sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Folclore nas festas



Vem ai o 31 de outubro, com a tradicional festa das bruxas – Halloween, mais um fruto do intenso processo de aculturação a que os diversos tipos de mídia nos presenteiam.

Poderiam comemorar o dia do Saci, como se pretende por meio de lei do ano de 2005 (ainda não oficializado). Mas, claro, é mais chique comemorar em inglês, como não? Afinal, ingrêis nóis sabe.

Com um folclore rico em personagens, alguns dos quais remontam a períodos que antecedem à invasão do Brasil pelos Manuéis, a massa prefere adotar a famosa festa das bruxas.

Quando se trata de vangloriar os feitos de algum atleta brasileiro em competição pelo mundo, a turma do tô-ridículo-mas-tô-na-moda se traveste de patético nacionalismo, tomando como seus os feitos dos campeões. Nesta hora vale tudo: se macaquear com fantasias que exaltem a pátria, fanfarras barulhentas e qualquer outra coisa que chame a atenção do mundo.

Mas quando se trata de nossa cultura, as coisas são bem diferentes. Nossas escolas não primam por enaltecer a história local, apesar de passar o mês de setembro celebrando a independência do país e cantando os hinos alusivos como rouxinóis amestrados.

Se nada for feito, assistiremos de camarote ao sepultamento da cultura popular brasileira. Os maiores vilões somos nós mesmos, brasileiros, que aceitamos as bruxas em vez de sacis, boitatás e outros. Aceitando calados assinamos o atestado de óbito de nosso folclore.

E tome alienação: musica baiana é axé music; amor agora é Love; camisa colada é baby look e assim, mandam às favas o vernáculo! Viva o primeiromundismo de araque.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!