quarta-feira, 4 de julho de 2012

Muito além do discurso - II


Enquanto o destino político da cidade é discutido e planejado nos mais diversos locais e com as mais distintas visões, a cidade jaz inerte à espera de algo, uma ação salvadora da modorra.

Um dos problemas mais visíveis e mais questionáveis da cidade é o trânsito indômito. Pelas vielas veículos se espremem furiosos em busca de espaço cada vez mais diminuto. Nesta luta vale qualquer artimanha, como subir nas calçadas, estacionar nos locais proibidos, transitar pela contramão, fazer manobras arriscadas, enfim, uma miríade de ações que tornam o trânsito de Esperantina conhecido muito além de seus limites geográficos.
Imagem: Veículos à espera de passageiros, próximo ao mercado público.

Embora algumas medidas tenham sido implementadas com vistas a melhorar esta chaga, a pouco e pouco elas são deixadas de lado para novamente aviltar os pedestres e demais transeuntes. Não é incomum ver motoqueiros sem utilizar os capacetes ou fazendo-o de modo incorreto, motoristas que se acham donos das ruas e param onde der vontade e isto aos olhos de todos, principalmente nos horários da manhã, quando é grande o fluxo de veículos que transportam pessoas para a zona rural deste e de outros municípios e que permanecem estacionados em terreno abandonado em pleno centro da cidade, sem calçadas, sem muros, sem nada que lembre civilidade. Enquanto isso, no estacionamento criado para abrigar estes veículos...

Imagem: Arquivo.

O pouco que se fez para melhorar o trânsito atinge poucos, porém a maioria dos condutores de veículos abre mão da própria segurança e arriscam vidas ao trafegar loucamente pelas ruas esburacadas e órfãs de sinalização. Como não ver diversas motocicletas que não apresentam condições de tráfego? Muitas delas não têm sinaleiras, algumas não têm farol, outras são alteradas ao gosto do freguês para “tirar onda” pelas ruas e impressionar mentes vazias. Como não ver isso?

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