segunda-feira, 13 de junho de 2011

Facas Ginsu



Sim, eu me lembro. O comercial das facas Ginsu 2000 enchiam a programação de uma rede de TV nacional. Bastava ligar e lá estavam elas, desafiando os limites da inteligência do consumidor.

Uma faca serve para que? Cada tipo tem sua utilidade, muitas vezes restrita, mas não as facas Ginsu. Elas não seriam apenas mais uma opção de facas, elas eram AS facas. Durante muito tempo elas foram o sonho de consumo de muitos que acreditavam na poderosa propaganda e a compravam na esperança de realizar tudo o que viam na TV.

Mas, um belo dia alguém percebeu que tudo não passava de enrolação, puro marketing agressivo, como muitas coisas que vemos hoje. Cof, cof. Talvez a causa maior de seu fragoroso fracasso tenha sido a mudança de visão do produto, que de simples facas para cozinha se transformaram em faz-tudo ou pau pra toda obra. Essa visão me traz idéias e comparações. Tudo se concentra ai, na mudança de visão.

Um produto feito para determinado uso, sendo utilizado para algo mais como cortar pregos, na tentativa de se diferenciar dos demais. Algo familiar? Tem uma função e exerce outra que pouco ou nada tem a ver com a original. Em frente. Para não chegar ao fim, as facas Ginsu não deveriam cortar pregos, pois a função original, a causa-fim da existência não é esta, capite? Nada de inventar moda, fazer o que tem de fazer, sem frescuras firulas, sem síndrome do canivete suíço. Eis a receita do bolo. Já não desenho há tempos, mas se quiser...

2 comentários:

  1. Só que os realizadores da "faca milagrosa"só faturaram 500 MILHÕES de dólares com a brimcadeira que deu certo!!!

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Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!