sexta-feira, 18 de junho de 2010

Dura lex, sed lex




O proposto projeto de lei conhecido como boa noite Esperantina tem incomodado alguns cidadãos, sejam eles comerciantes ou não. Líderes já começaram a confabular, visando a não aprovação do dito projeto. De que têm medo?

Inicialmente se alega que os donos de bares e assemelhados serão bastante prejudicados com o projeto. E o que dizer dos que convivem com a balbúrdia nas proximidades destes comércios? As alegações para a não implantação desta lei em Esperantina são as mais variadas possíveis. Menores comentam que não terão mais onde se divertir; outros alegam ter o direito de ir e vir; há ainda os adeptos da cultura do “amanhecer o dia”, “pegar o sol com as mãos” e assim segue um rosário de lamúrias.

Ora, pombas! Por aqui já não se cumprem as leis do trânsito; o tal estatuto das crianças e adolescentes serve apenas para intimidar os pais; a venda e consumo de substâncias ilegais não é novidade, etc, etc, etc., por isso mesmo o estado há de se apequenar e deixar de criar suas leis, tentando melhorar? Viveremos eternamente à margem da lei? Cobra-se muito das autoridades, sejam elas policiais, judiciárias ou mesmo administrativas, porém, na contramão da história, a parte que cabe à população não é lá muito cumprida.

O grande barato que Esperantina apresenta é justamente a libertinagem. O que atrai tantas pessoas, que ao passar alguns dias por aqui se dizem “apaixonadas” pela cidade é justamente o sentimento de que tudo podem fazer neste território de cocais. Visitantes se deslumbram não com o bom atendimento de bares e assemelhados, mas com as inúmeras possibilidades que a noite oferece, nem todas legais.

Os teóricos da mesmice sempre surgirão com o manjado discurso de que a educação (em casa e na escola) ainda é a melhor solução, que o policiamento, sim, este deve ser intensificado. Estes viverão eternamente em busca do paraíso perdido.

A intenção da lei não é estabelecer um toque de recolher, mas estipular normas de convivência, comuns em ambientes civilizados. A Lei não é para que ninguém saia de casa, é apenas mais um limite que, infelizmente, temos que imputar àqueles que não têm limite. O resto é balela.

2 comentários:

  1. por este motivo é que Esperantina não vai pra frente.
    quando querem criar normas para o bem estar de todos, muitos que apenas sabem cobrar das autoridades não se responsabilizam pelo próprios erros.
    Cobrar dos outros é fácil, cobrar de se mesmo é que é o difícil.

    valeu pelo alerta seu Genilson de Castro

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  2. Claro, claro, claro... Tudo que vier pra melhorar é mais que bem vindo, maaaaas, do jeito que eu conheço a juventude nativa (e olha que eu conheço) jajá aparece outra forma de "diversão noturna" pra substituir a ausência dos bares. Talvez os doutos, os nerds e os que se escondem nos quintais com seus red label's não saibam do que eu estou falando mas vem sendo assim desde o começo... Sempre existirá o "never land" da cidade, não que isso seja bom, mas trata-se apenas de uma adaptação das leis de darwin pra criatividade dos 'jovens' que exploram a noite. Ps.: seja verdadeiro: é melhor tomar sua pinga na churrascaria avenida ou pasmem, no meio da P.I. que liga esperantina a batalha? (há quem prefira ficar em casa e não tomar pinga nenhuma). Abrcs

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Isto não é uma democracia. Antes de comentar, lembre-se: sou perigoso, tenho uma pá e um quintal grande!