quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Transparência, para quê?



Com a implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal, uma nova ferramenta foi ofertada para auxiliar o povo na difícil tarefa de fiscalizar os gastos do poderes públicos.

A LRF em seu Art. 48, Parágrafo único informa:  A transparência será assegurada também mediante:
       ...
       II – liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meios eletrônicos de acesso público (leia-se internet).

Mas de que adianta tal medida, se a população não demonstra interesse em analisar os balancetes, que ficam entregues às traças porque NINGUÉM quer perder tempo com “besteiras que não dão em nada”? Os poucos munícipes que tem acesso à net preferem desfrutar seu tempo no precioso Orkut e MSN ou em sites de notícias chechelentas e parciais.

Para algumas pessoas a governabilidade é boa se eles recebem os caraminguás sem trabalhar. Para outras, o conceito de felicidade suprema se resume em um cartão de plástico, porta de saída do pomposamente chamado programa de redistribuição de renda.

Estamos mesmo preparados para exercer a tal cidadania? A mentalidade local, ou a falta dela, no caso, tentar fazer crer que a única opção que nos cabe é o aplauso a baboseiras e demagogias, acertos em alguns casos. Se aplaudirmos a tudo somos bons, senão, somos condenados à vala comum dos indesejados.

E a quem interessa essa falta de interesse pelas ações políticas senão a eles próprios? Quem se interessará em propor melhorias por meio de trabalhosos projetos, se basta fazer promessas para cair nas graças da plebe? Pessoas informadas são perigosas, subversivas. Melhor desviar a atenção das massas para banalidades.

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