terça-feira, 14 de junho de 2011

Para o delírio coletivo




Estranhas, muito estranhas as pessoas. Vivem a cobrar ações de quem de direito, mas a recíproca, neste caso não é verdadeira. Falta médico no hospital, reclame. Falta segurança, reclame. Muitos acidentes no trânsito, recla... não, desta vez não há como reclamar por vias normais, pois a cobrança é uma faca de dois gumes neste caso.

Por bastante tempo ouvimos/lemos muitas reclamações sobre acidentes de trânsito em Esperantina, sobre a falta de ação das otoridade, etc e tals e quando menos se espera, os homi resolve mandar equipe para fiscalizar e botar ordem no galinheiro. População satisfeita? Claro... que não. Para que organizar o trânsito, todo mundo acostumado a parar no meio da rua e a não respeitar os direitos dos outros viventes, meros mortais que transitam a pé pelas ruas? Acabar com a diversão de motoqueiros no tiro ao alvo pelas ruas, acabar com os banhos de lama nas calçadas. Abaixo as blitz. Já.

Imagem: Arquivo


Bastou uma ação mais efetiva para que o mundo desabasse sobre a cidade. Onde já se viu, tirar de circulação as veículos de pobres trabalhadores(?), só porque diferentemente dos outros cidadãos, não pagam suas taxas veiculares em dia. Pobres trabalhadores que tiram o sustento próprio e dos seus da labuta diária, de transportá-los pelas vielas esburacadas e sem sinalização da cidade, arriscando a própria vida – a dos usuários não conta – pelo mísero pão de cada dia. Pobres diabos, espoliados pelo estado. Quem poderá defendê-los?

Pobres dos comerciantes locais que, sem os veículos que transportam seus fieis consumidores, amargarão prejuízos e não custa lembrar, também eles precisam do pão do dia-a-dia. Quanto de combustível, de peças, mercadorias e afins não deixaram de ser vendidas por conta da perseguição implacável? E assim segue a lista mequetrefe de lamúrias. Pensar nas melhorias de um trânsito organizado é coisa de revoltado, de alienado. Fiquemos na barbárie.

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