segunda-feira, 8 de março de 2010

Quando a lógica não conta




Incrível como todos os anos são disponibilizadas as vagas para os chamados professores celetistas.

Segundo a Constituição Federal a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público. Ok.

Gostaria de saber que necessidade excepcional é esta que garante todos os anos a realização de teste seletivo para professores, em número crescente, em detrimento da contratação de concursados em caráter efetivo, quando é notório o crescimento do número de alunos. A justificativa de que as novas salas não possuem caráter permanente, podendo ser extintas nos anos vindouros é um acinte à inteligência alheia. A lógica seria esta: mais alunos, mais professores. Se mais salas de aula são criadas, não há necessidade excepcional, urgente.

É certo que temos professores exercendo outras ocupações e que necessitam ter a vaga assegurada em caso de retorno à função. Mas daí promover este festival de contratações temporárias é o fim da picada.

Há Casos e casos. Muitos contratados já exercem a profissão em outras escolas ou outros municípios, porém, repletos de cupidez, recebem carga horária excessiva, que os faz correr de um lado para outro. Como conseqüência, temos os péssimos indicadores da educação no estado, onde expressiva quantidade de alunos passa o ano a fazer trabalhos no manjado Ctrl C + Ctrl V, para cumprir a carga horária dos super profissionais.

Mas como sobrevivem estes super atarefados? Aos amigos do rei sempre há uma vaga sobrando em coordenação; uma carga horária macetosamente diminuída e inúmeros outros artifícios. Neste meio há acordos e adequações que fariam corar um Capo. Como dizem: aos amigos a lei; aos inimigos o rigor da lei.

...Continua.


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