terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sobre Escuridão e Turismo

Foto: 180graus.com


Apesar da prometida nova Esperantina a cada quatro anos, pode-se verificar com um rápido passeio à noite pelas ruas da cidade que o novo continua velho, as ruas estão às escuras, logo agora que a população clama por segurança, ou não. Comenta-se no grupo de amigos, na reunião na esquina e no barzinho do fim de semana as agruras do município, mas não há coragem para externar publicamente os transtornos de babaçu city.

As pedras sabem que uma parcela da conta de luz, a taxa de iluminação pública é destinada ao município. Estou semi-obeso de saber que as reclamações feitas na falecida Cepisa sobre a escuridão nas ruas têm sempre a mesma resposta: o problema é da prefeitura. Feito bola de ping-pong o pobre mortal que se atreve a buscar soluções fica a ver estrelas, literalmente.

Estamos em pleno período dos tradicionais festejos religiosos e algumas ruas do centro da cidade teimam em não se mostrar à noite, talvez por vergonha de exibir as sujeiras. Fico a imaginar as equipes de varredores de rua trabalhando à noite nestas ruas, com lanterna em uma mão e vassoura na outra.

Creio ter lido em algum folheto pré-campanha que problemas como este seriam resolvidos efetivamente, resultando daí em pessoas alegres, satisfeitas, ativas e contentes.

Para uma cidade com pretensões de se tornar turística este é um péssimo caminho. Qual o perfil dos turistas? Darks, talvez. Mas espere... seria isto parte de um plano maior de atração turística? Sim, deve ser isso: já tivemos a farra do boi durante o rito de levante do mastro na praça e teremos como grand finale a procissão do fogaréu. Danadinhos, quase conseguiram me enganar.

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