Embaladas na onda verde e concessão de cidadania que inunda nossas universidades,
por aqui o mote foi aproveitado e alguns cursos elaboraram programas de interação
com a comunidade, recolhendo lixo na cachoeira. Nada contra, afinal o símbolo-maior
da cidade - porém não único - da cidade está abandonado.
Diversas alternativas poderiam ser
exploradas, como o quase desconhecido Controle Social, tão importante quanto o
recolhimento de lixo ou mais importante ainda, pois engloba todos os setores
públicos, sendo de interesse de todos os cidadãos.
Os acadêmicos, apresentados ao ensino dito
superior, são expoentes de novos modos de ver e participar da vida no
município. Como forma de exercer o controle social, por exemplo, o cidadão tem
o direito assegurado de ter acesso aos
processos de compras e ao conteúdo dos contratos celebrados pela Administração
Pública, podendo acompanhar, por exemplo, a sessão pública de julgamento de
propostas em uma licitação, entre inúmeras outras formas de participar
ativamente no desenvolvimento do município, atuando como fiscal do emprego de
verbas públicas, suprindo assim lacunas deixadas por quem de fato deveria
exercer tais funções.
O
cidadão, no exercício do controle social, deve estar atento ao cumprimento dos
objetivos das políticas públicas, denunciando possíveis irregularidades
encontradas aos diversos órgãos que possuem competência para atuar. Conforme o
caso podem ser contatados órgãos como a Controladoria-Geral da União (CGU), o
Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal, os Tribunais de
Contas do Estado ou da União; as Câmaras de Vereadores (olha só) e
Assembléias Legislativas e os Conselhos responsáveis pelo acompanhamento da
respectiva política.
A efetividade dos mecanismos de controle social depende
essencialmente da capacidade de mobilização da sociedade e do seu desejo de
contribuir e não ficar apenas se lamentando que grupo A ou B ascende politicamente apenas visando encher os próprios bolsos. É de fundamental importância que cada cidadão assuma a tarefa de
participar da gestão governamental, de exercer o controle social da despesa
pública e não apenas batendo palmas. Somente com a participação da sociedade será possível um controle
efetivo dos recursos públicos, o que permitirá uma utilização mais adequada dos
recursos financeiros disponíveis.
Mas pode
ser mais cômodo e conveniente direcionar conhecimentos adquiridos em sala de
aula nas mais diversas áreas do conhecimento humano para realizar tarefas mais
fáceis, da moda. Convém lembrar que Aquele que caminha sobre as pegadas dos outros, nunca deixará as
próprias.
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