quarta-feira, 14 de outubro de 2009

E o verde que havia aqui?




Esperantina cresce, apesar dos pesares. Junto com o crescimento sem planejamento urbano, pode-se verificar a falta de áreas verdes na cidade. E não vale argumentar que aquele mato que cresce na calçada sirva de área verde. Aquilo é apenas uma mostra de desleixo pessoal.

É inútil esperar somente pelos poderes públicos para resolver esta questão. Também temos nossa parcela de responsabilidade nesta querela. Se inexistem ou são irrelevantes as ações por parte de órgãos oficiais, cabe aos cidadãos cumprir sua parte - creio que o surrado termo exercer a cidadania se encaixa bem nesta situação - e abandonar a letargia insolente.

A cada dia diminui o espaço verde em Esperantina, com o corte de uma árvore que incomoda os vizinhos aqui, outra ali para ampliar a área construída e assim caminhamos para o deserto. Reclamamos do calor, mas não vemos o óbvio: as ruas têm pouca ou nenhuma arborização, em longos trechos. Mas arborizar uma área não deve se limitar apenas ao gesto simbólico de plantar uma árvore no Dia da Árvore e depois abandoná-la.

A arborização é essencial a qualquer aglomerado urbano e tem funções importantíssimas como amenizar a temperatura, purificar o ar, atrair aves, constituir fator estético e paisagístico, diminuir o impacto das chuvas, valorizar a qualidade de vida local, entre muitos outros benefícios.

Além disso, a legislação municipal pode e deve incentivar aos particulares a conservação de áreas verdes em sua propriedade, assim como incentivar a sua criação e manutenção, possibilitando inclusive desconto no IPTU ao proprietário que constitui ou mantém áreas verdes no seu imóvel.

Um comentário:

Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!