segunda-feira, 10 de outubro de 2011


Já não agüento mais ligar a TV na programação local e assistir as mais diversas especulações sobre o assassinato de uma jovem na capital do estado. Precisamos de informações, mas existe um ponto de saturação que surgiu faz muito tempo.



Não há dia em que se assista aos noticiosos que não surjam indícios, pistas e o raio que o parta para elucidar o delito e nada de resultado. Que o crime deva ser esclarecido é fato, mas não dá pra torrar a paciência de todo mundo com especulações que não levam a nada.

Tudo isso sem falar que o fato já escapou da alçada da justiça e agora segue à base do palpite na esquina, todos se acham no direito de tirar uma lasquinha da falta de estrutura da polícia técnica. Há que se resolver o caso, mas não precisamos ficar assistindo um apresentador repetindo trocentas vezes as mesmas palavras, as mesmas opiniões e as mesmas dúvidas como um papagaio. E não adianta mudar de canal, embora um deles seja mais persistente.

 Se tudo continuar na mesma linha, teremos um desfecho digno de reality show, com platéia animada roendo as unhas, muitos holofotes com suas luzes cortando o céu, especialistas convidados para debater o resultado e um apresentador à la animador de platéia fazendo suspense com o(s) nome(s) do(s) culpado(s) dentro de um envelope, retirando o papel bem lentamente enquanto a audiência explode.

Há que se resolver este caso, como também outros que enchem de sangue as páginas dos jornais diariamente e tem que ser o mais rápido possível, antes que a presidente resolva dar o ar da graça e se torne a primeira presidente a cobrar a elucidação de um crime, no melhor estilo nunca antes na história deste país...

Um comentário:

Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!