sexta-feira, 23 de março de 2012

O tempo passa e a solução não vem


Imagem: naraiz.wordpress.com 

Ainda no mês de dezembro de 2011 publiquei as Previsões Previsíveis para o ano de 2012, dentre elas, esta abaixo:
- os professores da rede estadual farão greve.

Pois sim. A greve já perdura por quase um mês e ainda sem previsão de término. Enquanto isso o ano letivo encolhe. Como nos anos anteriores quando a greve chegar ao fim o alunado será recompensado tendo que assistir aulas aos sábados, trabalhos Ctrl C + Ctrl V a perder de vista e – suprema heresia – atribuição de notas para os mais estressados.

Enquanto isso as estatísticas sobre a educação apontam quadros assustadores sobre o aprendizado por parte dos docentes. Culpa dos professores, do governo, do alunado? Nem sempre. Apontar culpados é um exercício perigoso permeado por injustiças. Mas que a situação requer maior atenção não há que duvidar.

Desde algum tempo atrás que essa é a rotina da educação: iniciar o ano com greve para reivindicação por melhorias salariais e/ou condições de trabalho. O que perturba é saber que o ano é tão extenso e só se resolve fazer pressão no início do ano. Há, entendi agora. Férias são férias e período de descanso, não vale à pena perder tempo com esses assuntos. Não haverá pressão suficiente para chamar a atenção dos administradores. Mas p.q.p, não dava para negociar isto com os representantes de cada lado em ocasiões que não resultassem em tamanho prejuízo para a educação?

Acompanhando as notícias locais e principalmente os comentários que elas originam dá para se ter uma idéia de a quantas anda a qualificação da população em geral, no que tange à argumentação e escrita. Em diversas na maioria das ocasiões palavras ininteligíveis parecem apontar para uma linguagem com ligeiros traços da língua portuguesa. Não seria o caso de exigir que a regra geral para todos nós – sim, me incluo também - fosse o rebuscamento da linguagem cheia de rococó, no melhor estilo Academia de Letras, mas... dá licença também, né?

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