sábado, 15 de outubro de 2011

Ainda sobram opções



Embaladas na onda verde e concessão de cidadania que inunda nossas universidades, por aqui o mote foi aproveitado e alguns cursos elaboraram programas de interação com a comunidade, recolhendo lixo na cachoeira. Nada contra, afinal o símbolo-maior da cidade - porém não único - da cidade está abandonado.

Diversas alternativas poderiam ser exploradas, como o quase desconhecido Controle Social, tão importante quanto o recolhimento de lixo ou mais importante ainda, pois engloba todos os setores públicos, sendo de interesse de todos os cidadãos.

Os acadêmicos, apresentados ao ensino dito superior, são expoentes de novos modos de ver e participar da vida no município. Como forma de exercer o controle social, por exemplo, o cidadão tem o direito assegurado de ter acesso aos processos de compras e ao conteúdo dos contratos celebrados pela Administração Pública, podendo acompanhar, por exemplo, a sessão pública de julgamento de propostas em uma licitação, entre inúmeras outras formas de participar ativamente no desenvolvimento do município, atuando como fiscal do emprego de verbas públicas, suprindo assim lacunas deixadas por quem de fato deveria exercer tais funções.

O cidadão, no exercício do controle social, deve estar atento ao cumprimento dos objetivos das políticas públicas, denunciando possíveis irregularidades encontradas aos diversos órgãos que possuem competência para atuar. Conforme o caso podem ser contatados órgãos como a Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal, os Tribunais de Contas do Estado ou da União; as Câmaras de Vereadores (olha só) e Assembléias Legislativas e os Conselhos responsáveis pelo acompanhamento da respectiva política.

A efetividade dos mecanismos de controle social depende essencialmente da capacidade de mobilização da sociedade e do seu desejo de contribuir e não ficar apenas se lamentando que grupo A ou B ascende politicamente apenas visando encher os próprios bolsos. É de fundamental importância que cada cidadão assuma a tarefa de participar da gestão governamental, de exercer o controle social da despesa pública e não apenas batendo palmas. Somente com a participação da sociedade será possível um controle efetivo dos recursos públicos, o que permitirá uma utilização mais adequada dos recursos financeiros disponíveis.

Mas pode ser mais cômodo e conveniente direcionar conhecimentos adquiridos em sala de aula nas mais diversas áreas do conhecimento humano para realizar tarefas mais fáceis, da moda. Convém lembrar que Aquele que caminha sobre as pegadas dos outros, nunca deixará as próprias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!