Ah! As férias. Para os que somente estudam o final
de ano se resume em férias. Época em que a cidade recebe aqueles que estudam ou
mesmo trabalham fora do município e que por onde andam travam contatos com novas
realidades. Desses, alguns ficam indiferentes outros são absorvidos pelo choque
cultural.
Férias. Período deveras chato,
quando aqueles que aqui nasceram retornam para desfrutar das merecidas (ou não)
férias e mostrar o que de melhor aprenderam na vida por lá. É a hora dos que
retornam demonstrar a todo custo que agora tem outra visão de mundo, que não cabe
somente neste lugar atrasado e sem opções de curtição. Hora de vestir aquelas roupas caras e achar que valeu a pena ficar meses no pão com ovo para adquiri-las; caprichar no sotaque amestrado e aprendido a duras
penas, mas que lhe renderá o centro das atenções onde passar, com certeza. Haverá
muitas oportunidades para curtir no celular com o volume máximo aquelas músicas
chatas que estão na moda por onde andam. Se achando o p... que apagou vela.
Dia desses, estando em um grande
supermercado daqui pude ouvir uma senhora que, aos berros, se indignava com a
falta de verduras ou algo que o valha, berrava que onde ela morava isso era uma
falta de vergonha, falta de respeito com o consumidor e coisas do tipo.
O que a senhora devia trazer de
sua experiência de vida lá fora era a educação, descrição e respeito com os
outros. Não que ela estivesse errada em reclamar no local, mas para isso
existem outros meios, como procurar a gerência, usar o SAC ou mesmo o setor de reclamações
no site. Mas não. Era preciso demonstrar aos ignorantes do interior, presentes
no local, que ela vinha de outro lugar bem mais desenvolvido, onde não falta
nada nas prateleiras e onde as coisas se resolvem no grito.
Não merecemos isto. Malditos Maias.
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