uma forma de desvio. Os empresários é que devem promover festas, a prefeitura tem que manter a cidade limpa, fazer calçamentos, saneamento básico, iluminação pública, ensino básico (que inclui a merenda escolar, uma forma fácil de roubar....) e por aí vai.

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Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!