quarta-feira, 7 de abril de 2010

Uma idéia na cabeça e uma mão no bolso (do cidadão)

                                                    Imagem: http://marcus-mayer.com/



Hoje acompanhei atônito no noticiário que a secretaria estadual da fazenda (Piauí) vai tributar as mercadorias compradas na internet, com taxas que podem chegar a 10% sobre o seu valor para que, ao chegarem ao Piauí, deixem recursos nos cofres locais, e não apenas no estado de onde saem, como acontece hoje.

Segundo a dita secretaria, o estado é prejudicado neste tipo de transação comercial (e-commerce), pois o precioso ICMS é cobrado apenas no estado de origem, ou seja, de onde são vendidos os produtos e o estado do Piauí fica a ver navios.

Varias entidades ligadas ao comércio no estado se queixaram pressionaram na secretaria, alegando concorrência desleal, pois afirmam que em outros estados o ICMS é mais suave.

A nova investida aos bolsos do contribuinte terá por finalidade proteger o empresariado comércio local, grande sonegador pagador de impostos, gerador de empregos, blá, blá, blá...

A alternativa de aumentar a carga tributária pareceu a solução mais rápida e prática. Os empresários locais deveriam aproveitar o poder de barganha com o governo para exigir – sim, eles podem – a diminuição da onerosa carga de impostos e não lançarem mão do expediente ardil.

Ademais, o que os lojistas não esclarecem é que o comércio estadual ainda sobrevive - com exceções – de práticas do período colonial, como a prosaica caderneta, em detrimento de opções mais modernas, como o nem tão jovem cartão de crédito. Em quantos comércios de Esperantina podemos comprar com cartão de crédito? Quanto pagamos de juros escorchantes ao parcelarmos as compras?

Porque deixar de comprar pela internet - em várias vezes e por preços bem menores e em prestações a perder de vista - um produto que no comércio local custa na melhor das hipóteses o mesmo preço, só que à vista? Se o cidadão tentar dividir a compra em várias parcelas então, corre o risco de pagar, ao final das contas, uma vez e meia ou duas vezes até o preço normal da mercadoria.

A solução seria inovar, comprar em quantidades expressivas, formando grupos de compras e não sobretaxar mercadorias.

A continuar assim, logo, logo poderemos comprovar a teoria de que a história é cíclica, ou seja, tudo o que acontece já havia ocorrido, de alguma forma. Isso porque a História revela que no período conhecido como idade média européia, inúmeros tributos eram cobrados dos servos (povo), que apenas pagava impostos para sustentar o senhor feudal e asseclas, ou seja, uma minoria, tal qual no momento atual.

2 comentários:

  1. Imagine entao se aquele grande empresario for eleito.

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  2. é melhor comprar na caderneta pq as vezes os donos do comercio perde ela né nao/?

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Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!