terça-feira, 22 de junho de 2010

Em busca de um caminho



Definitivamente o fascínio pela História deriva em parte das tentativas de comparação entre momentos do passado com o presente, na tentativa de entender o desenvolver humano, com base em fatos acontecidos.

Na Europa medieval, os comerciantes aglomeravam-se em núcleos fora das cidades, os burgos, daí burguesia designar pessoas ligadas às classes de comerciantes ou pessoas possuidoras de grandes riquezas. Inicialmente os burgueses, apesar de acumular grandes fortunas, não eram aceitos pela nobreza, até então detentora das riquezas, elitista, em termos atuais.

Com o passar dos anos, o declínio do feudalismo fez emergir a poderosa classe dos burgueses, com suas enormes fortunas, que passaram a financiar reinos, guerras e mais comércio, dando início ao capitalismo. Bem, nem tão rápido como parece neste texto, que atropela e minimiza as várias etapas que levaram ao capitalismo primitivo.

A história acima, em grandes e rápidas pinceladas, surge apenas para lembrar que antes como agora, a força do comércio, dos burgueses se faz presente e mostra sua força.

Transpondo a história para nossa Esperantina atual, podemos notar os comerciantes influenciando diretamente em questões administrativas, como no caso da rua climatizada, onde a opinião dos comerciantes parece ser mais prestigiosa que da população, visto que os mesmos insistem em desfazer o arremedo de calçadão penosamente iniciado, daí resultando na confusão infernal que é andar naquela via desprezada, onde não se tem tranqüilidade para andar a pé e o trânsito de veículos é sofrível.

No recente caso da lei que pretende estabelecer horário para funcionamento de bares e similares na cidade, pode-se novamente observar a movimentação de comerciantes para tentar reverter a situação, no caso, a imposição da lei. Até quando “o clamor do povo” será silenciado em favor de interesses particulares? O que esperar do futuro de uma cidade refém de interesses pecuniários? Os impostos que estes pagam silenciarão a comunidade, diminuirão as mazelas sociais?

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