terça-feira, 8 de junho de 2010

Eterna esperança



Vivemos à espera de dias melhores. Quando criança (há bastante tempo isso) ouvia dizer que “as crianças são o futuro do país”. As crianças cresceram – tá bem, nem cresceram tanto assim – e o futuro do país agora é jogado para a próxima geração. Do mesmo modo acontece na política: temos governos ruins? Na próxima eleição os tiramos. E nesta ciranda interminável estamos à espera de desenvolvimento.

Há quanto tempo a cidade de Esperantina é refém da idéia de eterna salvação pela renovação dos quadros políticos? Sempre que se avizinha o período eleitoral a solução para todos os problemas surge de forma espetacular, triunfal, segue-se uma onda de entusiasmo, o popular agora vai... passam as eleições e tudo inicia novamente. Pode ser uma maneira simplista de ver a situação, mas a retrata na totalidade, sem rodeios.

Por quanto tempo ainda teremos que nos contentar apenas com o rodízio de mandatários? Com descrito em conhecida música “já não vejo diferença entre os dedos e os anéis”. Todos são tão iguais na essência e nos atos. Só mudam as siglas e os assessores.

Enquanto as massas populacionais não reagirem a isso, resta-lhes apenas assistir apalermados aos acontecimentos à espera do coup de grace.

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